Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Capítulo extra para aniversáriante: Duda Diferentona.

Felicidades, diferentona!

“Amor, você não que me dá essa garrafa?”. Perguntou-me Dulce pela terceira vez em cinco minutos. Os seus olhos estavam preocupados e ela estava sentada na minha frente.

A cerimônia tinha dado um tempo pelo rumo das coisas. O juiz de paz foi embora porque tinha outro casamento para fazer. O que eu tinha percebido, o Poncho tinha tido uma grande discussão com Joanna, que Maite tentou interceder e foi uma discussão em três, depois os dois ficaram contra a Joanna que foi embora. O Poncho tinha entrado numa crise de choro, sendo aparado pelo filho e marido. E eu? Estava bebendo tequila como uma louca.

Marichelo tentou falar comigo, mas eu estava tão irritada que não aceitei falar com ela. Como ela podia fazer isso? Pelo amor de Deus! Trinta e oito anos de segredo. Como uma pessoa consegue guardar tanto tempo esse segredo? Depois do choque inicial, comecei a chorar. Eu sempre amei o Poncho, incondicionalmente, o tinha como irmão de alma, agora, ele era o meu irmão de sangue. Eu estava feliz por isso, mas outra parte minha estava arrasada por saber da traição do meu pai. Eu sempre o achei tão digno! Bem... Tirando aquele momento em que ele me arrastou para o Brasil. Mas antes, eu não achava que ele iria fazer algo assim tão absurda.

Eu estava chorando, inconformada com a traição e soluçando entre um gole e outro de tequila. “Como...”. Soluço. “... O Henrique...”. Soluço. “... Pode”. Soluço. “... Ter feito isso...”. Soluço. “... Com a Marichelo? Poncho?”.

“Querida. Para mim, a única vítima da história é o Poncho que foi renegado pelo seu pai”. Disse Dulce serenamente. “Eu sei que revolta, mas você não deveria está aqui com raiva de sua mãe e do mundo. Quem errou foi o seu pai, a sua mãe foi digna por pedi ao Pablo que assumisse o Poncho, se não, ele seria um filho sem pai. O único que precisa de apoio nesse momento é o Poncho, você foi tomada pelo choque inicial, mas sempre foi cuidada pelo seu pai verdadeiro. Imagina viver uma vida na mentira? O Poncho precisa de você que és a irmã dele”.

Levantei-me no pulo. A Dulce também se levantou por reflexo. Entreguei a garrafa de tequila á ela e fui atrás do Poncho, os meus pés cambaleavam. Mas eu consegui chegar até o altar. Ele estava sentado com as mãos no rosto. Gritei o seu nome, ele se levantou e venho até mim, nos abraçamos, chorando.

“Eu te amo, independente do que tenha acontecido, você sempre foi meu irmão, de alma, de sangue, não importa, o nosso laço é eterno! Você é meu companheiro, meu melhor amigo, meu tudo”. Eu disse entre o choro.

Poncho me abraçou mais forte, chorando também. “Eu te amo muito, e hoje, tenho orgulho em saber que você é minha irmã de sangue, sempre acreditei que ao meio da tempestade, existe um lindo dia e você é o meu dia lindo”. Ele disse aos prantos.

Ele era lindo. Era tudo. Ficamos uns minutos chorando e nos abraçando, os outros já estavam próximos. Depois a Marichelo pediu perdão. Não era uma coisa pra se perdoar do dia para noite, mas como a Dulce disse, a vítima era o Poncho. Os ânimos exaltados estavam começando a ficar ameno. No final, todos deram um abraço coletivo. Não éramos mais crianças, mesmo que o impacto fosse forte, éramos capazes de ser coerentes e maduros para analisar a situação.

Nesse período, o vinho foi liberado e todos estavam quase bêbados. Eu tirei os meus sapatos e o DJ contratado para a festa, soltou a música. Não sabia com autorização de quem, mas... Quem se importa? Estava uma zona mesmo!

