Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

Estava eu e Dulce na cozinha preparando a janta. Não tivemos tempo de conversar desde de manhã. Até porque, formos mostrar a cidade para o Poncho e Anthony que amou, depois paramos para almoçar e buscar Maite, Audrey e Maya no aeroporto. O Aaron não tinha ido conosco, então, quando voltamos, o encontramos na sala com expressão pensativa. O interessante não foi isso, mas a maneira que Aisha agiu quando surgiu para cumprimentar as suas tias e a pequena Maya. A animosidade entre os dois parecia que tinha dado uma amenizada e a ansiedade com algo mais alimentava a atmosfera. Eu fico me perguntando que só eu que percebi isso!

Cortei os tomates em cubos, mas parei para dá um gole de vinho. Aqui em Toscana, tudo que fizemos é acompanhado com vinho, então, se tornava um vício. Mas claro que bebíamos socialmente.

“Eu estava pensando querida, vou ligar para agência de trabalho nos mandar uma empregada temporária”. Eu comentei com a Dulce que estava calada e parecia cortar a carne com certa violência que me chamou um pouco de atenção.

Desde que Márcia foi embora, a Dulce parecia que tinha incorporado o mau humor, embora que não demonstrasse para os nossos amigos. Eu a conhecia melhor que ninguém.

“Desde que não seja uma lésbica sonsa apaixonada pelo seu ensaio”. Ela resmungou, forçando a faca com mais força na carne.

“Opa. Um minuto...”. Peguei o pano de prato e limpei as minhas mãos, olhando para ela. “O que quer dizer com isso?”.

“O que você ouviu!”. Ela lavou as suas mãos e foi em busca de uma panela no armário. “Quando aquela sonsa deu em cima de você, deveria ter dispensando o trabalho dela. Até agora não entendo para que a necessidade de uma organizadora de festa! Melhor ainda: Não entendi porque você tem que fazer isso, quando a noiva é outra”. Ela colocou a panela em cima do fogão com força, fazendo um pequeno barulho.

Respirei fundo.

“Sério que você que dá ênfase a uma mulher que não tem nenhuma importância para mim? Você ouviu quando eu falei de você para ela. E outra, a noiva é minha mãe e pediu a minha ajuda. Eu não posso me virar em 30, Dulce! Por isso que contratei a organizadora”. Falei, me escorando no balcão. “Se não a dispensei, porque preciso do seu serviço, apenas isso”.

“Eu não gostei dela e odiei a forma que ela te olha, aquela luxuria idiota nos olhos”. Ela retrucou e ligou o fogão, então, virou para mim. “Maldita hora que você fez aquela revista!”.

“Foi você que me incentivou a fazer!”. Eu quase gritei. “E estávamos bem com a ideia até uma pessoa me elogiar pessoalmente. Por que na minha rede social, tive muitos elogios e você não se importou com isso”.

“Como você disse: Pessoalmente. Não vou fingir que gostei, porque não gostei. Achei desrespeitosa, ela vir na minha casa e tecer elogios para minha mulher”. Dulce estava séria, os seus olhos doentes de ciúmes.

Virei o líquido escuro da minha taça de uma vez, depois a olhei.

“Como você disse a Márcia: Você me tem! Os fãs não”. Estralei a língua e controlei a vontade de revirar os olhos, aproximei dela e dei um selinho. Mas ela se afastou um pouco. “Vai ficar chateada comigo por isso?”.

“Vou”. Ela respondeu se afastando. “Você sabe que preciso de um tempo para administrar isso”.

“Ok”. Falei irritada. “Então, prepara a janta que vou tomar um banho!”.

Sai da cozinha em disparada e parei ao encontrar os meus amigos reunidos na sala.

“O que foi?”. Perguntou-me Maite com uma jarra de vinho na mão. Como o vinho era da nossa safra, não servíamos em garrafa. Ela continuava bonita. Os cabelos estavam cortados na altura dos ombros, e tinha a mesma malícia no olhar. Claro que não malícia sexual, mas de maldade mesmo. Maite sempre seria Maite.

Ao seu lado estava a Maya, sua filha de seis anos... Uma menina linda de olhos verdes, cabelos negros e pele quase translúcida. Ela era a cara de Maite, mas tinha o jeito de Audrey... E a Audrey estava com o mesmo estilo de antigamente, a diferença é que o seu cabelo estava maior e pintado de loiro com umas madeixas pretas.

“Estão bem servidos?”. Perguntei para eles. Todos estavam bebendo e com petiscos para disfarça a fome até a hora da janta.

“Sim. Perfeitamente bem. Vocês querem ajuda na cozinha?”. Perguntou o Anthony. Estranhei ele falar mais do que duas palavras.

“Acho que a Dulce vai precisar”. Respondi e então, ele e Audrey se levantaram e foram para a cozinha.

“E você, quer ajuda?”. Perguntou o Poncho, percebendo o meu estado de ânimo.

“Eu vou tomar um banho e depois volto para fazer companhia á vocês”. Respondi e rumei para o meu quarto.

Eu odeio quando a Dulce faz cena de ciúmes por bobagem. Tirei a minha roupa e entrei debaixo da água quente. Molhei meus cabelos, peguei o sabonete e comecei a passar em meu corpo vigorosamente para espalhar a raiva que estava em mim!