Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV DULCE

Cheguei ao Havaí de tarde. Passei as mãos em meus cabelos diversas vezes e olhei para a minha roupa, procurando algum defeito, mas nada encontrei. Eu estava linda, tinha me produzido mais do que o normal para bater na porta de Anahí. Eu queria que ela me olhasse e passasse um “uau” em sua cabeça. Por isto, coloquei uma blusa de um lado só justa, com uma calça jeans colada e saltos. Agitei o meu cabelo para dá um volume necessário e pintei meus lábios de vermelho. E claro, coloquei perfume. Acho que tomei um banho de perfume.

Sai do carro, e fui em direção á porta. Deixei a minha mala no carro, eu não sabia o que tinha acontecido, então, vim pronta para qualquer coisa. Mesmo sabendo que provavelmente não ficaria hospedada na casa de Anahí, ela não iria permitir, eu acho. Dependendo do que tivesse acontecido, eu voltaria para Nova York hoje mesmo e confesso que essa ideia me entristeceu um pouco.

Fazia um mês que eu tinha visto a Aisha. Ela tinha ido para Nova York passar um final de semana comigo, sempre a Marichelo que a levava para mim.

Toquei a campainha e esperei. A casa não tinha mudado nada, continuava impecável e a beira do mar.

O dia estava realmente quente, convidativo para uma água de coco á beira mar. Não demorou muito para que a porta fosse aberta por uma empregada. A cumprimentei e entrei para o hall. Ela se retirou na promessa de ir chamar a Anahí.

Andei até a sala, e olhei uns porta-retratos em cima das prateleiras. A maioria das fotos era da Aisha, e para minha surpresa também tinha uma minha com a minha filha e para o meu desgosto, tinha uma também com a minha filha, minha ex-esposa e sua atual namorada.

“Boa tarde, Dulce”. A voz rouca de Anahí preencheu o recinto, não apenas a sua voz, como também o seu perfume e todo o meu corpo tremeu. Virei-me para olhá-la e todo o oxigênio dos meus pulmões sumiu.

Ela estava maravilhosamente linda! Os seus cabelos castanhos claros desciam pelos seus ombros e tocavam a sua cintura. Ela tinha deixado às madeixas loiras para lá, o que lhe causava mais beleza. Combinava mais com a sua maturidade. Ela estava natural e vestia uma saída de banho de crochê branco e por baixo, um biquíni preto pequeno. Eu queria muito que ela estivesse sem aquela saída. Em sua cabeça tinha um chapéu de praia, e em seus pés sandálias Anabela. Deixando-a mais alta.

“Boa tarde, Anahí”. Respondi assim que me lembrei de respirar.

Nossos olhos se encontraram e eu senti aquela corrente elétrica que sempre existiu, mas que por dois anos foi totalmente ignorada. Não por mim, mas por ela, claro. Os olhos de Anahí ficaram esverdeados, o que me fez questionar o que ela estava sentindo. Eu sabia que seus olhos mudavam de cor dependendo da emoção sentida.

Minha vontade era de agarrá-la pela cintura e beijá-la até que o ar nos faltasse. Mas, me controlei. Fiquei parada sem saber o que fazer muito bem.

“Obrigada por vir. Não que se sentar?”. Perguntou ela, me olhando na mesma intensidade e apontando para o sofá.

“Não. Obrigada. Passei muito tempo sentada no aeroporto, depois avião e depois carro. Você sabe”. Eu disse com uma careta.

“Sei”. Ela riu. “Desculpe-me fazer você se deslocar de Nova York para cá”.

“Tudo bem. Aisha também é minha filha e eu fico feliz por ter me chamado. Mas o que ela aprontou dessa vez?”. Perguntei meio boba com aquela risada gostosa que parece que o mundo fosse todo delicioso.

“Ah, você verá...”. Anahí deu um passo na direção do corredor e gritou. “Aisha venha cá! Tem uma pessoa que quer vê-la”. Depois ela voltou para junto de mim. “Você quer beber alguma coisa?”.

Sim. Quero beber você todinha.

“Não. Obrigada! Quem sabe depois que eu conversar com a Aisha?”. Perguntei em tom brincalhão que a fez rir novamente.

