Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Como assim você vai viajar?”. Eu perguntei indignada, olhando para a minha namorada que estava no meu quarto. Eu já estava com as minhas malas arrumadas. Marichelo fazia planos com o meu quarto. Como por exemplo, uma biblioteca. “Dulce... Eu só tenho mais uma semana aqui em Rosewood! E você viajou na semana passada!”. Eu reclamei, colocando as mãos na minha cintura. “Eu não acredito que você está fazendo isso! Ficamos muito pouco tempo juntas nesses dias e eu estou indo embora.”. Eu ainda sentia um nó na garganta quando pensava nisso.

“Eu posso falar?”. Perguntou, me olhando.

“Não pode. Você está errada. Semana passada quando você viajou, eu relevei. Mesmo sendo três dias. Sabe o que é três dias para uma pessoa que vai partir e quer a namorada junto de si? Uma eternidade! Agora você vem me dizer que vai me largar aqui e viajará novamente? É inacreditável!”. Eu gesticulei chateada. “Quanto tempo é essa vez?”.

“Cinco dias”. Ela falou naturalmente e eu quase soquei a cara dela.

“O que?”. Gritei. “Cinco dias? E você me diz isso na maior tranquilidade?”. Cada vez que eu falava, com mais raiva eu ficava.

“Quer que eu fale como? Desculpe-me Anahí. Mas não posso adiantar essa viagem, tenho um compromisso muito importante”. Ela disse, mantendo a expressão calma.

“Mais importante que eu?”. Agora eu estava muito decepcionada. Aproximei-me dela com os olhos tristes. “Dul... É a nossa última semana. No sábado estou partindo para Califórnia. Você com essa viagem, só chega sábado, no dia da minha partida. Sabe-se lá quando teremos um momento juntas”. Acariciei o seu braço. “Por favor, não vá”.

Ela deu um longo suspiro, acariciou o meu rosto e o segurou. Deu um beijo em meus lábios. Eu tive esperança que ela fosse desistir dessa viagem. A semana anterior passei curtindo com os meus amigos e familiares, já que ela tinha viajado. Essa semana queria que fosse inteiramente dela antes de partir.

“Desculpe-me gatinha. Mas eu tenho que realmente ir”. Eu não escondi a decepção que me atingiu quando escutei as suas palavras, fiquei abalada também.

“Você prefere esse compromisso ao invés de mim? Você tem noção do que está fazendo?”. Perguntei com a voz magoada, a qualquer momento, eu saberia que iria chorar.

“Anahí... Eu tenho noção do que estou fazendo sim. Não pense que estou fazendo uma escolha. Tenho responsabilidades que preciso cumpri-las. Eu queria ficar aqui com você a aproveitar bem essa semana, mas não posso. Vamos fazer um trato? Sábado, vou direto para Califórnia ao invés para cá. E curtimos o domingo. O que acha?”. Ela perguntou com um sorriso.

“Uma grande merda”. Eu respondi irritada. Afastei-me dela. “Mas como só tenho essa opção não é? Melhor que nada”. Virei-me e andei até a minha janela. “Até domingo, então”.

Escutei um suspiro de Dulce. Eu queria não chorar, mas a mágoa fazia algumas lágrimas caírem em meus olhos. Caramba! Já bastava o drama de não saber o que o futuro nos aguarda. Agora isso. Não sei por que, mas eu tive uma breve impressão que ela estava mentindo para mim.

“Eu te amo”. Escutei ela disse.

Fechei os meus olhos e balancei apenas a cabeça. Percebendo que não teria nenhuma resposta da minha parte. Ela foi embora. Observei-a ir para o seu carro e depois partir. Fiquei arrependida pelo meu tratamento infantil assim que o carro de Dulce sumiu dos meus olhos. Senti também o peso da saudade. Meu Deus! Como eu iria suportar quatro anos longe daquela mulher?

