Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV AUTORA

Com a chegada de Poncho com Aaron e também Audrey, o ânimo de Aisha melhorou um pouco, a febre tinha cedido e ela parecia distraída demais olhando para Aaron. Marichelo achava interessante a maneira que sua neta olhava para o Aaron, como se ele fosse um enorme algodão doce pronto para ser provado. Aquilo era sinal de paixonite. Aaron também não parecia imune a Aisha, mas eram crianças e essas coisas não se pensava.

— Onde está a primeira dama? — Perguntou Poncho referindo-se a Lucy.

— Ela não está mais morando aqui. — Marichelo deu de ombros. — Ela está hospedada em um hotel. Vem aqui quase todos os dias, mas achou melhor ir embora. As coisas entre ela e Anahí não estavam bem mesmo juntas. Elas sabiam que tinha acabado, só não romperam com palavras. Mas eu sei que essa menina amou a minha filha, assim como ela também amou.

— Muita coisa aconteceu pelo visto. Apenas eu que continuo preso naquele fim do mundo que é Rosewood. — Poncho disse, balançando a cabeça em negativo.

Audrey retrucou:

— Como se você não gostasse de morar lá.

— Boa parte do tempo, não gosto mesmo. Quase todos se mudaram. Ficou apenas eu, Anthony, Aaron e mamãe naquele fim de mundo. Tentei convencer o Anthony para morar aqui, mas aquele parece pregado em Rosewood. Não entendo. — Poncho resmungou.

— Ele deve ter dificuldade de adaptação. Percebeu isso? Algumas pessoas preferem viver na mesmice com medo do novo ou por se sentirem desconfortáveis com mudanças. Mudança requer mexer com a sua zona de conforto. E meu caro, é difícil sair de sua zona de conforto. — Audrey disse, tomando um gole do seu café.

— Você diz isso por experiência própria né? — Cutucou Poncho por diversão. — Se você não fosse tão confortável, não teria dormido no ponto e Aubrey não teria roubado a Maite de você.

Marichelo mordeu a ponta da língua com o olhar matador que Audrey passou para o Poncho.

— O meu término com Maite não tem nada a ver com comodismo. Terminamos porque simplesmente não nos gostávamos mais...

Antes mesmo de Audrey terminar a sua frente, a porta bateu e quando Rosa abriu, a Maite surgiu, fazendo com que Audrey calasse a sua boca.

Poncho olhou de sua irmã para sua ex-cunhada. Podia até escutar a Roxette cantando no fundo Listen To Your Heart quando os olhos de Maite e Audrey se encontraram. Não esperou para nenhum sinal. Levantou-se e cumprimentou a sua irmã que estava com a barriga um tanto saliente e depois a Aubrey que vinha atrás.

Maite desviou os olhos de Audrey, mas todo o seu corpo sofria o efeito de ter encontrado a sua ex novamente. Não imaginava que tremia dos pés a cabeça.

— Quer um pouco de café, querida? — Ofereceu Marichelo assim que Maite e Aubrey se aproximou dela.

— Eu vou querer chá de camomila, por favor. — Disse Maite ainda em olhar para Audrey.

— Eu vou aceitar o café. — Disse Aubrey com os olhos fixos na Audrey. — Olá, você é...?

Marichelo se levantou e foi para a cozinha providenciar o café e o chá.

Audrey se levantou.

— Sou a Audrey Belly. — Ofereceu a mão para sua rival.

— Que interessante, temos quase o mesmo nome. — Aubrey aceitou a mão com um sorriso de lado. Mas depois apertou os olhos. — Ah, você é a ex da minha esposa? — Perguntou olhando da Audrey para Maite.

Maite estava desconfortável com a situação. Não conseguia olhar para Audrey ainda, tinha medo de que em algum momento, os seus olhos a denunciassem. Sentou-se, dizendo a si mesma que não importava mais.

Poncho sentou-se próximo, aparentemente divertido com a situação.

— Sim. Eu sou. — Audrey respondendo seca e puxou a sua mão. Voltou a se sentar e pegou a sua xícara de café.

Aubrey sorriu.

— Muito legal isso! Vejo que apesar do nome ser quase idênticos, somos bem diferentes, principalmente no físico. — Comentou Aubrey e sentou-se ao lado de Maite, passou um braço por detrás do pescoço da esposa e segurou o ombro, num sinal de posse. — O que faz aqui, Audrey?

Audrey não gostou daquela mulher, não por ser a esposa de Maite – claro que isso contribuía -, mas aquela mulher tinha uma malvada explicita nos olhos. Deu uma rápida olhada em Maite, percebendo o seu desconforto. Não iria prolongar isso.

— A mesma coisa de todos: Vim acompanhar de perto notícias de Anahí e Dulce. Elas são minhas amigas. — Audrey respondeu, negando-se irritar.

— Não sabia que não existia televisão em Nova York. Você poderia acompanhar pelo noticiario, não? È a mesma coisa. — Alfinetou Aubrey.

— Aubrey, por favor. — Resmungou a Maite. — Não é hora para isso, temos uma única preocupação: Anahí e Dulce.

Aubrey calou-se, mas lançou um olhar intimidador para Audrey que arqueou uma sobrancelha mostrando claramente que não se importa.

— Os bombeiros e a guarda costeira pararam de procura-las, mas eu sinto que elas ainda estão vivas. A ideia de que elas viraram comida de tubarão é cruel demais para se imaginar. — Comentou Poncho com o semblante carregado.

— Eu também tenho esse pressentimento. — Disse Audrey.

— Eu também. — Concordou a Maite. — Temos que rezar. Não podemos acreditar nisso.

— Não podemos aceitar isso. — Disse Breno aparecendo e cumprimentando os que chegaram com um rápido beijo na bochecha. — Por isso que estou contratando uma equipe profissional em buscas. Eu só irei acreditar que minha irmã e Dulce estão mortas depois ver os seus restos mortais!

Todos concordaram. Marichelo retornou com duas xícaras e entregou para Aubrey e Maite. O clima na sala estava pesado.

Só iriam aceitar a confirmação das mortes quando a equipe privada não desse mais esperança em nada. Enquanto isso, a chama da esperança ia ser mantida no coração de cada um.

**