“É... Quem sabe...”. Ela respondeu em um tom quase sensual que me deu uns calafrios. Ou eu que estava imaginando as coisas.

As coisas estavam realmente diferentes. Não me lembro de um clima tão amistoso como esse desde a nossa separação. Ela estava realmente leve. Isso me causava reações distintas. Eu estava feliz por ela me tratar novamente bem, mas também estava triste por saber o verdadeiro motivo.

“Quem é que quer me ver, mamãe?”. Perguntou Aisha para Anahí ao entrar correndo na sala. Então, ela me viu e abriu o maior sorriso. “Mãe Dulce!” e correu para me abraçar.

Eu estava nitidamente em choque ao ver o cabelo de Aisha! A abracei quase que automaticamente, ainda digerindo aquele cabelo. Olhei para a Anahí que tinha uma expressão divertida, mas eu sabia que horas atrás, ela tinha se estressado bastante com aquilo. Os cabelos de Aisha eram perfeitos! Eu ainda não estava acreditando que ela tinha feito aquilo.

Afastei-me de Aisha. “Mas o que foi que você fez no cabelo?”. Perguntei irritada.

Aisha deu um sorriso amarelo e se afastou de mim, depois olhou para Anahí e depois para mim. “Eu... Não ficou bonito?”.

“Aisha! O seu cabelo era bonito sem você jogar essa cor em cima dele. Meu Deus, você ainda por cima o cortou!”. Franzi o cenho ao tocar o cabelo de minha filha.

“Eu estarei no meu quarto”. Disse Anahí ao sair da sala.

“Eu queria fazer isso, mamãe. Todas as minhas amiguinhas da escola estão com os cabelos assim, com cores diferentes”. Ela respondeu com o cenho franzido.

“Sua mãe deu autorização para fazer isso?”.

“Não”. Ela respondeu envergonhada.

Suspirei, eu já sabia que Anahí não tinha dado permissão. Se tivesse dado, não seria necessário eu me deslocar de Nova York para Havaí. Sentei-me e bati no assento ao meu lado. Ela sentou toda acanhada.

“Você passou por cima da ordem de sua mãe?”.

“Sim”. Ela continuou envergonhada, não me olhava nos olhos.

“Aisha... Você sabe que errou, não sabe?”.

“Sim mãe! Mas eu queria tanto e não achei que a mamãe iria ficar irritada por eu fazer. Ela me proibiu de ir pra casa da Lana”. Aisha fez um bico.

“Você tem consciência de porque ela ter lhe castigado não é?”. Perguntei séria e ela deu de ombros. “Castigos existem para nos fazer refletir e também para nos mostrar o quanto uma atitude nossa foi errada. Cada vez que você fizer algo de errado e passar por cima da sua mãe, haverá uma consequência e essa consequência pode lhe deixar muito triste. Veja só, você ficou sem ir para casa da Lana. Você está feliz com isso?”.

“Não. Lana é minha melhor amiga e eu sempre vou pra casa dela”. Ela murmurou.

“Agora me diga... Valeu a pena ficar sem ver a sua amiguinha por ter desobedecido a sua mãe?”. Perguntei a olhando. Ela me olhou e seus olhos estavam lacrimejantes.

“Não”.

“Sabe, Aisha. Na vida existem regras. Se não for regras aqui em casa, será regras na rua ou no trabalho. Não importa aonde seja, mas você vai sempre se esbarrar com elas. E sabem porque existem regras?”.

“Não sei...”.

“Para que tudo permaneça sobre o controle e tenha o equilíbrio. Algumas pessoas estão pouco se lixando para regras, mas a obediência é importante para a convivência humana, Aisha. Principalmente com a sua mãe. Eu sei que receber não é muito chato, mas ás vezes é preciso receber um não de nossas mães. Elas sabem o que é melhor para nós. Elas sempre sabem”. Eu disse e automaticamente me lembrei de Yvonne, o mau exemplo de mãe.

“Eu sei que a mamãe sempre quer o meu melhor. Ela me ama muito, como eu também amo ela”. Respondeu Aisha. “Como também amo você, mãe”.

