Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV DULCE

Flaviana mexia uma pequena colher na sua xícara de café. Os seus olhos estavam fixos em mim, enquanto, eu digeria o que ela tinha me dito. Eu estava em choque! Sabia que as coisas ficaram feias para Yvonne, mas não tinha noção de que de acordo com os seus crimes, se fosse condenada o juiz poderia optar por sentencia de morte. Era uma probabilidade. De duas, uma: Ou prisão perpetua ou sentencia de morte. E mesmo ela sendo extremamente malvada comigo, Anahí e causadora da morte de quatro pessoas. Mesmo com toda a raiva contida dentro de mim, era minha mãe e eu não queria vê-la assar numa cadeira elétrica.

“Você deveria visita-la”. Comentou Flaviana depois de todo o meu silêncio.

Eu nunca pensei em visita-la. Acho que não tinha estômago para olhar para Yvonne. Não agora.

“Não. Tenho outras prioridades em minha vida e visitar a Yvonne não está entre eles”. Comentei baixinho.

Pensando nas prioridades da minha vida, percebi que não tinha visitado também o túmulo do meu pai. Eu simplesmente me desliguei sobre isso também. Gostava de pensar na imagem dele vivo e não enterrado a sete palmos no chão com uma lápide. As poucas lembranças que eu tinha com o meu pai, era quando era pequena e ele ainda não era um alcoólatra viciado em jogos.

“Já marcou uma terapeuta?”. Ela perguntou aparentemente preocupada com a minha condição psicológica.

Um dia atrás, eu achava que precisava de um terapeuta. Talvez, eu até precisasse. Mas, depois que passei uma noite com a Anahí, eu sentia que todo o meu emocional tinha encontrado o seu caminho certo. Eu estava feliz, pela primeira vez que sai daquele inferno de cativeiro, eu estava feliz.

“Já encontrei a minha própria terapia”. Eu respondi, tomando um pouco da minha água de coco.

“E como seria essa terapia?”. Ela perguntou novamente, curiosa.

“Anahí”. O meu sorriso tonto revelou que algumas coisas tinha acontecido com Anahí.

A expressão de Flaviana ficou séria. Os seus olhos faiscaram por um momento e eu não soube muito bem o que significava, mas não me preocupei em descobrir.

“Você e Anahí voltaram?”. Ela deu um gole em seu café, os olhos fixos em mim.

Mordi a ponta da língua em saber muito bem o que responder. Voltamos? Estamos apenas ficando? O que estava realmente rolando? Eu não sei. Mas estava me fazendo bem e me deixava feliz. Não queria explicação para o que estava acontecendo.

“Estamos saindo, aproveitando o nosso tempo. Vivendo o que não terminou”.

“Vivendo o que não terminou”. Ela repetiu. “Você deveria viver uma história nova”.

Franzi o meu cenho. “Eu gosto da história que tenho com Anahí. Nos amamos, a tendência é ficamos juntas”.

“Ela não estava confusa com os sentimentos?”. Ela me questionou.

Odiei-me por ter contado a minha história com Anahí para a Flaviana. Mas eu estava tão abalada que desabafei com a receptividade da minha advogada.

“Sim. Mas tudo está ficando resolvido”. Respondi um pouco contra a vontade. Coloquei uma cédula em cima da mesa e me levantei. “Encerramos aqui, não é?”

Flaviana olhou para cédula de dinheiro em cima da mesa e depois para mim. Ela se levantou, ficando da minha altura. Os seus olhos de águia deslizaram para o meu corpo, deixando-me desconfortável. Eu via a malícia nos olhos de Flaviana, não era a primeira, nem a segunda vez que isso acontecia. Era quase sempre. Ela me lançou um sorriso malicioso.

“Poderia dizer que não, mas você ainda não está pronta para mim”. Ela disse e se aproximou, depositou um beijo no canto dos meus lábios o que me deixou tensa. Senti seu hálito de café em meu rosto.

Afastei-me dela. “Tenho que ir. Qualquer novidade sobre o caso me ligue”.

Ela continuou a sorrir. “Pode ter certeza que sim”.

Peguei a minha bolsa, mas quando eu estava saindo, a Flaviana me chamou.

“Sim?”.

“O que você vai fazer essa noite?”.

“Sairei com Anahí”. Eu disse e a vi aprofundando as unhas na palma de sua mão.

Que coisa mais louca. Deixei a Flaviana no restaurante e fui buscar a Aisha para passear um pouco.

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POV MAITE

O que fazer quando as suas convicções se quebram como um espelho em mil pedaços? A questão que me diferencia de Anahí e Dulce é que eu sei muito bem o que quero e não fico com dilemas que não me levam em lugar nenhum. Um mês atrás, eu achava que estava apaixonada para Aubrey, mas o que aconteceu foi o medo de ficar sozinha e sem família. Eu sei que disse a Dulce inicialmente que tinha escolhido a Aubrey para amá-la e respeitá-la. Mas... Não tinha revelado alguns pontos do nosso relacionamento.

Aceitei me casar com Aubrey porque estava encantada pelo o que ela podia me oferecer: Amor. Um casamento. Uma família. Tanto que não me importei por ser um casamento aberto, mas ao ver a Audrey eu soube que não era isso que eu queria. Eu sabia que Audrey era meio vida louca, porém, ela era fiel a mim, no tempo que estávamos juntas.

