Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Finalmente o sábado tinha chegado! A semana terminou não muito complicada com a anterior, eu e Dulce continuávamos estranhas, porém, a diferença era que não estava mais aquele clima terrível. As coisas pareciam que estavam suavizando. Ao menos, eu achava isso. Não nós tínhamos nos encontrando mais, porém, ficava aquele clima tenso e bastante excitante em sala de aula. Confesso que muitas vezes, pensei em ir a seu apartamento, mas desistir de ultima hora.

Hoje era o dia da festa da Tereza... O Poncho já tinha me mandando inúmeras mensagens com medo de que eu desistisse. Mas claro que não, eu iria.

Marichelo me chamou para ir ao cinema depois do almoço. Aceitei prontamente, estava passando “It Happened One Night”, e como adoro esse filme, não tinha como negar. Eu era louca por filmes antigos, e todos os sábados, o cinema de Rosewood dedicava aos clássicos.

Hoje o clima estava um pouco frio, então, usava um vestido com botas, e uma jaqueta. Esperava a minha mãe na frente do cinema, ela tinha ido na farmácia.

“Anahí”. Era Dulce, ela parecia extremamente feliz ao me ver fora do ambiente escolar... E eu arregalei os olhos, em pânico por Marichelo estar há poucos metros de nós.

Mesmo assim, sorrir... Ia chama-la pelo nome, porém, Marichelo surgiu do meu lado, como um fantasma. “Srta. Saviñón! Oi! Essa é minha mãe, Marichelo”.

“Srta. Saviñón? A professora de inglês da Anahí?” Ela perguntou, sorrindo, estendendo a mão para Dulce.

“Sim. É um prazer conhecê-la, Sra. Portilla”. Dulce apertou a mão dela, demonstrava naturalidade, mas eu via como estava tensa, seus ombros ficarem tensos.

Ela usava uma calça de moletom, blusinha de lycra e casaco de moletom, com tênis. Totalmente diferente das roupas que usava na escola, mas estava linda, de qualquer maneira.

“Por favor, me chame de Marichelo. Somos uma família bem informal”. Eu senti vontade de rir, olhei pra Dulce e abaixei a cabeça, mexendo em meu cabelo, ela sabia muito bem como eu, ao menos, era informal. Marichelo continuou. “Vai assistir ao filme?”.

“Ah, sim, vou”. Ela respondeu, sem saber qual era o filme, então, olhou no letreiro. “É um dos meus preferidos”.

“Da Anahí também. Ela falou muito sobre você”. Minha mãe, inconveniente sempre. Senti minhas bochechas queimarem, principalmente com o olhar de Dulce. Minha mãe continuou, dessa vez olhando pra mim. “Apesar de você ter esquecido de mencionar a parte “muito jovem”.

Eu quis morrer nesse momento, eu e Dulce começamos a falar ao mesmo tempo, mas minha voz teve mais força. “Devíamos ir. O filme está começando”. Segurei o braço da minha mãe, praticamente a empurrando pra dentro do cinema. “Nos vermos lá dentro”.

Eu queria matar Marichelo. Ainda vi a Dulce balançar a cabeça em negativa. Eu estava morta de vergonha. Achando pouco, Marichelo ainda completou para mim. “E esqueceu de mencionar também “muito linda”.

Eu bufei. Mas rir internamente por minha mãe ter simpatizado com a Dulce. Compramos os ingressos e a pipoca e entramos. Como era de esperar, não tinha ninguém na sala. As pessoas não gostavam do que era bom.

Sentamos. E não demorou muito para o filme começar. Eu acho que Dulce não iria vir, que foi apenas uma desculpa. Mas... Ela apareceu na sala, e pra minha maior surpresa foi escutar a voz da minha mãe. “Srta. Saviñón. Por que não senta conosco?”.

Meu Deus, não! Cinema com Dulce sem poder tocá-la era tortura demais para mim. Olhei pra minha mãe e depois olhei para Dulce, como se dissesse não. Ela estava deslocada, gaguejou um pouco até dizer. “Tudo bem”.

Dulce passou por nós, e sentou ao meu lado, nossas mãos se tocaram e tiramos rapidamente como se tivéssemos levado um choque. Minha mãe passou o saco de pipoca nos oferecendo, mas Dulce que respondeu. “Não obrigada”.

Eu não me mexia, mal respirava! Tinha receio de qualquer movimento fosse tocar Dulce. E ela estava do mesmo jeito que eu. Eu estava tão tensa que teve um momento em que Marichelo me tocou e eu sobressaltei.

“Está louca?” perguntou Marichelo.

“Não” sussurrei “Você me assustou”.

“Bem, preciso ir ao banheiro. Já volto”. Marichelo se levantou, eu tentei chama-la, mas ela já estava longe.

“Acho que agora podemos respirar devidamente”. Brincou Dulce, sussurrando em meu ouvido.

Eu dei uma risadinha ainda tensa, mas me arrepiando com sua respiração em minha orelha. “Uma grande saia justa formos nos meter”.

Eu continuava olhando para frente, tinha medo de que Marichelo voltasse a qualquer momento. Senti os lábios molhados de Dulce em minha orelha, me deixando mais arrepiada ainda, então, olhei para ela, a questionando. “O que você está fazendo?”. Não que eu não estivesse gostando, mas minha mãe poderia aparecer a qualquer momento.

“Você está muito cheirosa. Deus. Eu amo o seu cheiro!” ela falou suavemente.

“Dulce, eu não acho...” antes de eu completar a frase... Ela me beijou.

Segurei em seu rosto para segurá-lo, enquanto, os meus lábios encaixavam perfeitamente bem nos seus. Beijar a Dulce, era como saborear um suculento morango... Doce, aguçando a sua vontade de mais. O medo do flagrante contribuiu para que o beijo tornasse muito melhor. Aumentamos o ritmo, saboreando uma da boca da outra, depois diminuímos e sorrimos quando o beijo cessou. Limpei o rastro do batom que deixei em seus lábios e rimos.

Até que Dulce parou de rir e ficou séria, olhando para frente. Olhei para trás e vi minha mãe entrando na sala. Me ajeitei na poltrona.

“Então, perdi muita coisa?” ela perguntou assim que se sentou.

“Não...” somente um beijo entre mim e minha professora muito sexy.

Por baixo das poltronas. Eu e Dulce demos um jeito de segurar as mãos. Entrelaçamos as nossas mãos e sorrimos, assistindo ao filme.

Emoções...