Fanfics Brasil - Live and breathe for her! — Cinquenta e três. Como tudo aconteceu. — FINALIZADA.

Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.


Capítulo: Live and breathe for her! — Cinquenta e três.

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De prefência: Leiam escutando a música.


 




 


 


 


POV DULCE


 


A dor do amor... Eu preferia ser torturada fisicamente milhares de vezes do que sentir a dor desse sentimento. Sabe por quê? Dor física depois de um tempo, minutos ou até mesmo horas, passava. E a dor sentimental, não. Ficava firme e forte. Lembrando-a constantemente que está ali, presente e latente no fundo do seu peito, lhe rasgando como tivesse uma faca cravada em sua carne e em cada respiração a lâmina afiada lhe rasgava mais um pouquinho. Era assim que eu estava me sentindo. Decidi que eu tinha assistido coisa demais. Que estava suportando também muitas coisas.


 


Cheguei à conclusão que independe do meu erro no passado, existiam coisas que não merecia passar. Anahí estava brincando comigo. Ela não abria a boca pra dizer nada, pra me explicar a real situação. Antes do nosso rapto, estávamos bem... Não tínhamos conversando sobre os nossos sentimentos, mas eu sabia que ela estava sendo minha novamente. Então, quando chegamos... Corre para os braços de Lucy e fica com ela o tempo todo. E agora essa cena no hospital?


 


Não. Definitivamente não! O meu coração não aguentava mais sangrar dessa forma. Eu estava com um problema enorme para resolver... O meu psicológico, o meu físico, o meu emocional estava passando por um enorme estresse e eu precisava de um momento de paz. Eu precisava de decisões e não de mais dúvidas.


 


O céu estava ficando enegrecido, anunciando uma tempestade á vista. O céu estava da mesma forma que meu coração: Nublado.


 


Eu queria gritar alto para todos escutarem a minha dor. Eu queria puxar os meus cabelos. Eu queria arrancar o meu coração do peito para simplesmente não sentir mais nada. Eu criei expectativas, alimentei ilusões, achei que finalmente teria o meu amor de novo nos meus braços, que iriamos superar essa fase juntas. Mas não... Se a Lucy não tivesse tomado uma iniciativa no hospital, a Anahí ainda iria continuar com ela. E ficaria aqui, me vendo sofrer... Sem esquecer dos seus beijos e sem saber como arrancá-la de mim...


 


 


Com ela. E não comigo. Eu seria apenas um passatempo. Foi nesse pensamento que percebi que eu estava chorando dentro do carro, ao lado de Anahí.


 


“Dulce?”. Ela me chamou e tocou em meu braço.


 


O seu toque parecia veneno em minha pele que derretia como ácido.


 


“Não me toque!”. Gritei que a assustou. Eu não estava mais suportando ficar no mesmo espaço que ela. Depois de cair à ficha que ela não teria me escolhido. “Pare o carro!”. Ordenei alterada.


 


Ela parou o carro. Estávamos em uma estrada deserta. Os pingos da chuva começaram a cair. Eu tirei o cinto e abrir a porta do carro.


 


“Dulce! Onde você vai? Está chovendo!”. Ela gritou dentro do carro, mas eu não dei à mínima.


 


Continuei andando em direção a areia, eu não queria escutá-la. Eu não queria senti-la. Nem o calor do seu corpo, e muito menos o seu perfume. Pela primeira vez, desejei não amá-la mais.


 


As minhas lágrimas eram confundidas com as gotas frias e pesadas da chuva. A minha perna doía, mas nada se comparava a dor do meu coração. O mar estava agitado, as ondas pareciam assassinas. Eu só queria um ponto final para tudo isso. Minha vida estava de cabeça para baixo e eu não sabia mais como realinhá-la.


 


Eu escutava a voz de Anahí, mas estava tão longe que sua voz poderia ser confundida com os múrmuros do vento. Senti a areia molhada grudar em meus pés e me afundar, mas eu seguia andando em frente, com as pálpebras pesadas das lágrimas. Mas Anahí me alcançou, sua mão prendeu no meu braço e me vez voltar para ela.


