Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Aceito! Claro que aceito. Oh meu Deus... Sim! Sim! Sim!”. Respondi rapidamente e muito emocionada. O meu coração parecia que estava trabalhando em uma bateria do samba.

Dulce abriu os braços e eu corri até ela. Apertando-lhe fortemente em meus braços. As nossas bocas se encontraram em um beijo suave... Quando nos afastamos, estávamos rindo e abobalhadas.

“Vem cá...”. Ela pediu baixinho. Segurou em minha mão e caminhamos lentamente pelo um pequeno morro que ia surgindo em nossa frente. Não demorou menos de cinco minutos para chegarmos ao local. Eu parei quando vi a cena na minha frente.

Estavam todos os nossos amigos e meus familiares! Até a minha avó Lia estava presente. Tinha algumas tochas espalhadas ao lado de um tapete vermelho que ia até onde um Juiz estava esperando, atrás dele, tinha um arco com flores silvestres. Tinha algumas cadeiras distribuídas para os nossos convidados.

“Meu Deus... Estou sem palavras!”. Eu murmurei chorando baixinho. Todos olhavam para nós sorrindo... Era uma loucura! Eu nunca imaginei isso. “Você estava planejando tudo isso escondido?”. Perguntei o óbvio.

“Sim...”. Ela disse com um sorriso sapeca. “E não apenas isso... Sabe a minha viagem da semana passada?”.

“Sim. O que você estava aprontando ein?”. Perguntei ainda sorrindo, com o coração saltitando de alegria. Os convidados nos esperavam com expectativas, mas eu sabia que eles aguardariam.

“Estava resolvendo a minha mudança...”. Ela começou a falar e fiquei mais surpresa ainda. “Você não acha que iria ficar quatro anos afastada de você, não é? Eu não conseguiria viver esse tempo longe de você. Foi um pouco complicado encontrar um apartamento próximo ao Campus... Mas consegui!”.

Abrir a boca sem acreditar. “Que dizer que você vai morar próximo da minha universidade?”. Era bom demais para ser verdade. “E o seu trabalho?”.

“Não irei morar... Iremos morar... E sobre o meu trabalho, existem escolas em Califórnia, sabia?”. Ela sorriu daquele jeito único.

“Mas você vai abrir mão da sua vida... Por... Por mim?”. Perguntei ainda sem acreditar nessa prova de amor.

Dulce ficou séria e me olhou intensamente nos olhos. “Eu iria abrir mão da minha vida se eu ficasse longe de você por tanto tempo. Você é a minha vida Anahí e não importa para onde vá... Eu sempre irei atrás de você, porque eu nasci pra amar você, não sei fazer outra coisa, além disso,”. As suas palavras me tocaram bem no fundo do meu ser, uma lágrima caiu do meu olho, e ela enxugou carinhosamente. “Você quer ir lá comigo?”. Dulce convidou voltada para mim. “É uma cerimonia simples... Bem intima... Eu pensei: Por que não se casar no mesmo lugar que nos conhecemos? O que começou na praia... Vai ter continuidade na praia, um novo ciclo em nossa vida que se inicia...”.

“Claro que quero. Eu iria até o fim do mundo com você, Dulce! Sente isso?”. Peguei a sua mão e coloquei no meu coração acelerado. “É o meu coração gritando que sim, que pertence e sempre pertencerá a você. O meu coração estar colado em suas mãos. Eu te amo tanto, sua louca. Minha louca!”. Eu disse dando um beijo rápido em seus lábios.

Dulce sorria, mas eu via o nervosismo em seus olhos. O mesmo nervosismo que me acometia. Quando nos aproximamos dos convidados, Marichelo e Enrique vieram até nos e nos abraçaram rapidamente. Então, minha mãe nos entregou dois buques de flores.

Iríamos juntas para o altar... Caminhamos lentamente pelo tapete vermelho... Eu estava tão nervosa que dava pequenos sorrisos para os convidados, mas não conseguia distinguir o rosto de cada um. O que me sustentava era a mão de Dulce que estava firme na minha. Sua mão estava gelada, assim como a minha, mas mesmo assim era reconfortante tê-la na minha.

