Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV DULCE

Acordei com o toque do meu celular. Eu queria muito, mas muito estourá-lo. Pensei em ignorá-lo, mas o toque insistente me impedia de fazer isso. Eu estava ressacada com muito sono, acho que a qualquer momento os meus olhos podiam se entortar de tanto sono.

Tateei a minha mão pelo criado-mudo e encontrei o meu celular. Atendi sem muito humor.

“Finalmente, Dulce! Faz mais de duas horas que tento falar com você. Onde está?”. Perguntou a Flaviana com a sua voz autoritária.

Olhei para o meu lado e encontrei a Anahí dormindo tranquilamente. Não sei como ela não acordou com o toque. Levantei o lençol que cobria os nossos corpos e estávamos nuas. Sinal que a noite rendeu muito.

“Eu estou resolvendo um problema muito sério. Por quê?”. Respondi, passando os dedos suavemente nas costas de Anahí que ia se arrepiando.

“Eu tenho uma notícia: Agilizaram o julgamento de Yvonne. Será daqui há uma semana”. Ela disse e eu fiquei tensa.

Desde que a Yvonne foi presa, eu não fui visita-la. Não tinha vontade. Não sei se seria capaz de estar de frente á frente. Mas eu sabia que teria que acontecer isso em juízo.

“Por que tão rápido?”. Perguntei distraída.

“Movi os meus pauzinhos e achei que você gostaria que isso acontecesse. Já que estava tão empenhada para que a Yvonne pagasse pelos seus crimes. Está arrependida, Dulce?”. Flaviana perguntou.

“Não. Claro que não”.

“Podemos nos encontrar? Quero falar todos os detalhes pessoalmente. Não gosto de tratar com os meus clientes por telefone”.

Olhei para o relógio ao meu lado. Tinha algumas horas até o almoço. Na realidade, ainda era sete horas da manhã. Acho que Flaviana não tinha uma vida pessoal ou ela era muito profissional.

“Sim. Tem um quiosque na beira-mar que se chama El Sereia. Nos encontramos nele. Ok?”.

Ela concordou e eu desliguei o celular. Tinha outro assunto mais importante para me ocupar. Afastei qualquer pensamento de Yvonne. Afastei a coberta de Anahí. E comecei a distribuir beijos da sua nuca até entre as suas pernas...

Não demorou muito para que Anahí acordasse com o movimento insistente da minha língua em um vai e vem suculento e demorado. Ela ficou molhadinha e sua baba se misturou com a minha saliva. Anahí se contorcia e puxava os lençóis da cama, o seu rosto estava afundado no travesseiro e o seu sexo pulsava em minha boca. Acariciei as suas coxas lentamente, dando alguns apertos fortes. Ela ergueu os quadris e tirou o seu sexo da minha boca, antes que eu pudesse reclamar, mudou de posição. Sentou em minha boca e aprofundou a sua boca em meu sexo no 69 arrebatador...

Eu tinha me esquecido como a língua e os lábios de Anahí eram impiedosos e deliciosos. Fiquei entregue a sua boca, assim como ela ficou entregue a minha. E assim, go\zamos juntas.

Cai ao seu lado na posição contrário, deixando o meu rosto próximo ao dela. Beijei os seus lábios ainda molhados com o meu go\zo. “Bom dia”.

Ela sorriu. “Bom dia”. Mas então, agarrou o travesseiro preguiçosamente. “Que horas são?”.

“Um pouco mais de sete”. Respondi, dando um beijo em seu ombro.

“Foi uma delícia acordar assim por você. Mas não poderia ser mais tarde?”. Ela resmungou, fazendo um biquinho. Então, me olhou travessa. “Estou bastante ressacada”.

“Que dormir mais um pouquinho ou prefere levantar e encarar a cozinha?”. Perguntei, dando um beijinho em seu pescoço.

Ela passou o braço por cima de mim e me abraçou, afundando o nariz em meu pescoço e murmurou manhosamente. “Prefiro ficar assim...”.

Fechei os meus olhos e passei o meu braço em sua cintura. Assim, voltamos á dormir. Dormir com Anahí nos braços era a sensação da paz. Percebi que depois do nosso sequestro, era a primeira vez que eu dormia bem sem ajuda de ansiolítico.

Não sei quanto mais dormimos, mas acordamos com o som estourando. Minha cama e minha janela estrondavam com a música. Acordei desorientada, e Anahí resmungava baixinho sobre alguma coisa que não entendi bem. Sentei-me, esfregando os meus olhos e me situando.

