Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

O reencontro com o Poncho e Anthony foram de beijos e algumas lágrimas. De mim e Poncho, claro. A Dulce e Anthony ficaram assistindo o nosso chororó com os olhos revirados. Recordei o tempo em que éramos adolescentes e nos encontrávamos em casais.

“Amiga. Estou tão feliz em estar aqui, apesar das circunstâncias serem meio estranhas”. Poncho disse fazendo uma careta e segurando em meu braço. “Você sabe que adoro a sua mãe. Mas estou meio em cima do muro com tudo isso”.

Acariciei o braço do Poncho com carinho. “Eu sei. O importante é que você está aqui, mesmo não estando tão satisfeito assim, veio compartilhar esse momento com o seu pai”.

“Claro. Eu nunca deixaria de participar desse momento e vir para Toscana né, mona? E vê-la. Estava com tantas saudades!”. Ele me abraçou e eu dei um gritinho feliz.

“Terminaram?”. Perguntou Dulce revirando os olhos. Anthony fez apenas rir.

Poncho me soltou e fez uma carranca para Dulce. O meu amigo tinha adquirido uma barba e estava com alguns fios brancos na cabeça, mas o tornou mais charmoso. O Anthony também tinha alguns fios brancos e algumas rugas.

“Não precisa ficar ciumenta. Sou apenas sua”. Disse brincando e dei um selinho em minha esposa que me abraçou pela cintura e me deu um beijo em meu pescoço. “Onde está o Aaron?”. Perguntei ao me tocar que estavam apenas os dois.

“Ele disse que iria ao centro, enquanto vocês não chegavam. Aliás, por que demoraram tanto?”. Poncho questionou, franzido o cenho.

Eu e Dulce demos um sorriso amarelo. “Ah, perdemos o horário, não é amor?”. Falei, colocando a mão no rosto de Dulce e acariciando.

“Não acredito que mesmo com esses anos todos, vocês ainda estão como duas virgens que acabaram de descobrir o orgasmo?”. Poncho revirou os olhos.

“Querido”. Anthony disse suavemente e colocou a mão no ombro do marido, como se fosse um aviso para que ele não fosse indiscreto.

“Não é mesmo! Estou mentindo?”. Poncho disse, nos olhando.

Dei de ombros. E Dulce deu uma risadinha, afundando a cabeça em meu pescoço e cheirando o mesmo. Eu fiquei arrepiada.

“O que podemos fazer? Nos amamos demais e sentimentos devem ser demonstrando, principalmente fisicamente”. Dulce disse, me apertando em seus braços.

Poncho nos olhou com a maior cara de tédio e Anthony riu.

“Ah, o Aaron está vindo”. Anthony disse.

Virei-me para olhar o filho do meu amigo e fiquei surpresa como o rapaz mudou. Ele estava muito bonito e tinha adquirido um corpo de parar o coração de qualquer mulher, até eu que era lésbica o estava achando incrivelmente belo. Ele segurava óculos de sol e um gorro na mão. Olhei surpresa para o Poncho que fez uma cara de sofrimento.

“Eu sei amiga. Ele está muito lindo. Uma dor de cabeça com as meninas batendo em nossa porta”. Poncho comentou.

Aaron se aproximou e nos cumprimentou com um sorriso galanteador. “Boa tarde”.

O cumprimentei com dois beijos no rosto e a Dulce também.

“O que aconteceu com a sua calça, Aaron?”. Perguntou o Poncho.

A calça branca do rapaz estava melada, como se tivesse caído no chão ou algo parecido.

“Escorreguei, papai. Nada demais, não sabia que as ruas de Toscana eram tão escorregadias”. Ele deu de ombros, como se não fosse nada demais.

“Deve ter chovido hoje mais cedo. Não me recordo”. A Dulce comentou.

“Vamos embora? Vocês devem está cansados da viagem e com fome, não?”. Eu disse, olhando para os três.

Eles concordaram e formos para o meu carro, conversando sobre as coisas que aconteceram em nossas vidas nesses seis anos em que estávamos sem nos ver, mesmo que sempre eu ficava fofocando com o Poncho por telefone ou por internet.