Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

Quase engasguei em minha própria saliva ao escutar a voz tão conhecida e forte da Joanna. O Poncho trocou um olhar comigo e se aproximou de sua mãe. A Maite ficou parada, parecendo mais perplexa que todo mundo. Marichelo e Pablo estavam quase surtando, mesmo que silenciosamente... A minha mãe ficou pálida e o Pablo vermelho como se tivesse estourado um tomate maduro em sua cara.

“Mamãe. O que faz aqui, pelo amor de Deus?”. Perguntou Poncho com voz ponderada, tentando segurar o braço de sua mãe que se desvencilhou.

“Eu acho esse casamento uma pouca vergonha. Sou contra e não aceito!”. Ela gritou, se aproximando mais de Marichelo com olhos furiosos.

Foi algo bem rápido, antes que qualquer pessoa pudesse balbuciar o barulho da bofetada no rosto de Marichelo ecoou no cenário que antes era belo, agora parecia um conto de terror. Ainda bem que não convidei ninguém, e estava apenas nós, o escândalo seria grande!

“Joanna”. Pablo gritou escandalizado. O Juiz de paz parecia perdido. E eu senti vontade de partir para cima de Joanna, mesmo a considerando, mas a mão de Dulce me segurou. “O que pensa que está fazendo?”.

“O que você pensa que está fazendo em se casa com essa mulher?”. Joanna gritou em cólera, depois olhou para minha mãe que mantinha a mão no rosto batido. “Eu pensei que você era a minha amiga! Como pode se casar com o homem que foi o amor de minha vida?”.

Maite tinha voltado a si, e estava perto de Poncho e de sua mãe, tentando fazê-la se acalmar e ir embora, mas ela não parecia convencida. O olhar mortal dizia por si. O resto estava em silêncio, como a cena tivesse dado uma pausa.

“Eu amo a Marichelo e você querendo ou não, irei me casar com ela. Você não tem nenhum direito de estar aqui, Joanna, vai embora”. Pablo disse com a voz forte.

“Isso que você escutou, Joanna. Somos melhores amigas, mas faz muito tempo que você e Pablo se separaram, você não deveria estar aqui. Por favor, se retire e deixe que eu me case!”. Marichelo disse com a voz calma. A admirei por isso.

“Está mesmo falando sério, sua fura-olho?”. Joanna gritou. “Eu deveria quebrar a sua cara por ser tão cínica e ter roubado o meu homem!”.

Marichelo respirou fundo e baixou a mão que segurava o buquê. “Joanna. Você se separou á muito tempo do Pablo e está até com namorado novo, isso não é coerente. Por favor, saia com o pouco de dignidade que a resta. Sabemos que a fura-olho da história não sou eu”.

Joanna ficou ainda mais furiosa com o comentário da Marichelo e tentou bofeteá-la novamente, mas Pablo segurou o seu pulso.

“Você não vai bater mais na minha futura esposa! Pare de se prestar a esse papel ridículo, você não tem nenhum direito de está aqui e sabe muito bem disso. Vá embora!”. Pablo disse á um ponto de explodir em fúria.

“Mamãe. Vamos embora, por favor, deixo-os se casar. Eles se amam”. Escutei a voz de Maite dizer.

Joanna puxou a sua mão com fúria. “Eu não vou embora e vocês não iriam se casar. Isso é traição!”. Ela cuspiu as palavras. “Marichelo você é uma trairá, uma vagabunda que fica com o amor de sua melhor amiga, não tens caráter e muito menos dignidade! Fura-olho!”.

Marichelo abriu a boca pra falar, mas a voz de Pablo explodida que ganhou força. “Está chamando a Marichelo mesmo de fura-olho? Quando você mesmo dormiu com o marido dela e procriou um filho? Esqueceu que esse foi o motivo da nossa separação, Joanna?”. Pablo gritava. “Você dormiu com o Henrique e engravidou dele! E mesmo sabendo de tudo, a Marichelo ficou ao seu lado lhe dando apoio a gravidez do bastado! Se lembra que foi essa traição que gerou a nossa separação?”. Pablo mantinha os olhos fixos em Joanna.

A interrogação soou na boca de cada um. Eu me senti tonta, se a Dulce não tivesse me segurado, eu tinha caído. O poncho estava pálido feito à morte, a Maite não parecia tão surpresa assim, Joanna parecia envergonhada, Marichelo levou a mão á boca pelo segredo de todos os anos revelados e os outros, estavam chocados.

Eu dei um passo à frente. “Como assim? Traição? Filho? Quem é o filho ilegítimo do meu pai?”. Perguntei com a voz quase falha, olhando para eles.

Marichelo disse, se virando para mim. Aliás, a merda já estava jogada no ventilador mesmo. “Eu soube da traição do seu pai quando estava grávida de você... No início, não queria aceitar, mas foi impossível. O Henrique tinha abandonado também a Joanna grávida, e mesmo com o orgulho ferido e machucada por ele ter traído com a minha melhor amiga, dei todo apoio á Joanna, já que o Pablo também a tinha abandonado e ela estava sozinha nessa luta. Na época até deixei o seu pai, mas quando você nasceu, eu voltei para ele. Coisa de dois meses, o Poncho nasceu...”.

Poncho engasgou. “O que? Isso significa que...”.

Pablo olhou para ele. “Que você não é meu filho. Eu fiz apenas registrá-lo, porque o Henrique não tinha nenhuma pretensão e a Marichelo insistiu muito para que eu o registrasse, para que você não ficasse como um João ninguém no mundo e assim, eu o fiz. Mas você é filho do Henrique e Joanna, irmão de Anahí...”.

A bomba explodiu, minha cabeça deu uma volta de 180ºC, sai em busca de alguma coisa forte que eu pudesse realmente beber e ficar bêbada!

Se lembra na segunda temporada que Marichelo contou a Dulce sobre a traição do Henrique? Essa traição gerou um fruto: Poncho.

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Aqui está a Lana...