Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV DULCE

Eu tinha algumas opções:

A)   Discutir com a Anahí. E dizer que eu não era nenhuma palhaça e muito menos o seu brinquedinho para ela usar a abusar quando bem entendesse.

B)   Reforçar os meus sentimentos para com ela e pedi para que ela tomasse uma decisão e parasse com esse joguinho que nem eu mesma estava entendendo, mas que não me fazia bem.

C)   Dar uma de doida e jogar a merda no ventilador.

D)   Fingir que nada aconteceu que foi apenas coisa do momento e aproveitar o dia no parque aquático com a Aisha e Anahí, como se fossemos novamente uma família.

Bem. Eu preferi a opção D. Era mais fácil e evitava dor de cabeça. Ontem, a Anahí estava traumatizada. E eu estava dando um desconto. Que eu fosse santa? Não. Apenas não estava querendo estragar o dia. A Aisha estava tão feliz no parque aquático. Ela queria brincar em todos os brinquedos, mas algum claramente era impossível para ela, questão de altura e profundidade.

Anahí também estava feliz. Ela era louca por parque aquático e de diversão. Não sei quem estava mais animada das duas. Eu guardei as nossas bolsas num armário disponível para os clientes e me juntei com elas.

Fazia apenas duas horas que estávamos no parque e acho que já tínhamos ido a quase tudo – que Aisha podia brincar, mas ela estava incansável! Os seus olhos já estavam vermelhos por conta do cloro da piscina e eu tenho certeza que os meus também. Anahí estava bronzeada e parecia uma criança na água.

“Por que não vamos à piscina de onda?”. Perguntou Anahí. “Pegamos a boia tamanho família e vamos às três juntas”. Ela propôs, olhando para as boias disponíveis.

“Eu quero”. Respondeu Aisha já correndo até as boias e pegando a boia tamanho família, puxando para perto de nós.

Sorrir discretamente, e fui ajudar a Aisha. Minutos depois, estávamos na água morna, segurando na boia e batendo os nossos pés na água. Um alarme soou alto, informando que iria iniciar as ondas. Bem, foi algo bem divertido. A nossa boia levava uns sopapos e ia pra frente, arrancando risadas de nós. A risada mais alta era de Aisha que estava achando muito engraçado a forma como o meu cabelo e de Anahí ficava todo assanhado em nossos rostos.

Ajeitamos nos cabelos e trocamos alguns olhares. Vi um sorriso de lado surgir no canto da boca de Anahí.

“Uma foto da família feliz?”. Gritou um fotógrafo na beira da piscina, com a câmera direcionada para nós.

Eu fiz um gesto positivo e sorrimos para a câmera.

“Ficaram lindas! A foto amanhã estará disponível no site do parque. Obrigada”. Ele disse, acenou e saiu.

Continuamos na brincadeira, até que Aisha enjoou e quis outro. E assim se seguiu: Fomos à Anaconda, um toboágua completamente escuro, que rendeu alguns gritos. A Aisha tinha descido comigo, e Anahí em outra boia atrás, caímos em uma piscina um pouco funda, mas eu consegui segurar a Aisha que grudou em meu pescoço como um bichinho preguiça, nessa piscina, tinha uma corrente que nos arrastava por um pequeno riacho que nos fazia andar por todo o parque. Consegui pegar uma boia que estava esquecida e coloquei a Aisha em cima.

“Uuuuh. É muito legal”. Ela riu, colocando as mãos para cima.

“Sim. É, mas segure-se para não cair”. Eu disse, ao pegar outra boia.

Anahí surgiu de lado, sentada em uma boia também.

“Aqui é lindo”. Ela disse, levantando o rosto para inspirar o ar puro.

“Sim. É”. Murmurei, olhando para ela.

Ela me olhou e sorriu graciosamente. Depois, voltou atenção ao parque. Eu relaxei na água. Aquela corrente parecia tão relaxante. Subi em cima da boia e deitei o meu corpo por ela, fechei os meus olhos.

Não sei quanto tempo fiquei, mas acho que cochilei, acordei com umas gotas de água fria em meu rosto quente, que causou um pouco de ardência. Abri os meus olhos. Anahí e Aisha já estavam na borda da piscina e o pé de Anahí estava dentro da minha boia para impedi que minha boia continuasse a seguir o riacho.

“Sabia que camarão que dorme a onda leva não?”. Brincou ela e eu olhei para o meu corpo que estava muito vermelha. Fiz uma careta. “Sai da água. É hora de passar protetor solar e almoçar”. Ordenou Anahí, soltando a minha boia e se levantando.

Eu pulei para fora da boia e quase gritei com a água no meu corpo. Nadei até a boia e me levantei, fomos no armário pegar as nossas coisas e Anahí tirou apenas o protetor solar, passou em mim e na Aisha, e desta vez, não teve nenhuma maldade. Guardou o protetor e formos almoçar.

Esse parque era a beira mar, então, optamos por almoçar num restaurante com designer de navio, metade dele ficava submersa na água que pelas janelinhas, dava para ver os peixinhos. Aisha ficou doida por isso e quase não conseguiu almoçar de tanta empolgação.

“Posso descer no bumba?”. Perguntou Aisha depois que almoçou.

Bumba era uma piscina de “ladeira” que também se descia com boia.

“Não acho viável, Aisha. Você acabou de almoçar e isso fará mal para o seu estômago”. Anahí disse. “Daqui a pouco quando você vier à digestão”.

“Mas vai demora muito!”. Aisha bateu os pés. “Eu quero ir agora”.

“Filha. Não escutou a Anahí? Daqui a pouco você vai e desce quantas vezes quiser, agora não pode”. Eu disse para reforçar.

“Mas eu quero agora”. Então, Aisha começou com a malcriação, batendo os seus pés diversas vezes e repetindo que queria ir.

“Aisha!”. Anahí chamou apenas uma vez, o seu tom era firme e cheio de advertências. “Vai continuar ou prefere ir para casa?”. Os olhos azuis estavam sérios. Foi o suficiente para que Aisha se acalmasse. “Ótimo. Foi o que pensei. Vamos andar um pouquinho e tirar algumas fotos”.

Aisha segurou na minha mão e depois na mão de Anahí. E passeamos pelo parque assim, de mãos dadas. Em alguns momentos, parávamos e tirávamos as fotos no celular de Anahí que era a prova de água também.

“Olha aqui ali”. Aisha apontou para um barco artesanal grande, debaixo um monumento que parecia uma cascata com água caindo o tempo todo. “Vamos tirar foto ali”.

“Primeiro vocês duas. Depois eu e Aisha e por último, tiramos uma selfie”. Propôs Anahí.

Eu e Aisha corremos na direção do barco e gememos quando a água geladíssima tocou em nossa pele.