Paramos na frente do juiz de paz que começou a cerimonia. A todo o momento, eu olhava para Dulce que me olhava de volta e sorríamos apaixonadas. Casar... Unir-me a Dulce oficialmente... O que eu poderia mais querer da minha vida? Eu estava me sentindo a mulher mais realizada e sortuda da face da terra. Esse dia entraria como o dia mais feliz da minha vida! Não tinha como distinguir as emoções que martelavam em meu peito. Eu queria gritar ao mundo que eu amava a Dulce Maria!

Quem nos trouxe as alianças foi o Poncho. Eu o abracei forte, e depois, ele abraçou a Dulce. “Você me enganou direitinho...”. Murmurei para ele sorrindo. Ele sorriu de volta e depois voltou para o seu canto.

Ficando de frente á frente para Dulce... Olhando dentro dos seus olhos, eu vi todo o amor que ela sentia por mim. Foi o suficiente para a minha respiração falhar e meus olhos queimarem pelas lágrimas. Segurei a sua mão esquerda e peguei a aliança. Eu não sabia o que falar... Eu não tinha preparado os votos... Respirei fundo, olhando para aqueles lindos olhos castanhos, não precisava de nenhum voto escrito para saber o que realmente dizer. “Em seus olhos encontrei o meu caminho... Em você encontrei a minha paz. Sempre que olho para você, eu encontro forças para lutar contra o mundo. Eu encontro paz, eu encontro conforto, eu encontro amor... Quando olho para você, é como se eu tivesse renascendo a cada dia. E eu estou realmente renascendo... Para o amor puro. O amor mais lindo que existe. Você me faz ser a mulher mais especial do mundo apenas com um olhar. Eu nunca imaginei que um dia iria amar assim. Você me ensinou o verdadeiro significado do amor... O amor não é apenas sexo, é companheirismo, é bondade, é apoio, é um compartilhamento não apenas de corpo, mas como da alma e do coração. É se doar. É pensar no outro além de si mesmo. E eu prometo que irei viver sempre ao seu lado... Na alegria, na tristeza, na saúde e na doença. Irei lhe ser fiel em todos os momentos da minha vida. Prometo que nunca lhe abandonarei e que o meu amor por você continuará o mesmo, não importa o quanto tempo se passe... Por que eu, toda vez que olho dentro dos seus olhos, me apaixono cada dia mais por ti. Você é o amor da minha vida...”. Eu estava tremendo de nervosismo ao colocar a aliança de ouro lapidado com diamantes no anelar de Dulce. “Eu... Anahí Giovanna Puente Portilla aceito você Dulce Maria Saviñón como minha esposa... Minha amiga, minha companheira, minha amante, meu tudo!”. Preferi ocultar a outra parte do seu sobrenome. Eu não sabia se ela iria gostar de expor assim para as pessoas.

