Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

Seis anos se passaram desde que vir morar em Toscana... E posso dizer com todas as letras: Estou vivendo o paraíso na terra ao lado da minha doce esposa. Desde que retornamos, estávamos vivendo uma eterna lua de mel. Eu nunca me cansava em ter a Dulce... Quanto mais eu a tinha, mais eu a queria. O que tivemos no passado fez fortalecer os nossos sentimentos e também as nossas vontades. Em nenhum momento, me arrependi. Em nenhum momento pensei no passado. Eu continuava sendo amiga de Lucy... Ela tinha se casado com Ian e tinha dito um lindo menino. Estava muito feliz também com o seu matrimônio, falávamos ás vezes por Whatsapp e nossos companheiros sabiam disso.

Eu não omitia mais nada de Dulce. E sempre que tínhamos algum problema — somos um casal, e casal sempre tem alguma briguinha por qualquer coisa tola — sentávamos e conversávamos. Fizemos uma analise sobre o que ocorreu no passado, a falta de comunicação quase levou o nosso casamento ao fim por sermos cabeças duras e também por pessoas oportunistas. Nunca irei esquecer a Flaviana com o seu plano maléfico.

Bom... O bem sempre vence mal e hoje, estávamos aqui. Desfrutando do doce paraíso que era Toscana, criando a nossa filha que já estava uma adolescente de quatorze anos e vivendo o nosso amor. A Dulce transformou a sua vontade de escrever em um passatempo e agora estava dedicando-se a vinhos. Tanto que, estávamos produzindo o nosso próprio vinho... Diga-se de passagem, que delicioso.

Eu me tornei uma dona de casa. Gostava de cuidar da minha casa e da minha família. Fizemos amizades aqui em Toscana, e um deles, era o Giuseppe Toledo, um grande fotógrafo que insistiu que eu trabalhasse de modelo para ele. No início, não quis aceitar... Até porque era um ensaio sensual, mas como a Dulce ficou muito empolgada e esse tipo de coisa, dá uma apimentada á mais no casamento, aceitei.

Foi um ensaio gostoso de fazer e eu realmente me divertir. No início, fiquei envergonhada porque era de lingerie, mas com algumas conversas, fui me acostumando e as fotos saíram perfeitas. As fotos mais ousadas trouxe para casa e presenteei a minha esposa. As fotos sensuais, porém adequadas, foram publicadas.

A Dulce ficou louca quando viu as fotos... Então, desde então, eu era atacada pelo meio da casa ou até mesmo do jardim, ou da vinícola. Eu gostava dessa brincadeira, o problema era ter o cuidado para não ser flagrada e agora com o casamento da Marichelo, tínhamos que ter o maior cuidado e controlar esse desejo crescente apenas em nosso quarto.

O casamento de Marichelo... A minha surpresa não foi pelo seu casamento, e sim pelo noivo. Eu nunca pensei que a minha mãe fosse uma espécie de fura-olho. Não que Joanna tivesse mais um relacionamento com o Pablo, mas era ex de amiga... Acho estranho isso. Mas, se a Marichelo estava feliz...

Quem sou eu para cortar as suas asinhas? Não sou egoísta. Sei que minha mãe amou muito o meu pai e lhe foi muito fiel. Mas, ele não estava mais entre nós, e a vida continuava... Não podemos nos enterrar juntos daqueles que se foram. A saudade sempre está presente no peito, mas é o curso da vida.

Apesar da surpresa, estava feliz. A minha casa iria se encher das pessoas que eu amo e que fazia um tempinho que não os vejo. Confesso que será muito interesse em ver a Aisha e Aaron juntos... Eles tinham uma espécie de paixonite quando eram pequenos, não sei se agora iria desencadear alguma coisa...

Pode ser que não. Mas, não acharia ruim em ter o Aaron como genro. A Aisha tinha um sério problema de ser inferiorizar diante de mim e da Dulce. Ela não se achava bonita, o que era um absurdo! Minha filha era esplendida ao natural e também ao se maquiar, ela só precisava encontrar o seu valor. Eu e Dulce tentávamos ajudar, mas, ela era meio cabeça dura.

Eu estava em cima da mesa, com a Dulce entre as minhas pernas e sua língua fazia um movimento bem provocativo em minha boca, enquanto as suas mãos apertavam as minhas costas. Adorava namorar... O segredo para manter a chama do casamento acessa era esse: Namorar. Alguns casados se esquecem disso e caem na rotina. Lamentável.

