Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Envenenamento da Flaviana.

Um mês depois...

POV ANAHÍ

Estava no horário do almoço, mas eu não estava com muita fome e também não estava com vontade de ficar no escritório. Eu me sentia um pouco perdida. Finalmente, tinha terminado de ler o livro de Dulce. Tanto sentimento explícito naquele livro para mim, porque mesmo ela mudando os nomes, eu sabia que era pra mim e de repente, ela muda desse jeito.

Machucava demais ver a Dulce com outra pessoa. Principalmente com aquela Flaviana. Essa mulher tinha alguma coisa que não me inspirava confiança. Não sabia se eram os seus olhos de águias, mas pareciam traiçoeiros. Sabia que não era um relacionamento sério, era apenas ficadas. Mas também sabia que Dulce estava pegando todas, sem se importar com nada. Parecia que tudo que aconteceu nesses meses, estava explodindo dentro dela e ela precisava extravasar de algum modo e fazia isso com sexo e bebidas.

Mesmo não estando com a Dulce, eu sabia os seus passos. Sabia que todas as quintas, ela frequentava um bar de stripper. Fora, os outros dias que frequentava balada. Sabia também que Flaviana e Dulce adoravam uma orgia. Eu sinceramente, não estava mais reconhecendo aquela mulher que casei. E como eu sabia disso tudo? A Maite me contou. Já que Audrey por algum motivo, preferia a Dulce. O meu coração estava um buraco. Eu estava carente, me sentia sozinha e novamente estava sofrendo por amor.

A única coisa que me prendia para não correr para os braços de Lucy, era por ter a ilusão de que por ventura, tudo se acertaria e Dulce voltaria em si, e ficaria comigo. As suas palavras cruéis ainda ecoavam em minha mente, todos os dias.

Vê-la e não tê-la, me matava.

Andei pelas ruas quentes do Havaí. Eu iria comprar crepe só para não ficar sem nada no estômago mesmo. Peguei um panfleto que uma moça entregava, era sobre uma loja de bolsas que abriria. Interessei-me. Uma bolsa á mais nunca fazia mal a ninguém. Ainda estava olhando o panfleto quando esbarrei em alguém. Cambaleei para trás com o impacto, e o salto do meu sapato ficou preso na calçada de pedra. Agitei os meus braços para manter o meu equilíbrio, o meu sangue esfriou e meu coração acelerou com medo de me espatifar no chão e o pior que a pessoa nem me ajudou!

“Oh droga!”. Resmunguei, puxando o meu pé, o meu salto não queria soltar da calçada, mas finalmente soltou.

A pessoa continuou parada na minha frente, apenas assistindo, sem me ajudar e muito menos se desculpar por ter quase me derrubado. Olhei para a pessoa e fiquei irritada ao ver quem era: Flaviana Ozanan.

Tudo que eu menos queria, era encontrar essa mulherzinha na minha frente. Na minha imaginação, eu pegava em sua cabeça e batia diversas vezes contra o chão. Mas, na realidade, apenas fiquei séria.

“Que prazer encontra-la, Anahí”. Flaviana disse falsamente, o seu sorriso venenoso nos lábios. “Estava pensando em ir ao seu escritório. Temos um assunto a tratar”.

“Que assunto?”. Perguntei na defensiva. Que eu saiba não tínhamos nenhum assunto para tratar, até porque com a morte de Yvonne, não necessitava dessa cobra pra nada.

“Como advogada e amiga íntima de Dulce... Tenho a obrigação de lhe informar que Dulce deu entrada com os papéis do divórcio e espera que seja de forma bem amigável. Daqui uns dias, você receberá a papelada”. Ela falou, eu podia ver o veneno destilando dos seus dentes.

Senti-me tonta. Divórcio? Esse tempo todo nunca pensamos nisso e de repente, ela quer o divórcio?

Controlei as tremulações do meu corpo e também a dor que me fazia querer cair no chão e gritar a minha dor. Porém, não daria esse gostinho para Flaviana, e muito menos a Dulce.

“Aguardarei ansiosamente”. Respondi camuflando os meus sentimentos. “Boa tarde, Ozanan”.

Voltei a andar. Ela queria o divórcio? Ótimo! Ela teria o divórcio. Mas antes, eu daria um motivo para ela nunca esquecer! Pisquei os olhos para dispensar as lágrimas.