 


Olhando dentro dos seus olhos azul-esverdeados que tanto amei e idolatrei, vi o motivo para minha existência e também para a minha destruição.


 


“Dulce. Temos que voltar para o carro, está vindo uma tempestade e é muito perigoso!”. Ela gritou mais alto que os trovões que rompiam sua voz. Seus cabelos estavam grudados no seu rosto. Sua expressão era de preocupação e também cautela.


 


Eu puxei o meu braço. “Não. Eu não vou para nenhum lugar com você”. Ela não tinha me escolhido. Ela escolheu a Lucy. As palavras ecoavam em minha cabeça.


 


Anahí ponderou como se tivesse levado uma chicotada. Os seus olhos ficaram magoados.


 


“Por favor, Dul... Vamos embora. É perigoso ficar aqui quando a tempestade chegar”. Ela tentou novamente pegar no meu braço, mas eu andei para trás. “O que está acontecendo?”.


 


“Você a escolheu! Você só não ficou com ela porque ela não quis ficar com você”. Eu gritei com a dor me consumindo. “Você disse que me amava, mas a verdade é que você não me ama mais, tudo não passou de um jogo para você!”.


 


Anahí precisou de uns segundos para digerir a minha acusação, depois balançou a cabeça em negativa e segurou os meus braços firmes. Percebi que ela estava chorando mesmo com a chuva forte.


 


“Não, Dulce. Eu não a escolhi... O que você viu no hospital foi...”.


 


“Eu sei o que eu vi. Eu sei! Eu vi você dizendo que a queria que a amava! Ela! E não a mim!”. Eu gritei e de repente, fiquei sem forças, as minhas pernas não aguentaram o peso do meu corpo e eu desabei na areia, trazendo a Anahí junto comigo.


 


“Dulce, por favor. Me escute”. Ela pediu, a sua voz estava carregada de sofrimento. “Por favor, olhe para mim”.


 


Eu me negava olhar para ela. Eu só queria chorar, eu precisava de um pouco de fé. Estava me sentindo tão vazia por dentro. Tão sem amor. Tão desprotegida. Eu me sentia como tivesse tendo um ataque de asma, minha respiração era curta demais e o oxigênio parecia não ir para o meu cérebro. Engasguei-me com as minhas próprias lágrimas e também com a chuva abundante.


 


Ela segurou no meu queixo e levantou a minha cabeça. A olhei com relutância.


 


“Não faça isso, por favor...”. A sua voz era um sussurro, mas eu conseguia ouvir bem. “Eu sei o que você viu no hospital, não foi fácil. Eu tive uma história de um ano com a Lucy, que me marcou. Eu a amo e estou sofrendo com a partida dela na minha vida”. Eu fechei os meus olhos, eu queria tampar os meus ouvidos para não ouvir mais nada. Mas a Anahí pressionou o meu queixo, que me fez abrir os olhos. Os seus olhos estavam azuis. Ela fez uma caretinha de choro, então, mordeu o lábio inferior. “Eu sei que esse sofrimento é passageiro, é apenas questão de tempo. Posso superar tudo, Dulce. As únicas coisas que não posso suportar é perder a minha filha e você”. Apesar da minha relutância em acreditar, os seus olhos eram sinceros. “Você é o amor da minha vida, a primeira mulher que amei e compartilhei momentos preciosos da minha vida. Ás vezes, me perguntou se eu poderia viver sem você, se em algum momento da minha vida, eu poderia te esquecer. Mas sabe qual é a resposta? Não. Eu nunca vou poder te esquecer, você está cravada em meu coração. Tornaste inesquecível em mim. Você faz moradia permanente em meu coração, Dulce. E nesses dois anos que se passaram, não houve um dia que eu não senti sua falta. Eu sou tão apaixonada como há quatorze anos atrás”. Ela fungou. “O meu amor por ti, é totalmente diferente do amor que sinto pela Lucy. Sabe porque eu passei esses dois anos longe de você?”.


 


Eu balancei a cabeça me sentindo incapaz de falar.


