Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Dulce não estava com paciência para Enrique Portilla aquele momento. Na realidade, ela queria avançar em cima do seu pescoço e estrangulá-lo. A raiva misturada com o nervosismo fazia o seu corpo estremecer.

Tinha passado dias de cão desde que Anahí foi embora e saber que ela tinha tentado se matar e estava bem mal, destruiu com qualquer coerência que poderia ter. Tinha alugado um jato de Rosewood para Recife. Não tinha dormido e nem comido durante o voo. O seu único pensamento era chegar rapidamente e ver a sua amada. E se isso implicava bater de frente com o Enrique, não pensaria duas vezes antes de fazê-lo.

“O que você está fazendo aqui? Você não é bem vinda”. Disse Enrique, irritado.

“Cale a boca, seu rato! Já basta o estrago que você fez na vida de Anahí, agora que ter moral para alguma coisa? Estou no lugar que devo estar e não irei sair! E não adianta vir me ameaçar, possa fazer o que bem entender, mas recolha a sua insignificante perante á mim”. Dulce cuspiu as palavras, sem medir o peso que poderia ter.

Enrique demonstrou surpresa com o seu pequeno ataque. A mulher que estava do lado dele e parecia mais velha também, e Marichelo... Bem... Essa parecia que estava em outra dimensão.

Dulce sustentou um olhar feio para Enrique. Ao ver que ele não iria mais falar nada, se aproximou do médico que parecia abismado com o que tinha acontecido. A ruiva tinha falado em inglês, mas mesmo assim, ele tinha entendido. “Por favor, sou namorada de Anahí... Quero saber o que aconteceu com ela. Por favor”. O seu português saiu horrível, mas dava para entender.

Enrique bufou quando escutou a palavra “namorada”, porém, não disse nada. Ele sabia que não estava mais com a razão e no fundo, estava começando a se arrepender. Achava que tinha exagerado demais em sua atitude.

O médico suspirou. “Anahí sofreu uma overdose por medicamentos. Fizemos uma lavagem gástrica, porém, a medicação já tinha se alastrado pela sua corrente sanguínea. Ela teve duas paradas cardíacas. Conseguimos reanima-la, porém, ela não reagiu aos estímulos e está em coma”. O desesperou tomou conta de Dulce quando escutou o médico, mas demostrou em lágrimas. “Ela está no correndo esperando uma vaga na UTI. O caso dela é grave e precisa de tratamento específico. Se não for transferida rapidamente para uma UTI poderá ir a óbito. Não temos recurso aqui para trata-la”.

Lia e Enrique choraram ao ouvir o médico. Enrique não tinha dinheiro para pagar uma UTI. Tinha que ficar a mercê do governo.

“Para você... Qual é o hospital realmente bom, que tenha uma UTI realmente de primeiro mundo?”. Perguntou Dulce ao médico.

“Bem. Os hospitais daqui tem UTI boas, porém, um hospital realmente bom que tem tudo de primeira, é o Sírio-Libanês, em São Paulo”. Respondeu o médico.

“Ótimo. Quero que o senhor prepare toda a papelada para que Anahí seja transferida para lá o mais rápido possível. Como eu não sou daqui, não sei o procedimento a fazer. Poderia contatar o hospital e pedi a vaga? Também como um helicóptero-ambulância. Por favor”. Pediu Dulce com os olhos marejados, a dor era nítida em seu rosto.

“Cla-claro... Mas isso vai custar uma fortuna...”.

“Não me importo com o preço. O dinheiro é de menos, só quero tirar a Anahí daqui e o quanto mais rápido possível!”. Respondeu Dulce. “Eu posso vê-la?”.

O médico concordou ainda impressionado com aquela mulher. Enrique também estava impressionado com a atitude de Dulce. Percebeu o que seu orgulho e raiva impedia de ver... Ela realmente amava a sua filha.

Dulce entrou para ver Anahí.

“E você querendo afastar uma mulher dessas de sua filha? Você é realmente um idiota, Enrique. Estou com imensa vergonha de você agora!”. Soltou Lia, balançando a cabeça em negativa.

“Anahí...”. Marichelo murmurou, porém, ainda estava no mundo da lua. Lia deu atenção para sua nora, acolhendo-a nos braços.

Enquanto o Enrique ficava sozinho... Sendo ignorada por sua mãe e torturado pela sua mente. E se Anahí morresse? Era o fim para ele.