Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV YVONNE

As coisas tomaram um rumo muito ruim. Tudo que eu tinha planejado foi para água a baixo. Eu não tinha mais a Dulce e Anahí no cativeiro. Não tinha outro plano. E não podia nem pensar em continuar com o processo para guarda de Aisha, agora com a Anahí e Dulce de volta era impossível. Sem contar que eu me tornaria o alvo principal, se qualquer coisa acontecesse com as duas, às suspeitas iriam cair apenas em mim. Eu não sabia quanto tempo duraria para que a polícia batesse em minha porta, mas eu não iria ficar para ser presa.

Espanha. Eu iria para Espanha. O pior de tudo era ter que abrir a mão da fortuna. Era lastimável.

Não estava acostumada a perder, mas tinha que ser coerente e salvar a minha pele.

Abri a gaveta da escrivaninha, mas uma pessoa entrou. Dei uma rápida olhada para James a minha frente, o meu cérebro estava fervendo em pensamentos.

“Você vai embora? Tem malas na sala”.

“Sim”. Respondi sem olhá-lo.

“E eu? Como fico?”. Ele me questionou, se aproximando de mim.

“Você vai procurar outro lugar ou some, mas não fique no meu pé!”. Disse friamente.

“Por que você é assim? Porque você não consegue agir como uma mulher de coração? Eu passei muitas coisas por causa de você, fiz coisas por você, mas você não consegue fazer um terço por mim!”. Ele disse com os olhos marejados. Patético.

“Do que tanto reclama?”. Olhei firmemente nos seus olhos. “Nunca lhe faltou nada. Você sempre foi bem pago pelos seus serviços. Não só como dinheiro, mas como também na cama e ainda tem a ousadia de reclamar?”. Ergui o meu rosto, mostrando-lhe superioridade.

“Reclamo da sua incapacidade de ter sentimentos. Eu te amo. Meu amor por você é grande, sou capaz de dar a minha vida por ti. Os nossos momentos juntos foram...”. Ele fechou os olhos com evidente prazer, que me enojou. “Um sonho, infelizmente. Como não consegue sentir o mesmo por mim? Que espécie de mulher você é?”. Os seus olhos brilharem de lágrimas que não me convenceram.

“Me poupe do seu chororó! Eu tenho que ir embora”. Cuspi as palavras. “Eu nunca me apaixonaria por um pé rapado como você! Não entende isso? Você foi útil para mim, agora não é mais. Se tornou um estorvo”. Olhei no relógio novamente. “Eu tenho que ir embora”.

James me olhou com raiva, mágoa e muita decepção, mas isso não me importou. Nem se quer fez o meu coração doer. Nunca o amei, e nunca irei amá-lo.

Só que eu tinha um quê de afeto pelo James. E éramos muito parecidos. Ambos sem escrúpulos.

“Desistiu da herança?”.

“Infelizmente sim. A sua incompetência destruiu todos os meus planos”. Respondi cansada.

“Sabe... Você foi muito burra. Acha que vai mesmo me abandonar como um cachorro de rua? Eu tenho provas contra você. Vou denunciá-la por todas suas atrocidades. Pela morte da Rose, pela morte daquele casal inocente no estacionamento, pela tentativa de assassinato de Anahí e claro, por mantê-las em cárcere privado com torturas. Eu posso ir ao inferno, mas você vai junto comigo”. James disse determinado.

Olhei para ele sem acreditar em sua ousadia. Estava perplexa, mas não iria deixar transparecer.

Dei um murro na escrivaninha. “Não ouse sujar o meu nome. Ninguém  vai saber da verdade, vou levá-la pra túnel e você também!”. Falei irritada. “Tenho um sobrenome para zelar”.

Ele riu. “Grande sobrenome, Yvonne. Você por si só estragou o seu sobrenome, o seu prestígio. Você está na lama”.

O meu sangue foi para o meu rosto que ficou avermelhado de raiva. Eu não podia deixar que o James fosse mais esperto do que eu e me afundasse.

“Você percebeu o quanto é doentia? Você me fez fazer milhares de coisas por dinheiro”. James cuspiu na minha cara.

“Fiz o que era necessário”. Respondi sem me abalar.

“Necessário para separar a Anahí e Dulce, mas não o suficiente para colocar as mãos na fortuna. Parabéns, Yvonne. Tanto trabalho em troca de nada!”. James revirou os olhos.

“James, eu...”. Uma pessoa entrou no escritório sem bater, os seus olhos estavam arregalados e seu semblante pálido. Eu fiquei surpresa com a sua aparição do nada. Como se tivesse surgido do inferno. “Como ousa entrar sem se anunciar?”.

“Sua psicopatia acaba aqui, Yvonne!”. Dulce disse com um semblante sério e olhos frios me congelavam.

Dois homens invadiram o escritório. Atrás dos homens, estava a Anahí pálida e com os olhos assustados.

“Sra. Saviñón. Sr. Stuart. Vocês estão presos pelo sequestro, tortura e tentativa de assassinado de Anahí e Dulce Saviñón, além do homicídio da Srta. Rose Pascuale. E também de Mary e Bruno Jones.”. Um oficial disse, mostrando o seu distinto. “Vocês tem um direito á um advogado. Vocês também tem o direito de se manter calados, qualquer coisa dita poderá ser usada contra vocês no tribunal”.

Eu não iria presa! No impulso, peguei a arma que estava na gaveta e atirei, duas vezes, acertando duas pessoas em cheio...

Postei muito! Hahaha. Quero ver reclamações de que eu postei poucos.

Obrigada pelos comentários, meninas. *-*

E ah... Yvonne atirou em quem? :O