 


“Porque eu sabia que no momento em que os meus olhos encontrassem com os teus, o meu coração correria para as tuas mãos. Eu me vi perdida no enigma que é Dulce Maria na minha vida”. Ela disse. “Eu tenho certeza do que sinto, Dulce. Só não tenho certeza do que quero. Eu preciso que você entenda isso: Eu te amo, com todas as minhas forças, mas não estou pronta para reatar com você e nem com Lucy, e nem com ninguém. Não posso me comprometer pelo calor do ânimo”.


 


“Você não me perdoou”. Eu disse em um suspiro.


 


“Eu te perdoei, Dulce. No meu coração, não existe mais nenhuma mágoa preso dentro dele, passamos por tantas coisas. Sabe lá no balcão? O único pensamento que me mantinha resistente era a imagem de nossa família juntas. Eu, você e Aisha”. Ela disse com um tremor de lábios.


 


O meu corpo tremeu. Eu passei a mão pelo rosto de Anahí que estremeceu. “Eu te amo tanto, Anahí. A hipótese de não ter você na minha vida, me faz querer morrer. Tudo que eu mais quero é ter novamente nossa família unida. Desde que você saiu da minha vida, eu não vivo, eu padeço. Eu preciso ter você. Eu não consigo ser feliz sem você”.


 


Ela segurou a minha mão e apertou firmemente em seu peito. Eu podia sentir as batidas aceleradas do seu coração. “Você vai ser sempre o grande amor da minha vida. Eu sempre vou te amar incondicionalmente. Mas nesse momento, Dulce... Eu não posso ficar com você. Não sem organizar os meus sentimentos. Eu preciso de tempo. Só isso. Tempo. Você consegue me entender?”.


 


O esgotamento emocional misturado com o físico chegou com força total e a única coisa que vi foi o lindo rosto de Anahí antes de desmaiar...


 




 


 


Concordo com vocês, meninas... A Anahí foi realmente muito canalha. :(


 



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 789



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  • tryciarg89 Postado em 27/10/2023 - 12:11:12

    Eu não tenho palavras pra descrever como esse final acabou com meu emocional,estou desidratada e muito triste.Essa fic foi simplesmente apaixonante,passei muito nervoso durante os períodos que elas não estavam juntas,mas em compensação o restante foi de tanto amor, foi linda essa história,muito linda mesmo, parabéns por essa história tão comovente!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:05:20

    Eu poderia adaptar sua fanfic no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se você quiser que eu apague eu apago :)

  • Furacao Maite Postado em 05/12/2021 - 09:13:44

    Thamyyy posso adaptar a sua fanfic com os devidos créditos, pleaseeeee??

  • beedle Postado em 18/06/2017 - 20:59:14

    Acabei de ler essa fanfic e que história incrível em todos os detalhes. Tentei não chorar, mas não pude evitar um lágrima escorrer pelo meu rosto. Você é incrível Thamy, parabéns por esse teu dom da escrita. Palmas pra ti, muitas palmas pra ti

  • lika_ Postado em 17/11/2016 - 13:23:53

    essa é a unica fic que eu li que me faz chorar toda vez que eu releio ela parabens Thamy portinon voce é uma grande escritora

  • duda_kakimoto Postado em 29/05/2016 - 12:05:07

    Que SDDS VEIII :(

  • lua_portinon Postado em 17/05/2016 - 22:02:50

    Fic perfeitaaaaaa <3

  • ThayLosA Postado em 23/04/2016 - 23:19:54

    chorei muito... simplesmente amei o final, mais estou um pouco triste. vc escreve muito bem. vou espera vc começa a posta na nova fanfic com muita ansiedade.

  • Julia Klaus Postado em 23/04/2016 - 21:14:27

    Amei a história. Parabéns :)

  • Furacao Maite Postado em 23/04/2016 - 18:28:33

    genteeeeeeeee que fic maravilhosa!!!! amei, amei, amei!!! triste , mas amei! gente! você escreve muito bem! estou maravilhada!! com certea vou ler a nova fic!!!! parabens


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