Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Como eu tinha previsto... Dulce ficou bastante automática. Ela não estava mais se divertindo depois da conversa com Bruna. E Bruna... Fazia como eu, agia como se nada tivesse acontecido. Num determinado horário, nos despedimos, e Dulce se prontificou de me levar para casa. Mas ao invés de fazer isso, me levou ao seu apartamento.

O tempo todo, ela estava tensa no carro... Eu tentava puxar assunto, mas ela era monossílaba. Então, desistir. Comecei a cantarolar qualquer música. Quando entramos em seu apartamento, falei. “Todas as garotas da faculdade são como aquelas no bar?”. Eu rir. “É impossível dizer “oi” a uma sem ser cantada”.

Ela não respondia nada. Apenas tirou o casaco, e pendurou atrás da porta. O seu silêncio começou a me incomodar. Até que enfim, ela respondeu. “Talvez quando for pra faculdade, você... Descobrirá por si mesma”.

Confesso que o fora me deixou um pouco murcha. Não que eu esperasse uma resposta animada de Dulce, mas caramba! Não precisámos terminar a noite assim: Com eu magoada. Eu não queria ser magoada, e também não queria ficar num clima tenso com a Dulce. Então, falei. “Certo, pare. Bruna falou alguma coisa sobre nós ou sobre mim?” perguntei, já sabendo a resposta, mas queria ouvir da boca dela.

Dulce andou em voltas pelo apartamento, que é muito pequeno. O apartamento é apenas um vão, que era dividido estrategicamente em “quarto, sala e cozinha”, e uma porta que dava para o banheiro.

Ela finalmente parou e olhou para mim. “Não, por que diria?” mentiu ela, acho que para proteger sua amiga, ou para mim proteger da verdade. “Só estava me divertindo num bar com uma aluna do colegial”.

“Você faz parecer tão horrível”. Disse, ficando chateada.

“Bom, por que talvez seja. Pense nisso.” Ela disse, sentando-se no sofá.

“Por que?” eu questionei, cruzando os braços. “Agi como uma garota do colegial? Fiz algo pra constrangê-la? Alguma vez fiz isso?” perguntei, ficando de frente para ela, me curvei para poder olhar diretamente em seus olhos.

“Não, não se trata disso”.

“Então de quê se trata?” perguntei exasperada, me sentando no sofá á sua frente. “É problema da Bruna ou é seu? De onde saiu isso?”. Ela não me olhava, mas eu continuava a olhá-la. “Idade não é problema quando estamos juntas”.

“Quando é apenas nós duas, mas quando estamos lá fora, as pessoas notam”. Ela me olhou, fazendo uma breve careta.

“Não”, eu respondi suavemente “Bruna notou. Ela é sua amiga e se está bem pra você, duvido mesmo que isso vai incomodá-la”.

“Anahí, vamos cair na real”. Dulce suspirou “Na teoria, estamos mais erradas do que certas”.

“Quer cair na real? Esqueça a teoria”. Falei, a encarando, eu não podia deixa-la terminar novamente o que mal começamos, não, de novo não. “Como se sente quando estamos juntas?”.

Dulce gesticulou. “Bom. É bom.” Ela se levantou, andou até a janela e voltou. “Quero estar com você. Quero ir a um bar, apresenta-la aos meus amigos, dividir a batata frita como todo mundo, mas acho que não podemos fazer isso”. Os meus olhos já estavam enchendo-se de lágrimas nesse momento. “Quando estou com você, não ligo para mais ninguém”.

“Então, está falando em continuar ou parar?” perguntei, com um nó na garganta.

“Sim! Não! Talvez” ela respondeu confusa.

Eu me levantei e caminhei até ela. “Então, vamos repensar...” segurei em suas mãos “Estamos aqui agora” coloquei as mãos sobre o peito dela, na altura do coração, ela segurou as minhas mãos. “Somos só nós duas, e é bom”. Olhei em seus lindos olhos. “Então, juntas, vamos não nos importar”.

Podia ver em seus olhos, novamente aquele brilho que tinha se apagado depois que ela conversou com a Bruna. Então, eu sabia naquele momento, que ela tinha cedido... Ao menos, por hora. Passei a mão em seu rosto, e me inclinei, dando-lhe um beijo.

Dulce passou os braços envolta do meu corpo, me abraçando, enquanto me beijava carinhosamente. Caminhamos lentamente para o sofá... O beijo foi esquentando, minhas mãos acariciam a sua nuca, enquanto, sugava a sua língua... Quando dei por mim. Estava sentada no colo de Dulce, com as suas mãos passeando pelas minhas coxas. Mesmo com meia, podia sentia o calor de suas mãos, que me deixaram quentes... O meu sexo rapidamente se molhou, e eu tive que me agarrar mais em Dulce, para aplacar o desejo que estava me invadindo nesse momento.

Ela apertava as minhas coxas, eu arranhava os seus braços, movimentava-me lentamente em seu colo, e aprofundava mais um beijo. Até que chegou um momento que se tornou insuportável aquele calor. O fôlego nos faltou e tivemos que parar o beijo. Dulce escorregou os lábios para minha orelha, me fazendo gemer e estremecer em seus braços. Segurei firmemente em seu cabelo e estiquei o rosto para oferecer o meu pescoço, quando ela o atingiu, deu uma breve mordida. Fazendo-me gemer seu nome. Eu sentia a empolgação da Dulce... Assim como eu estava também.

Abrir meus olhos e olhei para seu relógio de parede, me fazendo afastar de Dulce em um pulo, que me olhou interrogativamente. “Oh, meu Deus. Já são meia-noite e meia! Marichelo vai me matar!” falei apressada, ajeitando a minha roupa e depois procurando a minha bolsa.

“Eu te levo” disse Dulce, ainda prostrada no sofá, com seu rosto vermelho e respiração ofegante.

“Não mesmo. Nesse momento, ela deve está na janela, seria um perigo se ela me visse com você”.

“Não seja por isso. Eu te deixo numa rua antes de sua casa, mas não posso deixa-la andar sozinha essa hora nas ruas”, ela se levantou e pegou a chave do seu carro. “Vamos?”.

Balancei a cabeça e fomos para o seu carro. Em dez minutos, estávamos em uma rua anterior da minha, aos beijos... Eu já estava atrasada mesmo, então, atrasar um pouco mais não iria fazer a mínima diferença.

Quando íamos esquentar novamente, me afastei de Dulce, dando um beijo em seus lábios rápidos. “Obrigada pela noite, foi incrível”.

“Eu que agradeço... Seu apoio foi essencial essa noite...”. Ela sorriu, aquele sorriso que me fazia derreter e foi impossível não beijá-la novamente. “Oh, certo... Acho que você será castigada pela sua mãe”.

Eu gemi, me lembrando de Marichelo. “Oh, Deus”. Mais um beijo. Mais outro. “Até mais tarde, Dulce”.

“Até mais tarde, Anahí”.

Com mais um beijo. Desci do seu carro e andei apressadamente para casa. E como eu tinha previsto... Marichelo estava me esperando, olhando pela janela. O castigo? Uma semana sem o carro. Bem, razoável... Só que iria ter que andar de casa para escola, e isso não era nada legal.

Troquei de roupa, e me joguei na cama. Olhei meu celular e tinha uma mensagem de Dulce.

Sonhe comigo... Por que certamente, irei sonhar com você. D.

Eu apertei o celular contra meu coração e rir... Sim, realmente valia muito a pena. Tudo.