Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Dulce acariciava os cabelos de Anahí... O pensamento de perdê-la para sempre destruía o seu coração. Não saberia o que fazer da vida sem Anahí partisse... Não era capaz de saber o que faria contra a si mesmo se não tivesse mais a Anahí ao seu lado.

Ela estava tão fragilizada naquela maca... O seu rosto estava coberto por uma máscara de Venturi conectado a um cilindro de oxigênio. Seu corpo não tinha nenhuma resposta... Dulce a tinha chamado, beijado o rosto delicado, implorado para ela acordar, porém, não obteve resposta. A sua mão esquerda estava conectada com um triuei, que gotejava soro e também medicação; Ela estava com sonda de demora e fraudas; também uma SNG para alimentação. O estado era lastimável. De cortar o coração. Quem imaginaria que Anahí estivesse daquele jeito?

“Por que você fez isso meu amor? Não percebe que a minha vida seria uma droga sem você?”. Murmurou Dulce contra o ouvido dela. Tinha lido certa vez que uma pessoa em coma era capaz de escutar. Será que era verdade? “Eu estava tentando um jeito com a sua mãe para levá-la novamente para Rosewood. Para junto de mim”. Ela suspirou, sentindo-se esgotada, mas mantendo-se firme para a Anahí.

Cada minuto tornava a sua agonia cruciante. Até quando Anahí ficaria desprezada naquele corredor de hospital? Olhou em sua volta e via o sofrimento dos outros pacientes e seus acompanhantes. Aquela situação era angustiante, infelizmente, era a realidade de muitas pessoas.

Uma mão tocou no ombro de Dulce que a fez virar. Era o médico. “Já providenciei tudo. O helicóptero ambulância já está a caminho. Outro médico e uma técnica de enfermagem irá acompanhar a paciente durante o trajeto em casa de intercorrência. Agora se me permite Srta. Saviñón iremos preparar a paciente para a locomoção”.

“Obrigada doutor... Mais uma coisa, eu posso acompanha-la?”. Perguntou Dulce ao sentir um alívio com aquelas palavras.

“Sim”. O médico sorriu suavemente. “Com licença e boa sorte”.

Dulce mais uma vez agradeceu e sentiu o seu coração apertar quando uma técnica de enfermagem empurrou a maca de Anahí pelos corredores lotados do hospital. Ela enxugou as suas lágrimas e voltou para a recepção. Torceu o nariz quando olhou para Enrique, não suportava a ideia de estar no mesmo teto que ele, porém, nesse estado crítico que Anahí se encontrava, não dava espaço para mágoas.

“Então?”. Enrique perguntou, os seus olhos azuis estavam compridos e dava para ver claramente o seu sofrimento. Bom, que sofresse muito!

“Daqui a pouco será transferida para o Sírio-Libanês em São Paulo. Como você escutou a conversa com o médico. Eu irei acompanhá-la durante o percurso”. Olhou desafiadora para o Enrique, porém, ele não questionou. Dulce suspirou. “Providenciei um helicóptero para você e Marichelo também. Só que terão que ir para o aeroporto. Como se trata de um helicóptero comercial, não pode ser decolado aqui”.

“Obrigada Dulce. Eu não tenho palavras para agradecer isso que está fazendo pela minha filha e minha família”.

“Não faço por você. Faço por Marichelo e por acima de tudo, Anahí”. Respondeu Dulce, dando uma rápida olhada em Marichelo que parecia estar voltando para seu estado normal.

Uma senhora de olhos carismáticos que até agora não tinha sido apresentada para Dulce, aproximou-se e a abraçou, pegando Dulce de surpresa. “Obrigada minha filha por cuidar tão bem da minha neta”. Dulce se comoveu com aquela senhora e a abraçou, chorando com o conforto que aquele abraço lhe proporcionava. “Você é a mulher perfeita para minha Anahí. E não deixei que ninguém diga o contrário ou tente afastá-las novamente”. Completou Lia, olhando para seu filho com reprovação.

“Pode deixar... Eu nunca vou cometer esse erro novamente, ninguém vai me tirar de Anahí. Ninguém. Pode ficar tranquila”. Respondeu Dulce com firmeza.

Conversaram mais um pouco e foram apresentadas. Depois de meia-hora, o médico apareceu e informou que a transferência de Anahí seria feita. Dulce despediu-se de Lia, ela não iria para São Paulo e seguiu o médico até o Heliponto, Rezando silenciosamente para que ocorresse tudo bem.