Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Aisha narrando...

Encontrei a casa estranhamente silenciosa. Não que não fosse silenciosa. Mas... O fato é que estávamos com visita. Deveria ser um pouco mais movimentada, não? Então, descobrir que não tinha ninguém em casa. Faltava um carro na garagem. E bem... Isso era ótimo! Eu poderia ir ao quarto do Aaron e procurar pela minha identidade.

Com esse pensamento, fui até o meu quarto e soltei a minha mochila. Então, fui para o quarto dele. Na realidade, tive que abrir umas portas. O que mais tinha na minha casa era quartos extras, e como eu não tinha me interessado em saber que quarto o Aaron estava, tive que abrir umas portas até descobrir que o seu quarto era do lado do meu. Revirei os olhos com isso e entrei.

Prendi a respiração quando percebi que o Aaron estava no banheiro, mas aparentemente estava tomando banho. Menos mal. Vasculhei em suas malas em busca da minha identidade, mas nada. Onde uma pessoa guardaria uma identidade? Na carteira, óbvio!

E onde estava essa carteira? A porta do banheiro estava entreaberta e dava para ver a carteira em cima da pia junto com o relógio e o celular. A cortina do box estava fechada, então, não era de todo o mal se eu entrasse, desse uma olhadinha em sua carteira bem rapidinho, não iria me matar e nem fazer mal.

Afastei a porta do banheiro silenciosamente, agradecendo aos céus por minha mãe ter me obrigado a colocar óleo nas maçanetas dias atrás e entrei. Peguei a sua carteira e abri. O meu nervosismo me atrapalhou um pouco, até que vasculhando, consegui encontrar a minha identidade. Ponto para mim! Finalmente! Guardei minha identidade dentro da calça.

Ia colocar a carteira em cima da pia, mas por alguma razão, ela caiu no chão. Mordi o meu lábio e o meu sangue gelou com medo de ser pega em flagrante, mas felizmente, ele pareceu não escutar. Peguei a carteira e coloquei em cima da pia, no mesmo instante que o Aaron abriu a cortina e me fez ter uma visão bem privilegiada de sua nudez.

Perdi o fôlego e arregalei os meus olhos. Eu nunca tinha visto um homem pelado, por falta de interesse mesmo, mas depois de ver a nudez de Aaron descobrir que era muito interessante a anatomia humana, por que nunca tinha me interessado antes, meu Deus?

Se eu achava o corpo de Aaron maravilhoso com roupa, sem roupa, achava esplendido!

Não sei quanto tempo fiquei num transe... Olhando para o seu... Nossa, era enorme!

“Vai continuar olhando ou vai tirar uma foto?”. Aaron perguntou sarcasticamente, me fazendo voltar em mim.

“Você está pelado!”. Eu gritei e coloquei uma mão nos meus olhos.

“Oh, não me diga. Descobriu isso agora ou teve que adivinhar?”. Ele me perguntou na mesma ironia.

“Se cubra!”. Gritei para ele, meio histérica agora. Eu estava com um garoto nu no banheiro e isso me deixava muito nervosa.

“Ok. Não precisa surtar”. Ele retrucou e eu escutei o barulho da toalha.

“Pronto?”.

“Sim”.

Abri os meus olhos e fiquei feliz ao mesmo tempo desapontada por ele ter se vestido. Não esperei duas vezes e sai do banheiro apressada para sair do quarto. Abri a porta, mas ela fechou num estrondo, o que me assustou. A mão de Aaron prendia a porta, virei-me e meu nariz ficou literalmente em seu peitoral musculoso.

“O que pensa que está fazendo?”. Questionei irritada, principalmente porque ele colocou a outra mão na porta e curvou um pouco o corpo em minha direção, ficando com o rosto bem perto do meu. O nervosismo deu umas mastigadas em meu estômago.

“O que você pensa que está fazendo?”. Ele perguntou, apertando os olhos desconfiados. “Estava me espiando tomar banho?”. Ele voltou a falar com o meu silêncio, adquirindo um sorriso malicioso.

“Não! Óbvio que não! Eu... Eu vim...”. Droga, eu não poderia deixar que o Aaron soubesse que peguei a minha identidade. “Eu vim perguntar se você sabia para onde os nossos pais foram”.

Isso. Excelente! Ótima mentira, não tinha como ele desconfiar. Até porque eu não estava em casa quando os nossos pais saíram. Aaron pensou um pouco. O tê-lo bem próximo a mim, me deixava com as mãos suando. Tive vontade de enxugar as minhas mãos, mas receei tocar alguma parte indevida do seu corpo quase desnudo. Ele me olhou nos olhos e eu quase me derreti completamente... Minha respiração se acelerou quando seu rosto se aproximou mais do meu.