Depois de uma mordida no lábio inferior, a Dulce gemeu e afastou-se de mim. Suas mãos pousaram em minhas coxas, os seus lábios estavam inchados pelo beijo. Eu ficava abobalhada sempre que a olhava... Ela não tinha envelhecido quase nada nesses anos. Continuava linda e muito gostosa. Olhei para o seu decote e dei um sorriso sugestivo que a fez balançar a cabeça.

“Nada disso”. Ela disse mais para si do que para mim mesma. “Temos que ir à clínica...”.

Clínica de Inseminação Artificial... A Dulce estava tentando engravidar á quase dois anos. Ela tinha desenvolvido essa vontade de procriar. Era um segredo, não tínhamos contado a ninguém. Eu a apoiei quando soube do seu desejo, mesmo com a preocupação por conta da sua idade.

“Você quer mesmo fazer isso?”. Perguntei carinhosamente, olhando-a nos olhos.

“Sim. Quero. Não custa nada tentar... E se não der certo, tenho mais seis anos para poder engravidar. O limite é cinquenta anos, ainda estou com quarenta e quatro anos, a esperança é a última que morre”. Ela me respondeu com um sorriso.

Desci da mesa.

“Então, vamos... Que eu quero ver você logo de barriguinha remando pela casa”. Brinquei e recebi uma tapinha na bu\nda.

Peguei a minha bolsa e formos para a clínica...

Duas horas depois, estávamos em casa. Dulce estava deitada e eu, falando com o Breno no celular que estava irritado com o casamento. O meu irmão ainda continuava solteiro, não sei... Realmente não sei.

“Breno. Por que você não para de pensar um pouco em você e pensa um pouco em nossa mãe? Ela tem direito de reconstruir a sua vida, de amar, de ser feliz, meu irmão”. Eu disse chateada com o seu discurso hipócrita.

“Muito me admira que você aceite essa safadeza. Como se sente traindo a memória do nosso pai? A mamãe não tem idade para se casar! Ela devia ficar em casa, cuidando de sua vida e não arranjando homem para se ocupar”. Ele berrou no outro lado da linha.

“Respeite-me que sou a sua irmã mais velha. E segundo, respeite também a nossa mãe, não vou deixar que fale assim dela!”. Falei um pouco mais alto, andando de um lado para o outro. “O nosso pai deve está muito feliz em ver que a nossa mãe está seguindo com a sua vida. Não estou traindo a memória dele, ele sempre vai continuar vivo em meu coração. E outra coisa, amor não tem idade. Você está sendo machista! A Marichelo tem o direito de ser feliz: Sozinha, acompanhada, seja lá como for. A vida é dela e não é sua! E se continuar com essa linha de pensamento, não venha para o casamento. Muito ajuda quem pouco atrapalha e não vou deixa-lo estragar um momento especial da minha mãe por ser um menino chorão que precisa de chupeta!”. Soltei de uma vez numa respiração só e desliguei o celular na cara dele.

Eu estava furiosa com o Breno! Não podia acreditar que ele podia ser tão estúpido dessa forma. Estava com tanta raiva que meu corpo tremia e minha respiração estava acelerada. Escutei algumas palmas e olhei para a cama. A Dulce estava de palhaçada, o que me fez rir.

“Sabia que você fica sexy dessa forma? Brava querendo morder e arranhar?”. Comentou Dulce.

Eu rir. “Não me faça rir, estou com raiva e quero degustar um pouco dessa fúria que me devora”. Falei e fui para a cama, tirei os meus sapatos e me deixei ao seu lado, a abraçando e pousando a cabeça em seu peito. “Eu nunca vou entender o ser humano e o seu egoísmo. Se ele vivesse com a Marichelo, tudo bem... Mas não, mamãe vive sozinha em Rosewood e mesmo assim, ele acha no direito de mandar”. Desabafei baixinho.

“Os filhos tem uma ilusão de que manda nos pais”. Dulce comentou. “Não ver Aisha que ás vezes, tem os seus surtos?”. Balancei a cabeça em positivo. “Falando em nossa filha, temos que ligar para a Patrícia deixar a Lana vir”.

“Sim. Você sabe que nós que iremos bancar, hum? Avise logo á Patrícia, se não, ela vai colocar objeções”.

Dulce pegou o telefone da base que ficava em nossa cabeceira, enquanto, o meu celular retornou a tocar. Olhei no visor, era o Poncho. Oh... Esse casamento daria o que falar!

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