Eu sorrir. “Eu também amo você, minha filha. Mas eu quero que você entenda que errou e que seu castigo é consequência de sua atitude. Cada vez que fizer uma coisa ruim ou desobedecer, os castigos irão lhe acompanhar. Você entende isso?”.

“Sim. Entendo e prometo que não irei desobedecer mais a mamãe”. Ela me olhou e eu vi a sinceridade em seus olhos.

“Ótimo. Por que se eu tiver que me deslocar de Nova York para cá só por causa de uma travessura sua. O castigo será dado por mim e não vai ser muito bom, ouviu bem?”. Passei um olhar sério para ela. Ela balançou a cabeça em positivo, então, eu sorrir. “Agora vem cá e deixa eu te encher de beijo que estou com muita saudade dessa minha filha!”.

A agarrei e lhe enchi de beijos e também cócegas que arrancou gargalhadas de Aisha. Ela me olhou com os seus olhos azuis brilhantes, suas bochechas avermelhadas e sua respiração cansada pelo ataque de cócegas. “Eu sou a sua única filha, mãe!”.

“Sim. A minha única filha”. Beijei a sua bochecha avermelhada.

“Estava com saudade de você. Vai ficar quanto tempo aqui?”. Ela me olhou.

“Bem, eu...”. Dei de ombros. “Posso ficar por uns dias... O que acha?”.

“Muito legal! Podemos fazer milhares de coisas!”. Ela respondeu animada. “Vou pedi pra Rosa arrumar um quarto para você”.

“Querida. Eu irei ficar no hotel...”. A decepção coloriu os olhos de minha filha.

“Por que você não fica aqui? Tem quarto o suficiente! Tem o quarto dos hospedes!”.

“Aisha. Eu prefiro ficar no hotel e também a Anahí pode não gostar...”.

“Por mim, tudo bem”. Disse Anahí de repente entrando na sala e eu soube que ela não tinha ido para o quarto, ela estava na espreita, escutando a conversa. “Tenho certeza que ficar aqui será mais confortável do que em um hotel e Aisha irá adorar tê-la pertinho, não é mesmo filha?”.

“Sim mamãe! Muito. Muito. Muito!”. Aisha sorriu de orelha á orelha, os seus olhos brilhavam. Ela olhou pra mim. “Diz que sim, mãe! Você ficará aqui, não ficará?”.

Bem. Eu não precisava pensar duas vezes. Está novamente com Anahí e minha filha juntas na casa que era nossa... Oh, meu Deus. Meus sonhos estão se tornando novamente realidade.

“Não precisa pedi duas vezes. Eu fico!”. Respondi com um sorriso um tanto tímido.

Aisha pulou no meu colo me enchendo de beijos e falando o que iríamos fazer, enquanto, a Anahí assistia tudo com um meio sorriso.

“Bem. Agora se troquem crianças. Iremos à praia...”. Ela ordenou para nós duas.

Aisha correu para o quarto e eu fui para o carro buscar a minha mala, o meu coração se aquecia de esperança...

Candy_mai: Eu também pensei que a Yvonne estaria bem longe e fora do caminho. Mas, ela está aqui e disposta a tudo para ter os seus objetivos realizados.

Dynhah: Eu acho que não tem esse grupo, mas se tiver, o seu nome será a primeira da lista. Haha. Olha o coração...

Furacão Maite:Eu agradeço muito pelo elogio. Fico lisonjeada porque você escreve super bem e suas web's são um sucesso! Muita coisa aconteceu mesmo e tem mais coisa pra acontecer. Essa temporada vai ter alguns dramas e também ação. Bem, vou tentar fazer ação. Haha. Essa área é meio difícil para mim.

E sobre a Rose... No decorrer da estória, a bomba dela vai explodir.

Brtraumadaportinon:Também estava com saudade! <3 Já mudou de ideia? Hahaha. Olha aí... A Dulce vai ficar sim na casa de Anahí. 

Julia Klaus:  Oh que coração mais rancoroso! Mas espero que no decorrer da estória, a Dulce ganhe novamente o seu coração.

Então... 

A Dulce ficará na casa de Anahí.

Será que vai rolar algum reviver?

Aposta ou sugestões?