Ontem foi um momento especial. Hoje de manhã também. Tivemos uma conversa. Onde teve alguns problemas que fez o meu coração acreditar novamente que eu e Audrey poderíamos dar certo.

“Você é feliz, Maite?”. Audrey me perguntou sentada na cama, na minha frente. O seu corpo estava nu, e aumentava a minha vontade de colocar as minhas mãos nela.

Considerei a pergunta. “Acho que sim”. Respondi, acariciando suavemente os seus pequenos seios.

“Você ama a Aubrey?”. Ela me olhou intensamente.

“Eu escolhi ela. Certo?”.

“Você me ama?”.

“Talvez”.

“Essa não é uma resposta adequada, Maite. Eu preciso saber dos seus sentimentos em relação à Aubrey. Eu sei que estais casada... Grávida também. Mas eu quero saber se a ama, se tem algum sentimento por mim também. Se me ama. Porque se você me dizer que sim, que me ama, nem que seja um pouquinho, eu vou lutar por você. E não me cansarei até tê-la novamente só para mim. Irei criar o seu filho como se fosse meu e seremos uma família muito feliz.”. Ela disse com convicção que fez o meu coração se acelerar consideravelmente. “Eu sei que fui muito imatura e egoísta em pensar apenas em mim e não visar o nós quando estávamos juntas, que a enrolei muito também e que te fiz esperar muito por mim”. Ela fungou, as lágrimas se juntando no canto dos seus olhos. “Foi preciso eu perder para dar valor á você. Mas prometo uma coisa á você, Maite. Se você me amar, um pouquinho só, farei tudo para ter o seu amor completamente e seremos uma grande família. Eu. Você e seu bebê. Eu quero ser também a mamãe ”. Ela disse ao acariciar a minha barriga nua.

Foi nesse discurso que a Audrey me ganhou completamente. Novamente. E eu vi que queria ter uma família com ela. Por isto, que estava esperando a Aubrey chegar. Não demorou muito e ela chegou, ainda com a mesma roupa de ontem e cheirando a perfume de mulher. Ela tentou me beijar, mas me esquivei.

“O que aconteceu?”. Ela perguntou, sentando-se no sofá, aparentemente cansada.

“Onde estava?”.

“Por aí, Maite. Mas não se preocupe. Estou em casa e sendo somente sua, como sempre”. Ela sorriu, passando a mão no cabelo emaranhado.

“Eu quero o divórcio”. Disse sem nenhum rodeio.

Aubrey arregalou os olhos. Assustada. Sua boca quase caiu. Ela piscou algumas vezes.

“Como assim o divórcio? Só porque eu fiquei com alguém essa noite? Você também ficou, eu a vi saindo com a Audrey. O nosso casamento é aberto, você sempre soube disso. Por que do drama?”. Ela me questionou irritada.

“Porque não é isso que eu quero, Aubrey. Confesso que no início, a ideia foi muito atrativa, você estava me oferecendo um casamento, uma família e ainda me dava amor e atenção. Mas percebi que eu quero uma mulher apenas minha”. Eu disse e me levantei. “Você é uma boa mulher, mas nossos estilos de vida não combinam”.

Ela se levantou também, furiosa. Pegou no meu braço. “Isso tudo é por causa da Audrey, não é? Você sempre a amou. Eu vi a mudança no seu rosto quando a viu na casa de Anahí. Eu não sou idiota como a Lucy que estava ignorando os sinais, enquanto a Anahí e Dulce se pegavam embaixo do seu próprio nariz”.

Eu puxei o meu braço. “Sim. É por causa da Audrey mesmo. Eu nunca neguei que a amava, você quando começou a se relacionar sabia disso. Você me fez feliz, inicialmente, mas vendo a Audrey, soube que o meu coração é dela. Eu gosto de você, Aubrey. Mas tomei a minha decisão”.

Aubrey riu. “Incrível como são as coisas... Eu achando que no mundo artístico os sentimentos eram superficiais. Mas agora percebo que não se limita apenas no meu meio. Ok. Quer o divórcio? O darei. Mas pegue as suas coisas e saia do MEU apartamento agora. Você e essa cria que você tem no ventre”. Falou com frieza.

Agora foi a minha vez de ficar surpresa e também em choque. Fiquei magoada por ela se referir ao meu filho que estava sendo gerado e era inocente. Olhando para a frieza de Aubrey, descobrir que poderia ter tudo em nosso casamento, menos um sentimento verdadeiro. Fui para o meu quarto e arrumei as minhas roupas. Eu iria para um hotel. Não me importava com isso.

Liguei para o Poncho pra me ajudar. Não tinha condições de levar as malas. O meu irmão não demorou muito para chegar. A Aubrey estava tomando champanhe e nem se moveu para me olhar. Sai do apartamento com dignidade. A Audrey me esperava no lado de fora.

Sorrimos uma para outra. Dava para ver a felicidade cintilando em seus olhos. Ela segurou a minha mão e eu me senti a mulher mais segura do mundo.

“Você tem o celular da Flaviana? Vou precisar para dá entrada ao divórcio”. Falei para Audrey, enquanto, caminhávamos para fora do edifício.

Audrey tinha tentado me persuadi para ficar no apartamento de Dulce, mas eu queria a minha privacidade e um quarto de hotel cinco estrelas, me deixaria muito feliz. Quando viu que eu não daria o braço a torcer, a Audrey se convidou para ficar comigo. E que saber? Eu adorei...