Marichelo se aproximou de mim. “Filha. Nos casa?”.

Eu rir pateticamente com a minha taça de vinho na mão. “Eu não posso, não tenho licença”.

“Pode sim. Basta você fazer a licença on-line. Por favor, nos case”. Ela pediu com os olhos bêbados, mas brilhantes.

O Pablo parecia da mesma forma.

Passei a mão em meus cabelos e me levantei. “Tudo bem... Duuuuuuulce”. Gritei pela minha esposa que não demorou a chegar, parecia tão bêbada como eu. “Vamos fazer um curso on-line”. Segurei a mão dela e formos para dentro de casa.

E começamos o curso, era apenas uma hora. Menos mal. Me vi empenhada em cada tópico do curso...

Depois de quase duas horas. Eu estava com o diploma e a Dulce também, e eu realizei o casamento de Marichelo, descalça no mesmo altar de antes e desta vez quando perguntei se tinha alguém contra, ninguém respondeu. Giuseppe marcou a cena, ao fundo estava Márcia e a responsável pelo buffet. Acho que no fim, minha família tinha dado um grande show para eles, mas eu não me importava. Eu estava pagando!

“Pode beijar a noiva”. Disse por fim, e o Pablo beijou a Marichelo depois que pôs o anel em seu dedo esquerdo.

Depois disse, a festa estava feita. Todos voltaram a comer e a beber sob o som do DJ. Marichelo parecia muito feliz juntamente com o Pablo, o Poncho fazia uma dança muito esquisita com a Audrey, Maite estava de mãos dadas e pulando com a Maya, o Anthony sentado tomando a sua bebida. Lana parecia que iria ter um ataque fulminante, enquanto, olhava para a Aisha e Aaron que dançava lentamente ao som animado, e isso me lembro de mim e Dulce no baile da escola... Eu e Dulce estávamos pulando na batida de Rihanna.

Eu dançava enlouquecida, como se o drama não tivesse atingindo á nós mais cedo. Aceitei a dança de espumante, os meus sentidos estavam aguçados até que o DJ mudou para a batida brasileira. Eu achava muito divertido os funks brasileiros, então, dançava com muita vontade. Estava tocando Anitta, e eu aproveitei para seduzir a minha esposa.

Mordia o meu lábio inferior, fazia um carinha de safada e a chamava com dedinho. Quando ela vinha com toda intenção maldosa, eu ria e me afastava. Até que ela me agarrou e grudou os nossos corpos, dando-me um beijo que se não tivesse me segurado, eu tinha caído.

“Vamos para o quarto”. Ela propôs em meu ouvido.

“Agora não. Está cedo, vamos aproveitar a festa”. Eu respondi.

“Eu quero você agora”. Ela disse, me pressionando mais.

“Você já me tem. Umas horas á mais e menos, não fará diferença, no final da noite... Eu serei totalmente sua”. Respondi o sol já estava se pondo.

Olhei para minha esposa que estava muito cheirosa. Os nossos olhos se encontraram, sorrimos, estávamos felizes. Mas eu parei de sorrir a beijei. Não sei quanto tempo o beijo durou, mas o suficiente para as nossas línguas se enroscar, e eu me prender mais a Dulce para ter mais o seu corpo em mim, os seus seios me provocavam, ela estava muito gostoso nesse vestido e se tivéssemos sozinhas, eu tinha subido a sua perna para minha cintura e tinha acariciado com as minhas unhas. Eu sabia como ela gostava disso. O beijo foi esquentando, ela estava já deslizando as mãos para minha bu\nda quando um jato gelado nos atingiu, me fazendo dá um gritinho de surpresa. Tinham jogado espumante em nós.

A Maite nos olhava com um sorriso malvado. Revirei os olhos para ela e continuei dançando com a minha esposa.

Não podia se beijar em paz!