“Você é uma grande mentirosa, Aisha Portilla”. Ele acusou.

Abri a boca para me defender, mas sua mão foi diretamente para o meu rosto, segurando o mesmo. A minha respiração se acelerou com o toque. Ele analisou o meu rosto com cuidado, como se fosse alguma joia extremamente caríssima. Eu nunca tinha sido tocada por um menino assim. A minha única experiência com garoto foi quando eu tinha oito anos, inclusive com o Aaron quando me deu um selinho.

“Uma linda mentirosa”. Ele disse com a voz rouca e surpreendente eu gostei do elogio e fiquei derretida como manteiga no milho quente.

Fiquei corada e embelecida com o seu elogio, o linda, porque o mentirosa não era muito do agrado. Ele foi aproximando cada vez mais e eu fechei os meus olhos, esperando... Até que aconteceu. Os seus lábios tocarem nos meus e várias borboletas pareciam explodir e voarem em mim.

Eu sempre fiquei preocupada como seria o meu primeiro beijo. Se eu babaria, ou colocaria a língua demais ou colocaria a língua de menos. Ou se eu saberia beijar, e também o que fazer quando tivesse a língua dentro da minha boca, mas... Beijando o Aaron foi algo extremamente natural e espontâneo, como se eu fizesse isso o tempo todo.

Ainda podia sentir o meu corpo estremecer, mas o beijava lentamente. Ele não aumentou o ritmo, continuou me acompanhando, até que senti o seu braço enlaçar a minha cintura. Minhas mãos foram para os seus braços fortes, me deleitando do seu toque e seu beijo. Os nossos corpos ficaram bem juntos, enquanto, o ritmo do beijo foi aumentando. Eu estava me sentindo chapadona. Todos os meus sentidos pareciam alucinados, até que me dei conta o que estava fazendo e o afastei.

“Nunca mais me beije!”. Gritei furiosa para estranheza do Aaron que me olhou como se eu fosse louca.

Sai do quarto como uma louca e corri para o meu quarto. Tranquei a porta e coloquei a mão em meus lábios, sem acreditar que eu tinha beijado o Aaron. Que ele tinha me beijado. Ele era um gato! E se tinha me beijado era porque tinha interesse em mim? O meu coração batia tão forte, mas o meu sorriso era tão grande que me senti no céu...

Claro que essa sensação de céu demorou algumas horas, até ser chamada para ver as minhas tias e Maya que tinha chegado. Assim que desci e vi o Aaron quis morrer de vergonha. Eu não sabia o que fazer, aonde colocar as minhas mãos, o que falar, nada. Nada. Nada. Então, arrumei uma desculpa qualquer e voltei a me trancar no quarto. Coisa que não demorou muito, porque minha mãe me chamou para a janta.

Eu tinha tomado um banho e colocado um vestido e sapatilhas. A Lana chegava hoje, e eu tinha que está arrumada para ir busca-la no aeroporto. Coloquei um casaco, porque estava frio e desci. O jantar foi uma bagunça, era estranho ter tanta gente em casa. A conversa estava animada e rolava uma implicância entre o Poncho e Maite que era engraçado. Mas em meio aos risos e vinhos, percebi que minhas mães estavam com uma carranca uma para a outra. Sinal que tinha brigado.

Pouco mais das sete, olhei no relógio. “Tenho que ir ao aeroporto buscar a Lana”.

“Eu levo você”. Disse mamãe, se levantando. Mas Poncho segurou em seu braço.

“Porque não dá a chave do carro para o Aaron? Ele é ótimo dirigindo e você bebeu algumas taças de vinho á mais”. Propôs ele, vi apenas o olhar da mãe para mamãe.

É claro que mamãe iria dizer não. Aaron era menor de idade e ela não permitia isso. Mas para me surpresa, ela sorriu. “A chave está em cima da prateleira da sala. Vão com cuidado”.

Eu quis gritar com ela! Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo. Olhei indignada para ela que ignorou o meu olhar. Aaron se levantou e me olhou meio zombeteiro, como se me dissesse “está com medo”. Levantei-me com o queixo erguido e fui atrás dele.

“Cuidado, crianças”. Escutei minha mãe dizer, mas ignorei.

Lá vamos nós!

Furacão Maite,O Aaron estava de gorro e óculos de sol, por isso que a Aisha não reconheceu. Mas cá para nós, ela é meio lerdinha. Hahaha. Não. Essa Márcia só foi pra causar um pequeno atrito entre as duas, mas ela é descartada já. Hahaha. Lana chegará nos próximos capítulos! Voltei. :p

Duda,acho que você vai amar esse também. Hahaha.