Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

Eu definitivamente não sei que deu em mim ao convidar a Dulce para ficar na minha casa. Agi por impulso, ver a felicidade explicita de Aisha também contribuiu para a minha decisão, agora estava na dúvida se realmente deveria ter a chamado.

Estávamos na praia e Dulce exibia o seu belo corpo em um biquíni vermelho que me deixava babando... Eu não sei o que estava acontecendo comigo, nem fazia uma hora que tinha reencontrado a Dulce e todo o meu corpo estava formigando e com uma sensação tão conhecida, mas que eu preferia ignorar. Eu tinha namorada! O meu tempo com Dulce tinha passado. Então, por que eu estava praticamente comendo-a com os olhos? E por que o meu corpo estava reagindo? E por que vê-la brincando feito uma criança juntamente com a nossa filha causava um sentimento diferente em mim? E porque quando nossos olhos se encontraram na sala, o meu corpo parecia que iria se incendiar em lava? Eram muitos porquês, sem resposta. Ou eu sabia e preferia ocultar.

Os meus olhos intercalavam entre minha revista Vogue e para Aisha e Dulce que faziam um castelo de areia, era interessante e também engraçado observar as duas pulando feito cabritas entre a areia e o mar.

Dulce parecia uma criança, fazendo todos os gostos de Aisha e minha filha estava tão feliz que era impossível não sorrir com aquela cena. Eu estava estirada na cadeira acolchoada e um guarda sol protegendo a minha pele, não tinha tirado a canga, até porque não estava com pretensão de me bronzear, agora.

Folhei mais algumas folhas quando gritos agitados de Dulce e Aisha me tiraram a concentração, a onda tinha sido mais forte e derrubado o castelo, ambas reclamavam do incidente, o que me fez sorrir. Teriam que recomeçar do zero. Os corpos de ambas estavam avermelhados, principalmente de Dulce que era muito branquinha. O sol estava alto e eu conhecia o suficiente a Dulce para saber que sua pele seria castigada mais tarde. Suspirei, coloquei a revista de lado e tirei o protetor solar da bolsa.

“Aisha, querida. Venha aqui passar protetor solar!”. Gritei para minha filha que rapidamente veio correndo até mim. Olhei para Dulce que continuou parada olhando para o castelo. “Você também, Dulce. Venha aqui!”.

Dulce me olhou com surpresa, mas veio em minha direção. Passei protetor em Aisha que estava ansiosa para voltar a reconstruir o seu castelo de areia, e fiquei em pé assim que terminei em Aisha. “Vire-se, Dulce. Irei passar em você”.

Ela me olhou intensamente por alguns segundos, até achei que ela não iria ficar de costas, mas ficou... Dei uma secada na bunda de Dulce e mordi o meu lábio inferior. Ela estava cada dia mais gostosa, tinha que admitir isso.

Lucy, você tem a Lucy. Foco.

Despejei o bronzeador em minha mão e comecei a passar pelo corpo de Dulce, não me fiz de rogada, passei das costas, inclusive a bunda e pernas. Eu sentia a sua pele enrijecer em minhas mãos, sinal que estava arrepiada, e isso me dava uma fome bastante distinta. Demorei muito tempo entre as suas coxas e sua bunda, sua pele macia parecia sede em minhas mãos. Para ter trinta e oito anos, Dulce estava muito bem conservada, seria daquelas coroas que paravam o trânsito.

“Vire-se novamente, Dulce. Quero passar na frente...”. Pedi com um fiapo de voz.

Ela se virou e me encarou com aqueles olhos famintos e devoradores. O meu corpo reagiu instantaneamente e minhas mãos estremeceram... Passei uma boa camada de protetor em seus ombros, deslizei pelos seus braços e em quase uma massagem subi novamente e entrei numa área proibida: O vale dos seus seios. Minha vontade era de apalpar aqueles seios volumosos que estavam quase me chamando naquele biquíni cortininha... Só deslizar as mãos um pouco para baixo e...

“Olha só que bela surpresa encontra-las aqui!”. A voz sarcástica me fez voltar à realidade e um rubor atingiu a minha face, enquanto, Dulce parecia confusa.

“Oi Maite!”. Cumprimentei a Maite que estava segurando o seu chapéu para que o vento não o levasse.

“Maite. Também é uma bela surpresa encontra-la aqui. Como está?”. Perguntou Dulce ao cumprimentar a morena com dois beijos na bochecha.

“Estou ótima. E você? Acho que nem preciso perguntar, hum?”. Maite continuava com o sarcasmo, os seus olhos estavam voltados para mim.

“Estou bem...”. Respondeu Dulce sem perceber a implicância na voz da Maite.

“Bom. Eu vou mergulhar”. Comentei, retirei a minha saída de banho e corri para o mar.

Eu sabia que Maite iria me infernizar muito por ter me visto passar o bronzeador em Dulce e que também a minha cara tinha me denunciado. Se ela não tivesse aparecido, o que iria acontecer? Eu iria acariciar a Dulce? Mergulhei no mar e deixei que a água fria esfriasse quaisquer resquícios de insanidade de mim. Eu não era assim. Eu não era mais uma adolescente de dezesseis anos com os hormônios ensandecidos. Também não era mais aquela jovem de dezenove anos que casou com Dulce. Eu era uma mulher trinta e um anos que tinha um emprego desejado, uma casa dos sonhos e uma namorada maravilhosa, não precisava ficar com os hormônios agitados por conta da minha ex, que me traiu acima de tudo!

Depois de nadar um pouco e o meu corpo estava em uma temperatura aceitável, subi até a margem. Aisha gritava o meu nome na beira da praia.

“Mamãe. Eu posso nadar com você?”. Perguntou ela cheia de expectativa.

Eu nadei mais para o raso. “Sim, meu amor. Venha cá e cuidado para não se machucar nas pedras”.

Aisha saltitou entre as poucas pedras presentes e se jogou em meus braços, no mesmo momento que uma onda veio e nos derrubou, nos arrastando literalmente para a areia. Ficamos meladas de areia, acho que tinha areia até dentro do meu ouvido, mas caímos na gargalhada quando recuperamos o fôlego. Gostávamos de levar umas “porradinhas” do mar, vez em quando, claro quando não representava perigo para nós...