Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Mais uma aspirina. Era tudo isso que Poncho precisava. Estava no aeroporto de Nova York esperando o voo para Havaí. O seu coração estava negro em luto, nunca pensou em seus maiores pesadelos de que a Anahí fosse partir primeiro que ele. Passou uma semana chorando, era como um tiro no coração. Chegou inesperado, ninguém avisou. Ele estava em luto pela Anahí e Anthony pela Dulce. Claro que também estava de luto pela Dulce, mas não a conseguiu perdoar pela traição de sua amiga.

— Papai me dá um dólar? Quero pegar uma bolinha no brinquedo ali. — Aaron apontou para maquineta.

Poncho pensou em dizer não, mas antes que o seu cérebro registrasse qualquer coisa, já tinha tirado um dólar do bolso e entregado ao seu filho.

Aaron era um garoto tranquilo, de cabelos negros caindo nos olhos e olhos castanho-avermelhados. Era uma beleza exótica que conquistou o coração do Poncho e Anthony no primeiro momento. Um menino de ouro. Poderia se dizer. Quando adotou o Aaron ele era uma criança introspectiva, mas com muito amor e carinho, ele tinha se tornado uma criança extrovertida e feliz.

O seu casamento com Anthony continuava seguindo firme e forte. Ele não estava com ele por questão de trabalho. Apesar das circunstâncias, o Poncho sentia-se aliviado por viajar sozinho com Aaron. Precisava respirar um ar que não tivesse o nome de Anthony. Ás vezes, uns dias longe do parceiro, fazia bem para relação e aguçava a saudade.

Estava sentado no aeroporto por uma hora e meia, desejando uma aspirina e também um cigarro. Céus. Morreria por um pouco de nicotina. Observava Aaron parado na frente da maquineta de bolinhas, quando uma figura muito conhecida lhe chamou atenção. Não teve demora em se levantar e correr até a pessoa, segurou o braço da mesma e quase recebeu um golpe de Muay Thai, mas o seu reflexo era ótimo e livrou-se.

Soltou o braço de Audrey e não ficou chateado com o possível golpe, sabia que a outra era meio perturbada.

— Está fazendo o que aqui, sapatão? — Perguntou com implicância e surpreso por tantos anos e Audrey continuar com a mesma cara de sempre.

Audrey ajeitou a sua jaqueta caríssima de couro que tinha ficado torta com a pegada do Poncho.

— Estou indo para o Havaí. — Respondeu curta.

Poncho deu um sorriso malicioso.

— Fazendo o que no Havaí?

— Visitar a Marichelo e Aisha, óbvio. — Respondeu sem se importar com o olhar provocativo do Poncho. — Para que mais seria?

— Talvez, porque a minha irmã está residindo lá com sua esposa.

Audrey revirou os olhos, fingindo tédio. Na verdade, essa era a única desculpa que tinha encontrado para ir ao Havaí. Estava abalada com a morte de Dulce e Anahí, mas o motivo de sua ida era outro: MAITE.

— Não seja ridículo. Eu não me importo. — Deu de ombros.

— Que bom que não se importa ao menos, a Maite não terá problemas com você. Por que você sabe né? No estado dela, qualquer contratempo conta. — Comentou Poncho na malícia e olhando em suas unhas.

— Que estado? — Perguntou curiosa, recebeu um olhar divertido do Poncho e soube que sua curiosidade tinha estragado tudo.

— Ela está grávida, docinho. — Poncho disse com falsa simpatia.

Poncho tinha sua preferência: Aubrey. Ele adorava a sua cunhada, então, carregava um caminhão por ela e se possível, faria de tudo para atormentar a Audrey. Não que não gostasse dela, mas só que achava que Maite estava feliz com sua atual esposa.

Audrey ficou pálida como a morte. Essa notícia foi como um golpe em seu estômago, ele ficou todo enojado. Foi saindo até que Poncho segurou seu braço novamente e desta vez, ela não tentou nenhum golpe de Muay Thai.

— Aonde pensa que vai, querida?

— Fumar. Acho que se eu não fumar agora o meu cérebro explode. — Respondeu ela, desvencilhando do braço de Poncho e procurando uma área para fumante.

— Ei docinho. Eu vou com você! — Poncho gritou e fez sinal para Aaron. — Vamos querido! Venha! — Apressou o seu filho.

Aaron rapidamente foi para junto do seu pai. Poncho segurou em seu braço e correu atrás de Audrey, por dentro, estava pulando como uma gazela feliz por finalmente poder fumar.

**