Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O voo foi tranquilo. O tempo todo, a Dulce segurava na mão fria de Anahí, o seu coração estava se despedaçando em mil pedaços. Ela torturante ver a sua Anahí que era tão jovial e feliz daquele jeito, tão... quieta, sem vida.

Cerca de uma hora e meia de viagem, o helicóptero pousou. Uma equipe já esperava por Anahí que rapidamente fizeram a locomoção para uma UTI mais moderna do mundo. Dulce sentiu-se aliviada ao ver sua amada em um leito, num aspecto melhor. Depois rumou para o setor administrativo para cuidar da parte burocrática.

Em duas horas, tudo estava resolvido e o Enrique e Marichelo chegavam ao hospital. Marichelo já estava em si, ela queria ver a filha, o hospital tinha uma regra rígida sobre visitas: Apenas duas vezes ao dia em meia hora para evitar o risco de infecções. Mas como Anahí estava em uma UTI isolada, a visita dos familiares foi liberada, claro, se seguissem o protocolo e vestissem os EPIs.

Dulce sentou-se na recepção chique, com um copo de café expressão na mão. Iria fazer quase vinte quatro horas que estava acordada e não queria dormir. Enrique estava sentado ao seu lado, observando-a com curiosidade. Ela o ignorou.

Sua cabeça doía consideravelmente, buscou uma aspirina dentro da bolsa e tomou com o café. Céus! Tantas coisas poderiam ter sido evitadas se o Enrique tivesse sido tolerante.

“Dulce...”. Começou o Enrique, mas Dulce não queria escutá-lo.

“Seja o que for não quero saber, Enrique”. Disse Dulce seca.

O homem calou-se considerando as suas palavras. Dulce encostou a cabeça na parede e ficou pensativa. Tinha passado tantos momentos com Anahí, muitos bons e poucos ruins. Ela não poderia perder o amor de sua vida. Segundo o médico, quanto mais demorasse ela em coma, mais o seu quadro ficaria crítico, porque iria atingir o seu sistema neurológico. O medo era de uma morte encefálica. Seria o fim. O fim de uma vida. E o fim de sonho.

Os olhos de Dulce encheram-se de lágrimas e ela não as limpou. Deixou-as fluir livremente. Queria ser forte para passar uma energia positiva para sua amada, porém, se sentia tão fragilizada. Como se fosse um vidro a qualquer momento poderia se quebrar.

Demorou, mas Marichelo retornou para a recepção. Tinha dor nos olhos. Ela sentou-se ao lado de Dulce e segurou a mão da sua nora. “Ela é forte. Ela saíra dessa”. Murmurou Marichelo.

“Eu sei”. Respondeu Dulce, porém, ela não sentia essa segurança.

Marichelo soltou a mão da nora e abaixou a cabeça. Ainda estava se torturando psicologicamente por não ter enfrentado o Enrique. Achava que nunca iria se perdoar.

“Dulce. Eu quero agradecer pelo o que está fazendo pela minha filha. Não tínhamos dinheiro para tirá-la daquele hospital, eu nunca irei esquecer o que você está fazendo”. Murmurou novamente Marichelo com a voz embargada de emoção.

“Anahí merece o melhor. Independe das circunstâncias”. Falou Dulce, não estava com condição psicológica para conversar. Mal conseguia formular uma frase decente em sua cabeça.

Marichelo a puxou para os seus braços, dando um abraço apertado. E ali, as duas choraram fragilizadas... O Enrique observava a cena, incapaz de dizer ou falar alguma coisa...

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