Só podia ser uma coisa: Audrey. Levantei-me, vesti a roupa que estava anteriormente e sai do quarto com a cara de poucos amigos. Estava Audrey e Poncho dançando Natiruts. Breno estava com uma cerveja na mão e da mesma forma que eu tinha saído do quarto aborrecida, a Maite também saiu do quarto da Audrey com o mesmo aspecto.

“Mas que merda é essa?”. Perguntou Maite próxima de mim.

“Não sei. Mas eles parecem muito na vibe”. Respondi com mal humor.

“Se esse som não parar agora. Eu juro que vou ter um ataque. Preciso de café.”. Disse Anahí atrás de mim com uma carranca. Ela foi pra cozinha atrás de cafeína.

Fui até o som e diminui muito o volume, recebendo reclamação dos três.

“Vocês estão loucos? Querem que o síndico bata em nossa porta? Eu estou com uma ressaca maldita, minha cabeça parece que tem quatro quilos e qualquer barulho á mais está me deixando louca. Vocês poderiam controlar o maldito ânimo?”. Berrei para cada um deles.

“Teve noite boa não, Dulce?”. Perguntou Audrey com um riso débil. Ainda parecia bêbada.

“Tive, mas vocês acabaram de destruir”. Revirei os olhos e fui para a cozinha.

Encontrei a Anahí observando a cafeteira com insistência. Como se o poder do seu olhar fosse fazer o café ficar pronto mais rápido. Ela já estava vestida com a roupa da noite anterior. A abracei por trás e dei um beijo molhado em seu pescoço. Ela estremeceu e sorriu.

“Achei que você ficaria mais tempo nua”. Dei uma leve mordida no seu ombro.

Ela riu. “Eu tenho que trabalhar. Lembrei-me disso no minuto seguinte”. Olhou para o seu relógio de pulso. “Estou há menos dez minutos atrasada”. Anahí virou o rosto e captou os meus lábios em um selinho. “Podemos almoçar?”.

Eu iria dizer que sim, mas então, me lembrei que tinha marcado com a Flaviana e não sabia quanto tempo nossa conversa iria render. E para não deixar a Anahí plantada, era melhor não marcar.

“Desculpe-me. Mas não posso, tenho um encontro com a Flaviana sobre o caso da Yvonne”. Disse e percebi que Anahí ficou meio murcha com isso. “Marcaram o julgamento para daqui á uma semana”.

“Tão rápido?”. Perguntou surpresa e desvencilhou dos meus braços em busca de uma xícara.

“Sim. Também fiquei surpresa como você, mas parece que a Flaviana mexeu os pauzinhos”. Eu respondi e Anahí meneou a cabeça. “Podemos nos encontrar na hora da janta?”. Perguntei esperançosa.

Anahí encheu a xícara de café e tomou, amargo mesmo. Então, me olhou. “Claro”. Ela sorriu por fim, colocou a xícara no balcão.

Respirei aliviada. Achei que por algum momento, ela não iria querer sair comigo. Tinha que admitir que ela era meio bipolar, ás vezes. Ela caminhou até mim e beijou os meus lábios.

“Até mais tarde”.

“Vou esperar ansiosa”. Eu disse com outro beijo em sua boca.

“Agora tenho que ir. Trabalho. E tenho que ler um livro de uma escritora bastante renomada, sabe?”. Ela brincou, passando as mãos em meus cabelos.

“Espero que essa escritora seja boa mesmo para me tirar você”. Brinquei também.

Anahí riu e nos beijamos mais uma vez. Antes que o beijo fosse para outro rumo, a levei até a porta. Ela parou por um momento ao ver o Breno e Poncho ainda juntos. A Maite ainda estava em meu apartamento, o que me fazia questionar se ela não iria embora. Aliás, ela tinha a sua esposa.

“Poncho. Breno. Comigo. Agora”. Anahí falou pausadamente.

“Ah não, Anahí. Nós vamos depois”. Disse o Breno, mostrando a garrafa de cerveja.

“Não perguntei nada. Apenas disse: Agora. Solte essa garrafa e vamos embora. Isso serve para você também, Poncho. Não faça essa cara de sonso”. Ela disse séria. Confesso que sinto muito tesão quando a Anahí é autoritária dessa forma.

“Mona, estamos nos...”. Poncho comentou, mas ela interrompeu.

“Qual a dificuldade de entender a palavra agora?”.

Eles resmungaram, mas foram atrás dos seus pertences e seguiram a Anahí. Eu fiquei rindo da porta. Essa é a mulher que me apaixonei. Fechei a porta e quando me virei, vi a Audrey levando a Maite para o quarto. Isso iria render...

Parece que a paz está reinando no mundo portiñón.

Agora a questão é:

Até quando?

Feliz dia da mulher!