Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

“Por que não?”. Perguntei Aisha mais uma vez com um bico enorme e braços cruzados.

Olhei para Dulce que deu de ombros. Como se dissesse para eu resolver à bronca. Revirei os meus olhos para ela.

“Como eu lhe disse mais de uma vez: Agora vão os adultos. Quando voltamos, eu levo você”. Ela continuou com o seu bico e olhos irritados. Ás vezes, ela era difícil de lidar.

“Não é justo! Apenas vocês que brincam e se divertem. E eu?”. Ela questionou, os seus olhos começando a ficar chorosos. Eu sabia que ela provavelmente iria chorar para conseguir o que queria.

“Aisha. Tenha dó. Desde cedo que você está pra cima e pra baixo nesse Jet Sky. Eu a levei. Ian a levou e também a Dulce. Do que está reclamando? Você não vai agora”. Eu disse decidida. Ian já tinha subido no Jet e Lucy estava atrás dele, o segurando forte pela cintura, isso fez eu franzi o cenho, com uma pontada de ciúme que me acometeu.

“Mas mamãe...”. Choramingou Aisha alto.

“Mas nada, Aisha! Você não vai agora e acabou-se!”. Disse impaciente e com a voz um pouco elevada. Mas fiquei com remorso ao perceber que fui um pouco rude. Me agachei e acariciei os seus cabelos. “Vamos fazer o seguinte: Eu vou agora com a Dulce e quando voltarmos, prometo que irei lhe ensinar a pilotar o Jet Sky. O que acha?”.

“Acho perfeito!”. Os olhos de Aisha se iluminaram em felicidade e Anahí sentiu um aperto em seu coração. Puxou a filha para os seus braços e a abraçou forte. “Ai. Mamãe. Ai!”.

“Eu te amo, minha filha”. Disse e beijei a bochecha da Aisha.

“Eu também te amo, agora me solta que tá me apertando”. Ela riu.

Sorrir e soltei a minha filha filha. Mandei um beijo no ar para ela e fui para o Jet Sky.

“Não vai colocar o colete?”. Dulce perguntou.

“Não. O colete atrapalha os meus movimentos e eu quero ganhar daqueles dois”.

“Se for assim, também não vou usar”.

Subi na moto aquática e Dulce subiu atrás de mim. Fiz questão de unir os nossos corpos, seria um pouco difícil manter a concentração com Dulce grudada em mim desse jeito.

Formos para uma parte mais distante da praia, não queríamos atropelar nenhuma pessoa. Quando estávamos em uma distante aceitável, aumentei a velocidade do Jet Sky com o Ian ao meu encalce, cada vez mais eu aumentava a velocidade.

Parecia que estávamos voando pela água. Rimos muito, o Ian estava comendo água – literalmente.

Nos afastamos consideravelmente de Ian. Tínhamos entrado no alto mar e isso não me agradava muito.

“É melhor voltamos”. Gritei para Dulce que mantinha suas mãos firmes em mim.

Ela concordou. Fiz a volta, mas antes de avançar, um impacto fez o Jet Sky ser lançado uns metros de distância. Eu e Dulce gritamos, segurei forte no mesmo, mas infelizmente, a violência da velocidade, fez com Dulce escorregasse e caísse no alto mar.

“Dulce!”. Gritei desesperada, não tinha percebido que minha perna tinha machucado.

Eu estava confusa. O que bateu em mim? Ao longe eu vi uma lancha que vinha em minha direção em alta velocidade. O medo fez com que minhas entranhas congelassem. Eu precisava pegar a Dulce e sair do mar. Pilotei até Dulce que batia os seus braços na água. Ela sabia nadar, mas tinha uma coisa contra nós: As ondas.

Fiquei em pânico quando uma onda atingiu a Dulce e ela afundou. Pilotei rapidamente até lá, com o coração na mão, os meus olhos se mantinha fixos na água, mas felizmente, a Dulce subiu na superfície. Fui até ela e ofereci a minha mão. Mas infelizmente, a lancha me acertou novamente e com o impacto, eu voei para longe. Dulce gritou o meu nome.

Engoli água, senti os meus pulmões se expandirem em busca de ar, causando-me uma dor terrível. Quanto mais eu buscava a superfície, mais eu afundava, as ondas não contribuíam. Bati as minhas mãos na água e assim que cheguei a superfície, gritei por Dulce. O meu desespero me fazia afundar mais ainda, os meus olhos queimavam com o sal da água.

Senti algo pegar a minha mão e para o meu alivio era a Dulce que me puxava para os seus braços. Eu estava em pânico, sabia muito bem que tinha tubarões na água do Havaí.

“Calma...”. Dulce pediu com voz ofegante.

Obriguei-me a ficar calma, mas gritei quando a lancha veio novamente para cima de nós e para o meu horror assistir quando a parte frontal da lancha atingiu a cabeça de Dulce, um grito de horror escapou da minha garganta, tentei segurá-la, mas foi no mesmo momento em que uma onda gigante nos abateu.

Os meus últimos momentos de consciência, o meu corpo era arrastado para o fundo por uma força suprema, mas mesmo assim, eu segurava a Dulce desmaiada em minha mão.

Era o nosso fim. Pensei com a esperança fugindo de mim... Enquanto ia me afundando e engolia água, os meus momentos com a Dulce registraram em minha mente como um flash, depois pensei em minha filha e também na Lucy. Eu queria gritar que não era o fim, que teria uma esperança, porém, não conseguia, o meu corpo estava começando ficar travando, o frio me corroía. Eu tentei subir para superfície, mas não tinha forças. Eu não iria deixar a Dulce, eu não podia soltá-la. O peso do seu corpo parecia um chumbo que nos puxava mais para o fundo do mar. O seu sangue espalhava-se no mar, tornando-o avermelhado.

O sufocamento me causava desespero. Ver a Dulce dessa forma, me causava desespero. Os meus pulmões pareciam que iriam explodir em meu peito.

Meu Deus. Não permita que eu morra. Não permita que tudo acabe assim. Por favor. Pedi com angustia, mesmo engolindo água e indo para imensidão, as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Se existia uma forma de morrer, não imaginava que era desse jeito.

De repente, tudo se tornou tão insignificante... A traição de Dulce, a separação, o sofrimento, a mágoa. Tudo era tão sem sentido. Tudo era tão passageiro. Em espírito, tudo que levávamos eram as nossas lembranças. E eu não queria levar para minha cova lembranças negativas e nem raiva.

E nesses últimos momentos da minha vida, eu percebi que o meu amor por Dulce era grande demais para ser degradado. Ela errou. Eu errei. Mas nesse momento, não importava mais. Do fundo do meu coração, o perdão brotou do meu ser.

Eu queria viver mais dez, vinte, trinta anos ao lado dela. Se o milagre acontecesse e eu tivesse uma segunda chance, não deixaria minha vida sem a Dulce. Deixaria tudo para trás e iniciaria um começo.

Mas, a vertigem que me tornava cega, mostrava-me que era o fim... Virei o meu corpo e segurei na outra lateral de Dulce, abraçando-a... Queria que a minha última memória em vida, fosse aos braços da mulher que amo...

Pronto, postei muito! Hahaha. Quero ver reclamações agora.

E... No próximo capítulo, a fic será narrada pela autora...

Bom final de semana meninas.

E sobre Anahí e Dulce:Mourning.