Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Capítulo especial de aniversário da leitora

Mariana.

POV ANAHÍ

Depois de duas aspirinas, um engov, uma Coca-Cola e três xícaras de café, a minha ressaca tinha passado. Liguei pra minha casa, falei com Aisha, já que não pude ir para trocar de roupa. Eu estava lendo o livro de Dulce. Estava muito emocionada em cada capítulo, era uma declaração explicita para mim. Isso me fazia me lembrar da época que comecei a me envolver com a Dulce e boa parte do nosso relacionamento que ela sempre foi incrível demais.

Tinha que admitir que a noite foi muito louca. Muito boa. Eu ainda não tinha parado para analisar sobre as coisas que aconteceu. Sexo. Loucura. Surpresas também. Eu estava surpresa ainda com o lance de Breno e Poncho. Embora que eu soubesse que só foi uma noite entre eles, o que me deixava curiosa mesmo, era sobre a orientação sexual do meu irmão. E ainda tinha o lance de Audrey, Maite e Aubrey. Que coisa mais louca!

No início da manhã, eu recebi a intimação para depor contra a Yvonne no tribunal. Confesso que senti um arrepio que estremeceu as minhas entranhas. Eu não queria ficar de frente á frente com aquela mulher, mas se isso era o necessário para colocar aquela mulher atrás das grades, eu iria.

Estava compenetrada com a minha leitura quando o dono da editora entrou. Sem bater e com o seu sorriso sádico. Eu sabia que viria bomba. O Mariano nunca vinha a minha sala se não tivesse nenhuma bomba para estourar em meu colo.

“Bom dia, Anahí”. Ele cumprimentou, puxando uma cadeira e sentando.

“Bom dia, Mariano. O que devo a honra de sua visita?”. Perguntei, esfregando suavemente a minha testa. Eu acho que estava com algumas olheiras também.

“Ouvi boates de que Lucy Hale pretende escrever uma biografia sobre a sua vida”. Ele cruzou as pernas com os olhos críticos.

“Eu não estou sabendo nada sobre isso...”. Falei sincera e com um pouco de surpresa.

“As minhas fontes são seguras”. Ele disse. “Serei direto: Eu quero que essa biografia seja lançada pela minha editora e é o seu trabalho conseguir isso”.

Isso era um grande problema. Levando em conta que eu não estava mais com a Lucy e ela não atendia as minhas ligações. Achava muito pouco provável se ela quisesse assinar um contrato com a editora.

“Mariano... Você não poderia pedi para outra editora? Eu estou tão atarefada com outros manuscritos para ler e...”. Ele se ergueu e segurou com as suas mãos na cadeira.

“Não. Não posso pedi. Porque eu quero você. É a minha melhor editora e outra coisa, você não tem um namoro com ela?”.

“Terminamos recentemente, por isso que não acho que seja um bom momento para um contato precoce”. Respondi, olhando para os olhos negros de Mariano, que aparentemente não se importava com isso.

“Der um jeito. Você consegue. É a minha garota. Quero uma resposta em breve”. Ele piscou. “Se possível, hoje á tarde”. Com mais uma olhada, ele saiu da sala.

Minha cabeça recomeçou a doer consideravelmente. Pensei em tomar outra aspirina, mas o meu fígado não iria suportar mais uma metabolização. O que eu iria fazer? Eu conhecia muito bem o Mariano para saber se eu não conseguisse essa possível biografia de Lucy, eu estaria no olho da rua. Mesmo não precisando de dinheiro, eu gosto de trabalhar e amo o meu trabalho.

Com esse pensamento, peguei o telefone e disquei o número tão conhecido.

Depois de um apito. A caixa postal foi acionada. “Aqui é Lucy Hale, não posso atender nesse momento. Deixe o seu recado, se for realmente importante, retorno. Beijinho”. 

Fiquei calada por uns segundos. Coloquei a mão na minha testa. “Lucy. Sou eu. A Anahí... Eu sei que as coisas estão estranhas entre nós, mas... Eu realmente preciso falar com você. O Mariano soube que você pretende fazer uma biografia, e ele quer você assine o contrato conosco”. Suspirei alto. “Você sabe como o Mariano é e eu estarei em maus lençóis se não conseguir o seu contrato. Sei que você não me deve nada, mas... Por favor, pense com carinho...”. A ligação apitou encerrando.

Deitei minha cabeça em cima da mesa. Oh droga!