Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

Depois que Dulce foi embora, mesmo eu não querendo admitir, uma parte minha também foi. Mas eu me mantive forte. Ela tinha a Flaviana, não precisava de mim para nada. Quando eu fui ao clube, fui com a convicção de dá adeus para ela. O nosso amor foi bom enquanto durou.

Ainda tinha o lance do divórcio que a Flaviana tinha me falado!

Se ela não foi capaz de questionar sobre o que eu estava fazendo com a Lucy naquele dia e tinha tomado tantas decisões precipitadas. Era sinal que não merecia viver comigo. No vão da vida, nos perdemos. Eu sei que meti no dia, mas eu iria dizer. Não quero me santificar, apenas acho que a falta de diálogo que destruiu aquilo que estava em corda bamba.

“Você tem certeza que é isso que quer?”. Lucy me perguntou, alisando o meu braço.

Virei-me para ela e sorrir. “Absolutamente”.

Segurei na mão de Lucy e sorrir. Eu tinha tomado à decisão certa. Disse a mim mesma.

POV DULCE

Eu não poderia suportar o fim. E cada dia que passava o fim estava mais concreto. A minha informante era a Aisha. Ela não fazia por mal. Apenas contava o quanto a Anahí e Lucy estavam preparando os preparativos do casamento. Por muitas vezes, eu pensei em não assinar o divórcio que estava ainda plantado no meu sofá numa esperança de atrasar o casamento, mas, então, descobrir que seria apenas um casamento simbólico.

Mas isso não mudava o fato de que Anahí queria se ver livre de mim. Enquanto, a Anahí queria se ver livre de mim. Eu queria me ver livre da Flaviana, eu tinha perdido totalmente o interesse, tanto que ficava inventando desculpas e a dispensando sempre.

Sentada em mais uma de minhas noites tristes. Tomei uma decisão. Eu iria embora. Não para Nova York, e muito menos para Rosewood. Eu iria embora para Itália. Houve um tempo na minha infância que os meus avôs me levaram para passar as férias em Toscana, e eu fiquei extremamente apaixonada pela paz do local e jurei a mim mesma que um dia, moraria lá.

Eu estava sobrando no Havaí. A única coisa que me mantinha aqui era a Aisha. Mas eu precisava de um tempo para mim, pra ter novamente o meu equilíbrio. E foi nesse pensamento que acionei o meu corretor de imóveis. Ele sempre que resolvia tudo para mim. Foi assim quando programei o meu casamento com a Anahí e vai ser assim para minha mudança.

Demorou dois dias para ele mandar as fotos de três casas lindas. Eu escolhi uma e depositei o dinheiro na conta. O resto, ele resolveria.

Eu estava arrumando as minhas malas quando a campainha tocou. Era a Flaviana.

“Vai viajar?”.

“Sim”. Respondi um pouco introspectiva.

“Para onde?”.

“Toscana”.

“Por que não me avisou? Foi de última hora?”. Ela franziu o cenho.

“Não avisei porque não é da sua conta, Flaviana. Sejamos sinceras. Foi bom o que tivemos prazeroso e divertido. Mas apenas isso! Nada mais”. Eu disse, dando uma bufada.

“Você está terminando comigo?”. A descrença tomou conta de sua feição.

“Sim. Bem que não dá pra terminar aquilo que nunca se teve. Então. Poderia fechar a porta antes de sair? Estou muito ocupada aqui”.

Dei as costas e terminei de arrumar tudo. Flaviana não tinha culpa de nada e eu descarreguei tudo em cima dela. Escutei a porta bater com força e continuei arrumando minhas coisas.

Assim que terminei. Peguei o papel do divórcio e guardei dentro da minha mala. Eu levaria comigo e assinaria quando estivesse pronta. Enquanto, a Anahí não me pressione por ele, eu tinha tempo para me preparar psicologicamente para assiná-lo.