Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O choque inicial passou para nós três, mas que era um babado fortíssimo, isso era. Primeiro: A minha avó se casando. Não era preconceito, mas sempre achei idosos se casando estranho, não que minha avó fosse... Ela tem cinquenta e oito anos, mas, sei lá. Era estranho. Segundo por ser com o pai do tio Poncho, ninguém quase nunca falava sobre ele, de onde esse homem saiu?

“Estou estarrecida”. Disse a mamãe levando uma mão na boca. “Quando a Marichelo me informou que estava namorando, não fazia a mínima ideia que era o Pablo Herrera”.

“Eu achava que o pai do Poncho tivesse morrido á muito tempo. Ele nunca fez parte do nosso ciclo social”. Comentou mãe, puxando uma cadeira e sentando-se ao meu lado. Eu tinha resgatado o meu bolo e estava comendo.

Mamãe olhou para mãe e apertou os lábios como se fosse um sorriso. “Ele morava no México desde a separação com a Joanna. Digamos que depois do divórcio, ele não ficou um pai muito presente”.

“Entendi. O Poncho deve está querendo morrer”. Mãe deu uma risadinha e balançou a cabeça em negativo, depois se serviu de suco.

“Pior não é o Poncho. É a Maite”. As duas tremeram com a pronúncia do nome da tia, mas eu não entendi muito bem e nem queria saber.

“Ao menos, a nossa casa ficará cheia”. Mamãe comentou, soltando o tablet em cima da mesa e servindo-se de café com leite.

“Como assim?”. Perguntei de boca cheia, o que fez a mãe me olhar com a cara feia.

Mãe Dulce era uma ótima mãe... Mas tinha um grande problema: Perfeccionismo. Então, tinha que seguir na linha que ela quisesse se não... Tratei de fechar a boca e terminar de engolir o meu bolo.

“A sua avó quer que o casamento seja aqui em Toscana. Até porque não existe nenhum lugar mais romântico, enfim... Então, daqui a uma semana, vem a Marichelo, Pablo, Maite, Audrey, a pequena Maya, Breno, Poncho, Anthony e o Aaron”. Mamãe me olhou atenciosamente depois de pronunciar o último nome.

Eu quase me engasguei com o pedaço de bolo, mas a minha salvação foi o copo de suco que estava próximo. Dei um grande gole e obriguei o pedaço deslizar pela minha garganta. Pigarrei suavemente e tentei não ficar vermelha com os olhos de minhas mães em cima de mim.

“Que legal”. Foi apenas o meu comentário, mas dentro da minha cabeça tinha uma sirene gritando você vai ver o Aaron depois de seis anos e ele está um gato!

“Que bom que gostou. Achávamos que você ficaria um tanto estressada com a notícia e convidamos a sua amiga Lana para vir também”. Mãe comentou com um sorriso de lado.

Arregalei os olhos de surpresa! Fazia também seis anos que eu não via a Lana e isso era bom demais. “Poxa. Uau! Obrigada mamães, vocês são demais!”. Sorrir para elas e me levantei, dando um beijo na bochecha de cada uma.

“Só assim para ganhamos beijo, não é amor?”. Mamãe provocou rindo.

“Toda interesseira essa nossa filha”. Mãe deu corda e eu revirei os olhos.

O ônibus da escola buzinou e eu peguei a minha bolsa para ir embora.

“Vai precisar de dinheiro para o lanche?”. Perguntou mamãe.

“Não. Eu tenho dinheiro aqui”. Disse já saindo e acenando para o motorista me esperar.

“Juízo, Aisha!”. Gritou mãe Dulce.

Assim que sai para o lado de fora, senti o frio me acometer. Eu tinha esquecido o meu casaco em cima da cadeira! Pedi pra que o motorista esperasse e voltei correndo em busca do meu casaco, mas fiz uma careta ao ver as minhas mães se beijando com bastante empolgação. Mamãe estava sentada na mesa e mãe estava entre as suas pernas, praticamente a engolindo com a boca.

Meu Deus. Elas não se cansam disso?

Resolvi enfrentar o frio...