Acho que fiquei umas meias horas parada na janela. Um carro parou na frente da minha casa e eu reconheci. Era o Poncho. Ele saiu afobado do carro e correu em direção a minha porta. Escutei a campainha tocar. Eu sabia que meus pais estavam na sala, então, enxuguei os meus olhos e esperei o meu amigo aparecer. E ele apareceu, parecendo um pinto no lixo.

“O que é que você tem?”. Perguntei, estranhando toda aquela ansiedade em seu corpo.

“Nós vamos para o Havaí!”. Ele gritou, mostrando um envelope, quase explodindo de alegria.

“Não vamos não”. Arregalei os meus olhos.

“Vai sim”. Quem disse agora foi o Enrique entrando em meu quarto com a Marichelo ao seu lado. “Esse é o seu presente de formatura”.

“Achamos que gostaria de passar a sua última semana na praia. Era um presente pra ser usado com a Dulce... Mas ela disse que teria que viajar, então, ligamos para o Poncho”. Marichelo falou sorrindo.

“E eu adorei! Mona estou tão feliz. Sempre quis ir para o Havaí e agora terei a oportunidade. Quando tia Marichelo ligou, quase surtei!”.

“Eu pensei que vocês me levariam para universidade”. Falei olhando para os meus pais.

“E iremos... A passagem de volta está para o aeroporto da Califórnia, estaremos lá, esperando por você e assim a levaremos para Stanford”. Respondeu Enrique.

“Então. Vamos mona?”.

“Agora?”. Eu perguntei um pouco assustada.

“Sim. Agora!”.

“E você já fez as malas?”. Perguntei ao Poncho, meio em choque pela viagem repentina.

“Claro. São as malas que levarei pra faculdade, mas tem todo tipo de roupa nelas. Então, vamos? Não quero perder o avião”. Disse ele agoniado.

Olhei para os meus pais depois para o Poncho. Eles pareciam em expectativa. Eu deveria ficar muito feliz com essa viagem, porém, não estava com pique. Eu não queria decepcionar os meus pais e nem o meu melhor amigo. Quando eu estaria com o Poncho novamente?

“Você contou ao Anthony sobre essa viagem?”.

“Sim”.

“E você ficará essa sua última semana longe dele?”. Perguntei desconfiada.

“Sim. Passei quase dois anos colado com ele... Agora quero passar a minha última semana colado com minha melhor amiga. Sem contar que ele irá me visitar quase sempre, então...”. Deu de ombros.

Eu fiquei surpresa com o desprendimento do Poncho. Eu passei o último ano colada com a Dulce, e mesmo assim estava muito triste por ela não estar aqui.

“Filha?”. Chamou a Marichelo. “Vai ou não?”.

“Se for. O avião não irá esperar por muito tempo. Vocês só terão meia hora para chegar lá”. Comentou o Enrique.

Olhei para o Poncho que estava com carinha de cachorro pidão. Então, sorrir. “Certo. Vamos”. Não seria tão mal assim, não é? Melhor do que ficar em Rosewood.

Poncho gritou e deu alguns pulinhos. Eu apenas troquei de roupa rápido. O Enrique e Breno se prontificaram de colocar as minhas malas dentro carro. Despedi-me dos meus pais com um longo abraço. Demorei mais com o Breno, algumas lágrimas rolaram, éramos muito chorões! Como ele tinha aula, não iria poder ir me levar para universidade. Dei um beijo em sua bochecha, me despedi mais uma vez e entrei no carro. O meu melhor amigo estava muito eufórico. Peguei meu celular e mandei um SMS para Dulce, informando que estava viajando.

“Uma coisa eu te prometo, amiga: Essa semana será inesquecível para você!”.

Ele falou com tanta convicção que senti um intenso frio na barriga.

“Eu espero que sim...”. Eu murmurei com os olhos para rua.

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Ih... O que acharam dessa atitude de Dulce? Deixar a Anahí sozinha na última semana antes de ir para universidade? Será que Dulce está com outra?

Obrigada pelos comentários, meus amores! 59 leitores, yup! *-*

Amanhã a web se encerra... :(

E eu estou em dúvida sobre a segunda temporada, meio que estou sem tempo e não quero começar algo para não consegui terminar futuramente.