Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Na manhã seguinte, estava esperando a minha mãe. Como ela iria começar a lecionar hoje, então, iríamos juntas. Estava na frente de casa, sentia um pouco de sono. Cheguei um pouco tarde do apartamento de Dulce... Mas não me arrependia, claro. A primeira coisa que fiz ao chegar, foi guardar a garrafa preciosa de vinho do meu pai. Amém que ele não sentiu falta.

Olhei no meu relógio de pulso, e chamei por Marichelo. Mais um pouco, e chegaríamos atrasadas. Eu sei que ela está um pouco enrolada... Imagina só! Depois de 14 anos sem lecionar, voltar a trabalhar era um grande passo. O que me vinha ao pensamento que agora, ela seria amiga de trabalho de Dulce... Não sei se isso seria bom ou ruim, ou se Dulce ficaria pilhada com isso. Mas espero que seja uma boa oportunidade para que elas se tornem amigas.

Comecei a cantarolar “You Are The One That I Want”. Música do filme da noite anterior. Eu estava distraída quando senti uma mão quente em meu ombro, me assustando. Virei-me e deparei com Mary, minha antiga babá.

“Desculpe-me, Anahí... Eu não queria assustá-la. Nossa como você cresceu!” O olhar de Mary percorreu por todo o meu corpo com interesse.

“Oh, Mary!” Falei, dando um leve sorriso meio constrangido por aquela secada. “Eu não sabia que estava de volta”.

“Vir passar um tempo com a minha mãe. Ela está um pouco adoentada”.

“Eu soube. Sinto muito por sua mãe. Espero que melhore rápido”.

“Sim. Eu fui pegar o jornal, e vir você... Não resistir e tive que dar um “oi”, mas bem... Confesso que não esperava essa recepção, estou um pouco decepcionada”. Ela falou, me olhando nos olhos.

Eu olhei em direção da minha casa. Onde está a Marichelo? Voltei a olhar para minha ex babá... Mary não era velha. Tinha por volta dos 30 anos. Era uma ruiva dos olhos verdes, muito bonita por sinal. Eu tinha dado o meu primeiro beijo com ela... Eu acho que tenho alguma fixação por ruiva... Já que Dulce também era.

“E como você esperava uma recepção?” perguntei me arrependo em seguida ao vê-la se aproximar de mim.

Tentei andar para trás, mas Mary foi mais rápida, me segurou pelos braços e me deu um beijo nos lábios. Oh, merda! Não era pra acontecer isso. Rapidamente cortei o beijo, me soltando dos seus braços.

“Mary não!”. Disse, irritada. “Ficou louca?”.

“Não... Eu pensei que você queria...” Ela respondeu claramente constrangida.

“Claro que não. Por Deus! Nunca mais faça isso, ok?” pedi com o semblante sério.

“Desculpe-me, mas eu... Eu não resistir... Não irá acontecer novamente” ela deu um sorriso pálido “Até mais, Anahí”.

Eu a observei atravessar a rua e ir em direção da sua casa. Não demorou muito para Marichelo finalmente aparecer.

“Aquela era Mary? Sua ex babá?” perguntou ela, segurando a sua bolsa e com os olhos em direção da Mary.

“Sim” respondi rápido “Podemos ir? Vamos chegar atrasadas”. Pedi para não dar vasão a comentários.

Ela ainda demorou alguns segundos olhando em direção de Mary, até que concordou com a cabeça. Eu estava notarialmente mal humorada. Marichelo não puxou assunto, ela estava nervosa demais para isso. Breno tinha ido mais cedo com Enrique para a escola, então, era apenas eu, ela e o silêncio do carro. Quando chegamos na escola, a desejei boa sorte, já que a sua primeira aula não seria com a minha turma.

Quando cheguei na sala, Dulce já se encontrava na mesma. Mas como ainda não tinha tocado o sinal, a maioria dos alunos estavam fora da sala. Foi impossível não nos olhamos... Sorrimos discretamente uma para outra.

Naquela manhã, Poncho tinha escolhido nossas carteiras na primeira fila. Eu não entendi o motivo, mas antes de questionar, ele soltou. “Eu vi, Anahí”. E soltou uma risadinha maliciosa.

Fiquei pálida. O que será que ele tinha visto? A troca de olhares entre mim e Dulce? “O que você viu? E porque vamos sentar na primeira fila?”.

“As carteiras do meio já estão ocupadas.” Ele respondeu, mas então, voltou com o sorriso malicioso. “Quando você ia me contar?”.

“Contar o que?” perguntei desconfiada, colocando minha bolsa na carteira.

“Que você estar de pegação com sua ex babá”. Ele me olhou todo esperto, como se tivesse me pegado no flagra.

Arregalei os olhos e perguntei baixinho. “Do que você está falando, Poncho?”. O pior era que Dulce agora prestava atenção na nossa conversa. O sinal tinha tocado e os alunos já entravam na sala.

“Não me faça essa carinha de santa, não! Eu passei essa manhã em sua casa para te dar carona e te vi no maior beijo com a Mary”. Ele continuou sorrindo, e quando arregalei mais os olhos e empalideci, o seu sorriso aumentava. “Há-há. Bingo”.

“Alfonso...” eu comecei a falar, quando a voz alta de Dulce, assustou a ambos.

“Todos sentados, guardem os materiais”. Disse Dulce em voz alta e clara. “Prova surpresa!”

Todos começaram a reclamar, até porque ninguém esperava por isso. Até que ela gritou, demostrando todo o seu mal humor. “Só pela reclamação, será prova oral! E não pensem que farei as mesmas perguntas sobre um livro. Sortearei os nomes dos livros dado em sala de aula para cada um. Agora todos em seus lugares!” ela colocou as mãos na mesma e se inclinou, olhando aterrorizante para cada rosto na sala e falou entre os dentes “Agora”.

Eu realmente senti medo de Dulce naquele momento. Não parecia aquela Dulce que eu tinha conhecido. Quem estava ali, era uma transtornada. Ela me olhou de maneira fria, pensei que em qualquer momento, poderia gelar com aquele olhar.

“Nossa... Alguém acordou na TPM hoje”. Murmurou Poncho, que para o azar dele, foi escutado por Dulce e seu ouvido de tuberculoso.

“Só pela gracinha, Sr. Herrera. Você será o primeiro!” disse ela, entre os dentes, sentou-se em sua cadeira e folheou sua agenda. “Agora veremos qual livro será...” escutei o Poncho gemer, ela levantou a cabeça da sua agenda e olhando um por um avisou ameaçadora “Se eu escutar alguém sussurrar alguma coisa para ajudar o coleguinha, será menos um ponto e acreditem, não estou brincando!”.

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Parece que o ciúme não é restrito apenas de Any, não é? Hahaha. Dulce com o capiroto no couro. Hahaha.