Dulce tinha lágrimas dos olhos e também tremia. Ela estava mais nervosa que eu. Mas tinha a carinha mais linda do mundo. Foi a sua vez de colocar a aliança em meu dedo. “Você acredita em amor à primeira vista? Eu não acreditava até lhe ver na praia... Lembro-me como se fosse ontem, quando a olhei e pensei que estava no céu e você era um anjo perdido entra a humanidade. Como fiquei abobalhada com a sua presença, por um momento achando que era uma miragem. Desde o dia que lhe vir na praia, eu não conseguia mais lhe tira da cabeça... Eu estava perdidamente apaixonada por uma linda menina que tinha visto na praia e nem sabia que iria encontrar novamente. Você acredita em destino? Eu não acreditava até encontrar com você novamente, então, eu soube que o universo estava conspirando á favor de nós. Passamos por tantas coisas nesses dois anos... Vivemos tantos momentos, tantas histórias... Você continua sendo o meu primeiro e último pensamento do dia. Pensar em você me ilumina, estar com você me fascina. Aprendemos tanto uma com a outra... Aprendemos a ter paciência, porque tudo não é a hora que queremos... Aprendemos a ter confiança, porque a base do amor é isto... Aprendemos a ter companheirismo e fé. Eu tenho fé em nosso amor, tenho fé em você... Eu prometo que sempre estarei ao seu lado quando precisar e lhe darei a mão para que se erguer quando cair. Prometo sanar as suas dores, respeitar o seu espaço, lhe embalar em meu corpo quando estiver fragilidade e mostrar que tudo ficará bem enquanto estivermos juntas. Eu prometo dar tudo de mim para continuar lhe fazendo feliz... A sua felicidade é a minha. Prometo que moverei o mundo apenas para ver esse sorriso lindo que faz o meu coração descompassar só de vê-lo...”. Estávamos sorrindo e chorando ao mesmo tempo, a voz de Dulce estava mais rouca que o normal. Os convidados estavam entre suspiros e chorinhos. “Eu prometo que seremos para sempre, eu e você... E o nosso amor indestrutível... Eu, Dulce Maria Saviñón aceito você, Anahí Giovanna Puente Portilla para amar, respeitá-la e honrá-la pelo resto da minha vida e não será a morte que nos separará, um amor tão forte assim rompe barreiras e se transformam em estrelas... Eu prometo te amar por toda eternidade...”.

Fiquei sem ar com as palavras de Dulce, senti uma emoção explodindo em meu peito, deixando-me extasiada. Minha mão tremia levemente, mas ela conseguiu colocar a aliança em meu dedo.

“Com os poderes investidos em mim... Eu vós declaro esposas... Pode beijar a noiva”. Disse o juiz de paz.

Os meus olhos procuraram o de Dulce. Estávamos de mãos dadas, o vento da praia soprava em nossos corpos como se tivesse nos abraçando e aprovando o nosso amor. Estava entardecendo, e o por do sol estava acontecendo bem a nossa frente, tomando os nossos fôlegos. Era a natureza abençoando nosso amor. Aproximamos lentamente uma da outra, nossos olhos diziam tantas coisas, coisas que sabíamos tão bem... Era o amor, era o carinho, era a entregue. Fechamos nossos olhos praticamente ao mesmo tempo e nossos lábios se encontraram... O beijo foi suave e lento, e tinha um gosto diferente... Era o gosto do futuro. O futuro que agora não era mais incerto, estaríamos juntas... Sempre...

Nossos convidados bateram palmas e escutei alguns assovios também. Sorrimos entre o beijo e antes de separar os nossos lábios, damos vários selinhos. Um barulho de helicóptero chamou a nossa atenção, me virei surpresa e olhei para cima, vendo sobrevoando á cima de nós, e para minha surpresa uma chuva de pétalas de rosas caiu sobre nós. A surpresa não foi apenas minha, mas como também dos nossos convidados. Olhei para minha esposa... Sim, esposa! Meu coração acelerou novamente com essa simples e significante palavra. Ela estava com um sorriso lindo nos rosto... O seu sorriso iluminava seu rosto, seus lindos olhos e iluminava também a minha alma.

A abracei com toda felicidade do mundo e murmurei em seu ouvido. “Você é uma louca!”.

Ela prendeu os braços em minha cintura e me rodopiou, entre risos e beijos. O mundo parecia que tinha parado... Era apenas eu, ela e a chuva de pétalas. Ríamos e chorávamos de alegria. Ela sussurrou de volta. “Sou louca por você!”. Paramos de rodopiar e nos encaramos novamente, aos poucos ficamos sérias... Eu olhava para mulher a minha frente, ela me olhava de um jeito tão especial e único que eu me sentia a única mulher do planeta e eu sabia que eu era em seus olhos.

“Eu te amo, Dulce”. Falei baixinho... Acariciando o seu belo rosto como se fosse à coisa mais preciosa do mundo.

“Eu te amo, Anahí”. Ela respondeu de volta e aproximou o rosto...

Beijamo-nos com todo amor que existia em nossos corações...