Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

A sala ficou em completo em silêncio. Ás vezes, eu arriscava olhar para ela. Mas ela não me olhava, e quando me olhava, era pra me gelar com o olhar. Eu tinha que me explicar pra ela... Era óbvio que ela tinha escutado, se não tivesse, porque estaria agindo assim? Me senti desesperada, senti uma leve raiva do Poncho por ser boca grande, mas eu sabia que estava injusta em nutri essa raiva por ele... Bem, ele não sabia que eu me envolvia com a minha professora. Fiquei mentalizando o que diria a Dulce, até que a escuto me chama.

“Anahí”. Eu gelei ao escutá-la, a sua voz pareciam facas afiadas, ela não tinha me chamado pelo sobrenome, mas eu sentia o sarcasmo ao chamar meu nome. Eu olhei para ela, totalmente incomodada com aquela situação. “Madame Bovary. Preparada?” e deu um sorriso demoníaco.

Ela sabia que eu tinha odiado esse livro! Tínhamos conversado sobre isso numa das nossas noites. Eu disse a ela os pontos que tinha dificuldade de compreender o livro. E sabe o que ela fez? Fez todas as perguntas que eu tinha duvida no livro. Eu fiquei completamente perdida. O resultado foi um desastre. Principalmente porque suas perguntas eram mais baseadas em adultérios. Como quisesse esfregar na minha cara que eu a tinha “traído”.

Naquele momento... Eu já estava muito furiosa com ela.

Finalmente o sinal tinha tocado, encerrando a aula e consequentemente encerrando aquela tortura. Os alunos saíram perceptivelmente perturbados da sala. Também, quem não ficaria com uma professora surtada em sala?

“Você vai agora?” perguntou Poncho, ele tinha sido um de tantos que foi massacrado pela Dulce, porém, nenhum massacre foi maior que o meu.

“Pode ir na frente. Ainda vou pegar as minhas coisas”. Disse, aquela altura, minha raiva por ele já tinha passado.

Ele deu um sorriso amarelo e saiu de sala. Dulce continuava sentada em sua mesa, com a expressão tranquila. Acho que ela não tinha tido noção como foi ridículo o papel dela. Em um segundo, passou de professora querida para professora demônio.

Esperei todos saírem, para ir até ela. Que me olhou com desdém, enquanto, dava um gole do seu café. Os professores tinham o privilegio de ter uma cafeteira na sala de aula.

“Pois não, Anahí?” perguntou Dulce, sarcástica.

Eu coloquei as minhas mãos em cima da mesa e a encarei, sem me intimidar com o seu olhar. “Você tem noção o quanto foi ridícula? O quanto excedeu o limite da sua autoridade? O que foi aquilo? Foi uma maneira de me castigar? Se você sente raiva de mim, é uma coisa entre eu e você, mas não descarregue na turma o seu descontrole infantil”.

Dulce deu uma risadinha irritante. “Quem é você pra questionar meu método de ensino? Aprenda uma coisa, Srta. Portilla...” ela se inclinou, ficando cara a cara comigo “Enquanto estivermos nesta sala de aula, sob o meu comando, eu posso fazer o que bem entender, está me ouvindo? A autoridade máxima ainda sou eu. Não admito que você nem ninguém me critique e ainda por cima me chame de infantil! Não ache que porque trocamos alguns beijos, que por ventura, você deve fazer isso com muitas pessoas...” os seus olhos cintilaram em raiva, eu podia enxergar o ciúme explicito neles, isso me fez recuar um pouco. “... Lhe faz me conhecer. Porque você não me conhece, assim como eu não conheço você!”.

“Dulce...” falei baixinho, saindo da defensiva, sabia que daquele jeito, não chegaríamos a lugar algum. “Eu posso explicar... Eu...” ela me interrompeu.

“Não quero explicação alguma, Srta. Portilla.” Falou e se levantou. “Não temos nada. Nenhum compromisso para que me explique. Você é livre, assim como eu. Então, nos poupe tempo com dramas desnecessários”.

Eu dei um passo para trás como se tivesse levado uma bofetada. Os meus olhos encheram de lágrimas, o rosto de Dulce continuava passivo. A raiva ainda estava presente naqueles olhos que eu tanto amava. Comecei rouca. “Dulce, por favor... Não é o que você está pensando. Eu não a beijei, ela me beijou, mas eu cortei... Você tem que acreditar em mim... Eu...”

“Não acredito”. Ela falou cortante, me causando mais mágoa. Me olhou e balançou a cabeça em negativa. “Céus. Onde eu estava com a cabeça em me envolver com você? Eu achei que você levaria a nossa relação de maneira adulta, mas vir que me enganei”. E dito isso, saiu da sala sem olhar para trás.

E eu? Fiquei na sala, chorando como uma idiota. Sentia-me injustiçada. Não era justo! O que eu tinha feito pra merecer aquilo? Uma noite, estou totalmente bem com Dulce. No outro dia, ela já termina comigo... Meu coração latejou por alguns segundos, ao pensar nisso...

Será que terminou?

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Ih sujou. O que acham da atitude de Dulce? Exagerada ou tem raiva? Falem pra mim, bebês. saiam do casulo e me deixe saber o que pensam.