Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Eu sei que eu disse que postaria na segunda...

Mas estou tão ansiosa para isto que não pude me aguentar!

Um mês depois.

Fui ao meu escritório de manhã apenas para pegar o meu celular. Como é que uma pessoa esquecer o seu celular? Prazer. Essa pessoa sou eu. Eu não deveria nem colocar os pés no escritório, não hoje que o meu dia estava totalmente atarefada com os preparativos do casamento.

Peguei o meu celular e guardei dentro da minha bolsa. Sai do meu escritório e me deparei com minha secretária na recepção.

“Bom dia, Anahí. Tem uma coisa que eu preciso te entregar”. Disse ela, retirando uma pasta debaixo do balcão e me entregando. “Deixaram isso aqui ontem, mas não tive tempo de entrega-la”.

“Espero que não seja nenhum livro”. Eu murmurei. Peguei a pasta. “Obrigada Duda. Até mais”.

Sai do escritório e fui para o estacionamento. O meu carro estava estacionado meio irregular. Eu tinha um sério problema com as palavras vaga e estacionar numa mesma frase. Abrir a porta do meu carro, joguei a pasta e também a minha bolsa no banco de carona e entrei. Coloquei o cinto, mas antes de partir, a pasta me chamou atenção.

Peguei a pasta e abri. Eram os meus papéis do divórcio. A assinatura bem desenhada de Dulce estava em um dos papéis. O que significava que, a partir do momento que eu assinasse e entregasse ao advogado, o meu casamento seria anulado.

Guardei os documentos novamente dentro da pasta e soltei no banco de carona como se tivesse fogo. Meu cérebro se espremeu dentro da minha cabeça, deixando-me agitada, como também o meu peito sobrecarregou.

Não. Eu não iria pensar nisso. Não agora. Eu tinha tomado a minha decisão e iria cumpri-la. Liguei o meu carro e fui para uma das confeiteiras mais famosas. Tinha marcado com a Lucy para escolhermos o sabor do bolo. Minha cabeça ficou lenta, distraída, errei o caminho da confeiteira e tive que fazer o retorno, praguejando silenciosamente.

Estava tudo errado. Começando pelo caminho. Depois da terceira tentativa, finalmente encontrei o caminho e estacionei o meu carro na confeiteira. Segurei no volante e respirei fundo, algumas vezes. O meu psicológico não parecia em equilíbrio com o meu físico. Eu estava um pouco travada. Até que vi uma pessoa saindo da confeiteira.

Saltei do meu carro e peguei no braço da mesma que se virou e ficou surpresa ao me ver. Ela puxou o seu braço com violência.

“Do que se trata isso?”. Flaviana Ozanan perguntou com os seus olhos em chamas.

“O que você está fazendo aqui? Você não deveria está em Toscana com a Dulce?”. Eu perguntei com o cenho franzido.

Flaviana revirou os olhos e depois me olhou com desdém. “Se eu estivesse em Toscana, não estaria aqui. Obviamente”. Levei uns segundos para entender. “Aparentemente, a Dulce é muito bonita, pseudo-intelectual, mas em questão de coração, é tão burra como uma tábua”.

“Então...”. Os meus lábios tremeram. “Então, vocês não estão juntas?”.

“A burrice parece ser crônica.”. Flaviana ironizou. “Não. Não estamos juntas. Ela preferiu ficar remoendo por um amor passado do que ter a oportunidade de viver um amor melhor. Péssima escolha. Depois de tudo que eu fiz. Gastei meu tempo e minha energia para conseguir um divórcio e tudo foi em vão.”. Ela me olhou dos pés e a cabeça e saiu, deixando-me sozinha no estacionamento.

Pensamentos vieram em minha mente numa força que me deixou tonta. Eu acreditei piamente que Dulce estava com Flaviana. Até porque a própria Flaviana antes da viagem deu a entender que iria para Toscana com Dulce e tudo não passou de uma mentira. Também caiu a minha ficha que o divórcio foi planejamento da Flaviana e não da Dulce.

Depois que me recuperei do susto, caminhei para dentro da confeiteira. Lucy estava sentada com diversos pedaços de bolos espalhados na mesa e uma xicara de chá com um bule próximo. Ela mexia na colher que parecia ser no bolo de floresta negra, sua expressão era entediante.

Assim que ela levantou os olhos e nossos olhos se encontraram. Eu soube. Ela também. E ambos sorrimos cúmplices.