Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

Fazia exatamente três dias que a Dulce estava na minha casa... E algo dentro de mim estava se alimentando, era como tivesse um monstro preso no meu estômago que ganhava forças á cada momento que eu passava ao lado de Dulce. Eu estava criando uma dependência da presença de Dulce novamente e isso meio que me causava um pânico. Mas era como se fosse um ímã, eu estava lutando com qualquer atração que surgisse, tentava bloquear os meus sentimentos e para fazer isso, eu pensava em sua traição. Era como se fosse um banho de água.

Mas por muito tempo, ficava observando o seu sorriso, o seu corpo... Eu estava ficando louca! Ou carente mesmo, acho que era a falta de Lucy misturada com uma nostalgia do passado. Quase sempre rolava isso com ex. Eu me sentia dentro de um livro de romance.

Como eu estava de férias e Aisha também, passávamos muito tempo juntas, principalmente com a Dulce, parecíamos uma família novamente. Por muitas vezes, existiu uma troca de olhares, entre mim e Dulce... Mas eu sempre desviava os olhos, não podia deixar aquilo tomar uma proporção que eu não pudesse mais controlar. A energia sexual era bem carregada. Apesar dessa confusão de pensamentos e sentimentos, eu também me sentia muito culpada pela Lucy. Eu não era mulher de trair, abominava quem fazia isso, então, meio que me sentia suja por ter pensamentos maliciosos com minha ex-esposa, quando eu tinha uma namorada.

Marichelo e Maite já tinha percebido a tensão que estava rolando, ás vezes, soltavam uma piadinha, mas se calavam ao receber um olhar feio da minha parte. Maite estava procurando um apartamento para alugar, eu tinha oferecido a minha casa para ela ficar, porém, ela não aceitou. Queria a privacidade com sua esposa que já tinha voltado de viagem.

Era dia, Marichelo tinha saído, se eu entendi bem, tinha ido para um bingo com as amigas. Dulce tinha saído com a Aisha e sua amiga, Lana. Como eu tinha proibido a Aisha de ir para casa da Lana, as duas me driblavam com essas saídas.

Eu estava sozinha, sentada e com uma taça de vinho na mão na sacada do meu quarto. Olhava para e depois para o mar. A lua estava linda. Vez ou outra, o vento soprava e trazia consigo a maresia.

No fundo, tocava o CD de Lucy. Sim, minha namorada além de atriz, era cantora. Eu gostava do estilo Country de Lucy e sua voz era gostosa de escutar. Batucava meus dedos na taça quando escutei alguém bater a porta. Gritei para entrar e o meu coração quase saltou pela boca ao ver que era a Dulce. Oh não. Agora não!

Ela entrou sorrateiramente, estava linda com o vestido longo e a pele bronzeada. Eu amava quando as bochechas de Dulce ficavam assim, vermelhinhas. Ela se aproximou e o seu perfume me atingiu. O estremecimento foi involuntário quando ela tocou em meu ombro e sentou-se ao meu lado.

“Pensei que iria demorar á voltar”.

“Também pensei, mas elas cansaram de brincar no Playground. E a mãe da Lana, esqueci o nome...”.

“Patrícia”. A interrompi.

“Sim. Patrícia pediu para que Lana dormisse aqui. Ela sabia do castigo de Aisha e respeitava isso, mas era um caso de urgência, ela me pediu e eu fiquei sem saber o que fazer, até porque a casa é sua e não minha, mas eu disse sim. Tem algum problema?”. Ela perguntou e mordeu o lábio inferior, os meus olhos foram para os seus lábios. Estavam vermelhos, deviam estar bem suculentos...

Comecei a me recordar dos beijos de Dulce... Beijos quentes e arrebatadores. E o meu dilema começou: Desejo vs Culpa.

“Não. Não tem problema algum já que foi um caso de necessidade”. Respondi por fim e Dulce respirou aliviada. “Onde estão as meninas?”.

“Na cozinha com Marichelo. Estão ansiosas para tomar um milk shake especial de sua mãe”.

Eu sorrir. “Eu não sabia que Marichelo tinha chegado”.

“Chegou praticamente igual á nós”. Respondeu ela me olhando.

