Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Aisha narrando...

Os dias se passaram rapidamente. Parecia até mentira! Se fosse em outra época, o tempo se arrastaria, principalmente dia de semana, mas como a casa estava animada e cheia de gente, passou rápido demais. Eu tinha me acostumado com a aglomeração em minha casa, e estava até me divertindo! E claro... Tinha a companhia do Aaron, bem, de madrugada. Por que durante o dia, a Lana grudava em mim e eu não conseguia ficar um minuto á sós, então, durante a madrugada, tínhamos nossos encontros segredos, em que eu o pintava, ele me fotografava, quando o tempo não estava muito frio, íamos para o lado de fora e eu assistia o Aaron capturar a beleza natural de Toscana.

Eu me sentia feliz. Muito feliz. Minha estima estava alta, e eu não estava me sentindo mais inferiorizada, não dava para se sentir assim enquanto o Aaron dissesse o quão era eu era linda.

Apaixonada. Era isso que eu estava. Não tinha feito nenhuma declaração, e muito menos o Aaron, mas eu via em seus olhos e nos beijos compartilhados que ele estava sentindo o mesmo, que eu não estava sozinha no mesmo barco.

Estávamos nos arrumando para o casamento da minha vovó. Eu estava animada. Minha avó estava tão feliz. Sem contar que a família iria aumentar! O fato era que eu não considerar o Aaron meu primo, sem condições. Mas a família Herrera e Portilla iriam se tornar uma só.

Lana estava no banheiro e eu estava terminando de me maquiar. Pela primeira vez, iria usar o batom vermelho que eu tinha comprado no dia que fui ao centro. A porta do meu quarto entrou e mamãe entrou com um vestido na mão.

“Oi princesa”. Mamãe disse.

“Oi mamãe”. Terminei de passar o batom vermelho e me levantei. Eu estava de roupão, já tinha tomado o meu banho.

Mamãe olhou para o meu rosto com atenção, e eu fiquei meio apreensiva. Já disse que ela era linda não é? Para mim, a perfeição se resumia em seu nome, então, eu queria ser no mínimo parecida com ela. A sua opinião me importava e muito.

“Está linda, meu amor”. Ela disse se aproximando e acariciando o meu cabelo que eu tinha passado baby lise. “Você cresceu, mas para mim sempre será a minha bebê, independente da idade”. Ela estava emocionada. “O meu maior e mais lindo presente da vida”.

Acho que casamento criava uma espécie de nostalgia nas pessoas. Por que eu senti vontade de chorar. Abracei a mamãe, com cuidado para não machucar seu vestido. Ela estava linda com um vestido amarelo de chiffon longo, os cabelos presos em um coque com alguns fios soltos e a maquiagem clara.

“Não mais que você, mamãe. Você está divina, um dia, eu quero ser como você”. Falei sincera.

Ela beijou suavemente a minha testa. “Você é melhor do que eu”. Então, ela se afastou e pegou o vestido. “Eu trouxe esse vestido para você, não consigo imaginá-la sem ele. Ficará perfeita. Vista para que eu veja!”.

O vestido também era de chiffon, mas de cor azul... Como a cor dos meus olhos. Vesti na frente da mamãe mesmo, já que eu estava de calcinha e sutiã meia taça.

Mamãe pediu para eu girasse. Colocou a mão na boca, emocionada por me ver tão linda, seus olhos lacrimejaram. “Perfeita”. Foi a sua última palavra, antes de sorrir e sair.

E eu estava me sentindo perfeita mesmo. O Aaron ficaria babando por mim assim que me visse, bem... Eu esperava que ficasse. Coloquei os saltos altos e me senti mais maravilhosa ainda.

Lana saiu do banheiro enrolada na toalha e me olhou. Os seus olhos primeiro me avaliaram, depois me olharam que excitação e por último, inveja... Ou acho que foi inveja. Mas impossível, a Lana era linda! Não tinha porque ter inveja de mim.

“Pensei que você iria com o vestido branco gelo de seda”. Ela comentou, tirando a toalha sem se importar com a sua nudez. Mas eu me importei.

Mesmo sentindo um desconforto muito grande com sua nudez, os meus olhos olharam cada curva do seu corpo, mesmo sem nenhuma pretensão. Até porque vê-la nua, não me acendia em nada, só me deixava constrangida. Tirei sua nudez do meu campo de visão e caminhei até a janela. Estava tudo organizado no lado de fora, seria um casamento no campo e a decoração estava linda.

“Sim. Mas mudei de ideia. Mamãe me trouxe esse vestido e eu me apaixonei por ele”. Respondi, ainda olhando pela janela.

“Esse vestido ficaria maravilhoso em mim”. Ela disse e eu a olhei, ela já estava de calcinha e sutiã. “Você sabe que sou a sua amiga e sempre digo a verdade, mas esse vestido é maravilhoso e precisa se usado por alguém que tenha curvas em certos lugares que você não tem”. Ela me olhou com atenção. “Que ficar parecendo uma tábua?”.

O encantamento do vestido se desfez com o comentário da Lana. Quando o tinha vestido e me olhado no espelho, me senti maravilhosa... Agora, me sentia realmente uma tábua.

“Mas mamãe disse que fiquei perfeita”. Eu disse com a voz baixa e com a vontade de chorar estrangulada em minha garganta.

“Querida. Mãe é mãe. Ela sempre vai dizer que está bom, mesmo estando ridículo. Tire esse vestido e me dê. Vá com o branco gelo que ficará ótimo em você”.

Foi um vestido que mamãe me deu. Todas as coisas dadas por minhas mães tinha valor sentimental para mim, então, estava apegada é ele, mesmo que fosse questão de minutos. A opinião de mamãe era muito importante para mim, mas vendo os olhos decepcionados de Lana, achei que ela tinha razão e me vi tirando o vestido e entregando a ela que ficou muito feliz. Peguei o vestido branco gelo de seda e o vesti não muito feliz.

Entrei no banheiro para disfarçar as minhas lágrimas...

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Ah, essa Lana...