Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

As aulas tinham terminado e eu estava na frente do colégio ao lado da Gabrielle, esperando o Aaron que não apareceu. Estranhei. Ele não era de vacilar, nunca.

Fiquei parada na frente do portão, olhando para a pista que tinha alguns carros, mas nenhum sinal existente do Aaron.

“Será que aconteceu alguma coisa? Ele pode ter ficado preso na universidade”. Comentou Gabrielle olhando para os lados.

Suspirei. “Mas porque não me comunicou pelo celular?”.

“Não faço a mínima ideia, amiga. Hum, já vem o Pietro Accio”. Ela falou, tocando discretamente o meu braço com o cotovelo.

O Pietro estava caminhando entre a multidão como se fosse um rei. Como sempre, as meninas babavam por ele. Eu estava neutra, e a Gabrielle fingia babar. Ela me dizia que isso era pra disfarça a sua orientação sexual, porque se alguém descobrisse a sua vida se tornaria um inferno.

Ele parou em nossa frente com o seu sorriso de Ken.

“Aisha”. Ele falou com o peito estufado. “O seu namoradinho lhe deu um cano hoje?”.

“Aparentemente sim”. Resmunguei chateada.

“Eu posso levá-la para casa”. Ofereceu ainda com o sorriso.

Se fosse em outro momento da minha vida, eu ficaria morrendo com esse convite. Mas hoje, não se tornou atrativo, nem fez as minhas bochechas corarem e muito menos o meu coração bater mais forte. Simplesmente, não me fez sentir absolutamente nada.

“Não. Obrigada. Eu vou andando mesmo”. O dispensei e vi a descrença em seu rosto. Virei-me para Gabrielle. “A gente se ver amanhã, tá?”.

Gabrielle prendia o riso, apenas balançou a cabeça e me deu um beijo na bochecha. Deixando o Pietro ainda de boca aberta lá, comecei a caminhar em direção a minha casa. Eu estava bastante preocupada. Será que tinha acontecido alguma coisa com o Aaron? Será que a policia apreendeu a moto? Ele não tinha carteira de motorista e estava se arriscando toda vez que saia com aquela moto, mesmo com essa hipótese, descartei. O Aaron era ótimo em burlar os guardas e policiais. Devia ter sido algum trabalho extra na universidade mesmo. Mas por via das dúvidas, o liguei durante o meu percurso e nada de ele atender.

Guardei meu celular no bolso, frustrada e continuei a andar. Fechei o meu casaco com força, estava próxima a minha casa já quando vi a moto parada e uma cena que me fez parar.

Lana estava abraçada com o Aaron. Ela parecia que estava chorando... Até aí, tudo bem, um abraço não significa nada, mesmo assim, o ciúme começou a crescer dentro de mim. O Aaron afastou-se dela e passou a mão no seu rosto, limpando as suas lágrimas, depois se inclinou para beijar a sua bochecha no mesmo tempo que Lana virou o rosto e o beijo acabou sendo na boca. Foi um encostar de lábios, mas o suficiente para fazer a fúria crescer dentro de mim.

“O que significa isso?”. Gritei em alto e bom tom, com a fúria crescente dentro de mim e a raiva me consumindo.

Eles se separaram assustados. Avancei para cima deles como uma bala, o meu sangue fervia de ciúmes e muita raiva. Lana agora estava com os olhos arregalados e Aaron parecia cauteloso. Parei na frente dos dois e direcionei toda a minha raiva para Lana.

“Eu sempre soube que você não prestava! Você é como o seu pai, uma fruta podre!”. A empurrei enquanto falava, a Lana fez uma cara de vítima magoada. O Aaron me segurou pelos braços. “Você não tem caráter, e muito menos escrúpulo, sua falsa”.

“Aisha, não...”. Ele me começou a falar, mas eu me debati e conseguir me soltar dele.

“Você não ficará mais nenhum momento na minha casa!”. Gritei e corri para minha casa.

Fui limpando as lágrimas que caiam em abundância em meu rosto, mas era em vão, não tinha como pará-las. A verdade sempre estava se esfregando em minha cara. A Lana não prestava, se algum dia prestou, foi na infância, agora estava corrompida e eu não a deixaria ficar um minuto sequer debaixo do meu teto.

Entrei no quarto de minhas mães sem me importar em bater em nada. Eu só queria que a Lana fosse embora, por isso que exigir em bom tom para as minhas mães que pareciam perplexas com tudo.

Quando a Lana entrou no quarto, eu quis mata-la, mas para a minha surpresa... A desgraçada desmaiou!

Ótimo jogo.

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