O assunto tinha morrido, eu não tinha nada em mente para falar, porque os olhos de Dulce estavam me comendo literalmente. Perdi toda minha capacidade com aqueles olhos âmbar sobre os meus. O seu olhar atingia a minha alma, tornando-me indefesa.

Nos encaramos em silêncio, a única coisa que podia ser escutada era a batida da música e as ondas do mar. Os olhos de Dulce além de me devorar, me diziam muitas coisas que eu preferi ignorar. Para completar, começou a tocar Lie A Little Better.

A letra falava por nós... Ou por mim...

The truth is I’m fallin to pieces. Anytime that you’re around. Trouble is the truth keeps slippin out...

A verdade é que estou caindo aos pedaços toda vez que você está por perto. O problema é que a verdade continua aparecendo...

A música martelou no fundo da minha cabeça e Dulce passou a me olhar com mais intensidade, como se aquilo fosse possível. Levantei-me abruptamente e ela também se levantou por reflexo.

“Quer um pouco de vinho?”. Perguntei nervosa. “Eu posso ir buscar uma taça para você”.

Foi preciso apenas um passo para o seu corpo ficar rente ao meu. Mal. Isso era muito mal. O bom não sei... Só sei que todo o meu corpo estava atraído e nossos rostos estavam centímetros de distância.

“Quero. Mas não precisa de taça, tenho outra forma de prova-lo...”. Murmurou ela antes de me puxar para os seus braços e me beijar...

Eu fiquei em choque com a puxada de Dulce, não soube o que fazer nos primeiros segundos, mas foi apenas sentir os lábios macios nos meus que todo o meu corpo se derreteu juntamente com o meu cérebro. O descontrole me abateu quando a língua de Dulce exigia passagem entre os meus braços.

Passei os braços ao redor do pescoço de Dulce, o que resultou na queda da taça no meu carpete que eu tanto amava, mas que agora parecia irrelevante. Tudo nesse momento não parecia se importar ao não ser a boca de Dulce na minha.

Abrir os meus lábios e recebi a língua de Dulce, arrastando o resto da minha sanidade. Ela me abraço firmemente e sua língua mergulhou em minha boca, me provocando sensações tão adormecidas que deixava o meu corpo em erupção.

Nosso beijo foi quente e lento. O encontro das nossas línguas foi bastante provocativo. Se tinha algo que Dulce sabia usar com louvor era a língua. Aos poucos, o ritmo foi aumentando e praticamente passamos a nos devorar.

Ela me imprensou contra a parede quando dei uma chupadinha maliciosa em sua língua e suas mãos que antes estavam paradas começaram a caminhar pelo o meu corpo, deslizaram para a minha bu\nda, seguraram a mesma e me puxaram para mais perto, fazendo com que os nossos ventres se roçassem, causando um calor intenso e um latejar tão conhecido entre as minhas pernas.

Passei a dá pequenas arranhadas na nuca de Dulce que arfava contra a minha boca. Em nenhum momento separamos do beijo... Ela brincou mais uma vez com a minha língua, depois a solta e mordeu meu lábio inferior e puxou para si. Eu gemi com isso. Ela soltou o meu lábio inferior e eu senti que estava me encarando, abri os meus olhos e nos encaramos por alguns segundos, o desejo estava explicito nos olhos de cada uma. O fogo era latente.

Não demorou muito para que Dulce beijasse o meu pescoço, me arrancando suspiros, encostei a cabeça na parede e entreabrir os lábios, puxando o ar com força. Suas mãos subiram pelas laterais do meu corpo e chegaram até os meus seios, apalpando-os com gula. Todo o meu corpo tremia e minha respiração era ofegante, eu não consigo pensar em mais nada ao não ser em me entregar para Dulce...

Porém, uma voz fez com que o meu corpo mudasse rapidamente do quente para o gelado.

“Amor, cheguei!”. Era a voz de Lucy que abria a porta no mesmo momento que empurrei a Dulce com toda força para trás e me abaixei para apanhar a taça com as mãos trêmulas.

"Oi amor. Estou aqui, no chão”. Falei com um sorriso forçado ao ver a Lucy entrando no meu quarto...

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Por hoje é só meninas!

A partir de amanhã, os capítulos serão apenas dois. Nada mais de quatro capítulos. Ein?

E Brtraumadoportinon, você descobriu o meu segredo! hahaha.