Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV LUCY

O dia seria perfeito e nada estragaria era. Continuaria namorada de Anahí por hoje, depois de hoje, tudo seria decidido. Mas, antes teria uma conversa com o pivô da minha separação. Pode não aparentar, mas sou ciumenta. Controlada, porém, ciumenta. Já tinha perdido alguns namorados por conta do meu ciúme descontrolável, com o tempo, fui aprimorando o meu autocontrole. Mas isso não significava que eu iria sair como trouxa total nessa história.

Fiquei esperando, encostada na parede do corredor, até que a porta do quarto de hóspedes se abriu e Dulce ia saindo. Num movimento rápido, peguei o braço dela e a puxei novamente para o quarto, empurrei a porta com os quadris e a fechei.

“O que isso? Ficou louca?”. Dulce se assustou com a minha abordagem. Seus olhos estavam arregalados. Ela colocou a mão no peito como se fosse controlar o susto.

“Quero apenas conversar com você”. Eu disse com um sorriso de lado, mas os meus olhos estavam condenando-a. Coloquei um pé na porta e encostei-me a ela.

“O que você quer falar comigo?”. Ela perguntou um pouco desconfortável.

“Quando a Anahí me informou que você viria para cá por conta da Aisha, não me incomodei. Eu amo aquela garota como se fosse minha filha e priorizei a felicidade da pequena. Não gostei muito quando soube que ficaria hospedada aqui, mas novamente, pensei na Aisha, como ela estava feliz. Então, você começou a afetar a Anahí e consequentemente o meu relacionamento”. Coloquei a minha madeixa atrás da orelha e ergui o meu queixo. “Você pode achar que sou sonsa demais, idiota, ou qualquer coisa parecia para não perceber que você está tendo um caso com a minha namorada debaixo do meu nariz”.

“Eu não sei...”. Ela começou, mas eu levantei uma mão para que ela se calasse.

Afastei-me da porta, olhando-a em desafio com os olhos. Dulce se manteve parada, com expressão despreocupada. Ela era mais alta do que eu e se saíssemos na mão, ela deveria achar que iria se dá bem. Mas, eu tenho princípios e não desceria do salto. Eu tinha outros modos de vencer uma guerra.

“Não ache que umas trocas de beijos”. Gesticulei. “Até mesmo sexo. Eu entendo. A carne é fraca e ex sempre causa uma nostalgia. Só que terá um momento que Anahí vai colocar tudo numa balança e pesar”. Sorrir suavemente. “Você deveria ter muito medo desse dia, porque não é com você com quem ela vai ficar. Também não é com você quem ela vai escolher no final das contas. Eu pedi essa batalha, mas a guerra ainda é prolongada”.

Um brilho de raiva surgiu nos olhos de Dulce.

“Não sei o que a faz pensar nisso. Eu e Anahí temos uma história. Temos uma filha e nos amamos!”. Dulce disse com voz ponderada.

“Se você acha que isso é o suficiente”. Coloquei um dedo em riste. “Você pode achar que por eu ser compreensiva, sou burra. Eu trabalho no silêncio, querida. Pense nisso”. Pisquei.

Eu ia saindo, mas parei e voltei para ela. “Ah, mas uma coisa... Espero que esse churrasco seja bem proveitoso. Tanto para mim, como para você”. Pisquei.

Sai do quarto com uma sensação de superioridade. Uma batalha perdida para que futuramente há um fortalecimento para guerra final.