Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

“Até que ficou muito bonito, ela leve jeito para coisa”. Comentou a minha namorada Lucy, olhando para os cabelos de minha filha.

Olhei para Lucy com vontade de fulminá-la com o olhar. Tudo que eu menos queria era que Aisha achasse que estava certo e lindo o que ela tinha feito. Toda vez que eu olhava para os seus cabelos rosados e cortados, me dava uma enorme vontade de me descabelar.

“Tenho que concordar com a Lucy, está muito bonito. Sinal que ela será bem fashion e cheia de atitude”. Falou Aubrey, recebendo também uma fuzilada minha.

Por fim, só restou a Maite se pronunciar, mas a mesma nada disse, apenas continuou tomando o seu gole de café como se nada estivesse acontecendo, apreciando o mar pela varanda. Tanto ela, como a sua esposa vieram tomar café da manhã comigo e Lucy. Com o casamento, Maite se mudou para Los Angeles, onde mora a sua esposa que é envolvida no mundo dos famosos, assim como a Lucy. Sua esposa é muito amiga de minha namorada.

Quem apresentou a Maite para Aubrey fui eu... Só não sabia que iria rolar casamento. Elas estavam nos últimos dias da lua de mel e escolheram o Havaí para aproveitar os seus momentos de amor.

“Muito bonito ou não, não muda o fato de que ela é uma criança de sete anos de idade e precisa da minha autorização para fazer qualquer coisa. Ela já tinha me pedido para pintar e cortar os cabelos, eu disse não e ela passou por cima das minhas ordens”. Retruquei, olhando para Aisha que estava sentada compenetrada assistindo televisão, ao seu lado estava Marichelo.

Marichelo estava morando comigo... Fazia um ano que o Enrique tinha falecido e minha mãe não suportou ficar sozinha na casa. Ela tinha se desgastado muito com a doença do meu pai, foi algo muito rápido, mas que tinha causado uma dor descomunal. Enrique tinha descoberto que estava com câncer de próstata um mês e no outro, faleceu. Foi um choque para toda família.

Eu continuava morando no Havaí... Eu acho que não me acostumaria mais com o clima frio de Rosewood. Sempre estranhava quando ia para lá visitar o Poncho e Anthony. Todos mudaram menos eles que continuavam no mesmo lugar, com o seu filho de nove anos, Aaron. Eles preferiram adotar uma criança mais velha e Aaron era uma benção de tão comportado e dedicado.

“Não seja rígida com ela, amor. É uma criança... E criança sempre faz esse tipo de traquinagem”. Disse Lucy me olhando com carinho.

Apenas suspirei em resposta e raspei o mamão com a colher. O meu castigo para Aisha foi até suave: Quinze dias sem ir para casa de sua amiga, Lana. Ela adorava fazer festa de pijama na casa da Lana, eram muito grudadas. Aisha ficou bastante chateada quando eu a castiguei, mas foi necessário. Tinha que impor limites a ela.

Ela era uma menina doce com personalidade forte, mas sempre praticava algumas traquinagens. E essas traquinagens valiam por dez crianças. Olhei novamente para minha filha, estava uma mocinha e tinha que admitir que o rosa ficou lindo. Ela era o meu maior tesouro, tinha sido o meu apoio quando me separei de Dulce, era a minha base, acho que não tivesse a Aisha eu não iria conseguir superar.

Uma das coisas mais difíceis da minha vida foi aprender a viver sem a Dulce. Foram meses de sofrimento, de dor. Por muitas vezes achei que não iria resistir que o buraco dentro do meu peito nunca seria fechado, com o tempo, comecei a me conformar, mesmo com a saudade me massacrando. Os piores momentos eram quando tinha que encontra-la para o trabalho, tentei declinar, de deixar de ser a editora dela, porém, os meus superiores não aceitaram, diziam que Dulce era mais maleável comigo. Vê-la era como rasgar a minha ferida e esfregar sal grosso em cima. Passei muitos meses assim. Até que...

O meu caminho cruzou com a de Lucy Hale... O meu envolvimento com Lucy foi algo totalmente inesperado, até porque eu sou a primeira mulher que ela se relaciona. Eu fui designada para explicar e ajuda-la no processo editorial, ela faria um papel que sua personagem era editora e ela precisava entender a essência desse trabalho. Mas o interesse foi se desenvolvendo e quando me vi estava apaixonada e era reciproco. Era incrível saber que eu podia me apaixonar novamente, o mundo se tornou mais maleável depois dessa descoberta.

Dulce sempre seria o amor da minha vida, eu a amava, como também tinha muita mágoa dela. Eu não conseguia perdoá-la e quando a via me recordava da traição. Hoje em dia, não doía mais, apenas dava... Não sei. Fazia dez meses que eu não via a Dulce e agora eu teria que vê-la novamente por conta da travessura da Aisha.

“Então, que dizer que a Dulce irá vim aqui?”. Perguntou Maite como se não quisesse nada, mas eu sabia que aquilo era uma implicância indireta.

“Sim. Pedi para vir, pra conversar com Aisha. Não sou eu apenas a mãe dela. Dulce sempre fica com a parte boa, e eu com a parte chata e saio como a malvada da história”. Respondi, olhando de lado para Maite.

“E ela vai ficar aqui?”. Continuou Maite.

“Claro que não. Que dizer, eu não sei, mas acho que não”. Dei de ombros.

“Acho que vai ser bom para Aisha, apesar das circunstâncias, ela estava reclamando de saudade”. Comentou Lucy.

Eu, Aubrey e Maite olhamos para Lucy que estava limpando a boca tranquilamente. Ela sabia de toda a minha história com a Dulce, mas nunca se mostrou insegura em nada.

“Acredito que sim”. Falei sem dá ênfase a curiosidade de Aubrey e Maite.

“Meu bem, hora de ir... Não posso perder esse avião e tenho gravação de tarde. Essa semana irei ficar em Los Angeles mesmo, tenho muitas gravações, mas assim que tiver um tempo livre, venho ficar com você, está bem?”. Falou Lucy, já se levantando e pegando a sua bolsa no braço da cadeira.

Levantei-me junto e lhe dei um selinho. “Vou sentir saudade”. Murmurei contra seus lábios.

Ela sorriu. “Eu também”. Me deu outro selinho, depois olhou para amiga. “Vamos Aubrey?”.

Olhei para Aubrey. “Você também vai?”.

“Sim. Tenho uma gravação especial no Rupaul’s Drag Rice.”. Comentou ela depois de dar um selinho em Maite e se levantar.

“Você vai ficar, Maite?”. Eu perguntei.

“Sim”. Respondeu ela.

Eu estranhei, mas não entrei em detalhes. Levei a Lucy e Aubrey até a porta e depois voltei para junto de Maite.

“Então. O que está rolando?”. Perguntei assim que sentei.

“Estou grávida”. Ela respondeu com os olhos brilhando de felicidade.

Eu dei um gritinho, chamando atenção de Marichelo e Aisha que se juntaram á nós. Abraçamos a Maite e foi aquela festa...

Espero ansiosa pelos seus comentários, babes.

Kiss!