Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

Tudo foi resolvido. Aparentemente, a Aisha tinha perdoado a Lana pelo beijo equivocado com o Aaron. Ao menos, serviu para que os dois assumissem de vez o namoro. Eu fiquei feliz com isso, a Dulce que ficou meio cabreira, porque queria que a Aisha se dedicasse inteiramente aos estudos, mas não fazia sentido ir contra á algo que estava acontecendo á algumas semanas, só que sem oficialização. O Poncho e Anthony também ficaram felizes com isso.

O assunto com a Lana também foi resolvido. A Patrícia foi bem vaga sobre tudo e não questionou em nada. O que era muito estranho e reforçava a ideia de que ela não se importava nem um pouco com a Lana mesmo. Ela mandou por Sedex a transferência de Lana, e mesmo que a Aisha tivesse pedido para que não matriculasse no colégio dela, foi impossível não fazer. Ele era o melhor de Toscana e o único que tinha aceitado a Lana no meio do ano letivo.

Nossa filha ficou um pouco chateada, mas depois pareceu não se importar mais.

Eu e Dulce tínhamos ido para obstetra, e descobrimos que ela estava com um mês de gravidez, pela conta da médica através do último dia de menstruação, ainda não tínhamos feito a ultrassonografia para confirmar o certo. Ultimamente, ela estava tendo alguns episódios de enjoo e também estava muito sonolenta. O que era natural de uma gravidez. E claro, estava comendo um bocado. Era cedo, mas ela tinha adquirido desejos estranhos... Como, comer melancia com catchup. Era nojento. Mas eu o fazia.

A minha gravidez com Aisha foi bem tranquila. Eu não tinha essas ondas, mas sempre fazia de tudo para o seu bem estar. Ainda não tínhamos contado a Aisha, por medo... Lembro-me bem no dia da briga com a Lana, ela nos dizendo muito bem que não queria nenhum irmão, e isso nos deixava com o pé atrás.

Hoje era o dia que iríamos fazer uma ultrassonografia. Eu estava ansiosa, mesmo sabendo que não daria para descobrir o sexo do bebê. Aliás, estava praticamente um carroço de feijão, mas eu queria saber se estava tudo bem com o meu filho.

Então, depois que as meninas foram para a escola e o Aaron para faculdade. Formos para a obstetra. Dulce estava mais ansiosa que eu, e devorava um pacote de biscoito recheado.

“Eu não sabia que isso era tão gostoso como hoje”. Ela disse com a boca cheia de biscoito. O que me fez rir.

“É o mesmo gosto de sempre, você que está bem gulosa mesmo”. Eu disse, estacionando o carro na vaga da clínica.

Ela deu de ombros. Estacionei o carro e esperei que a Dulce terminasse de comer o seu biscoito, era mais seguro do que tenta tirá-los dela. Depois que finalmente, ela terminou. Descemos do carro e entramos na clínica. Tinha algumas grávidas sentadas, esperando o atendimento, mas como éramos hora marcada, não demorou muito para que fossemos chamadas.

“Bom dia, senhoras Saviñón”. Cumprimentou Branca, a obstetra de Dulce. “Como está se sentindo hoje, Dulce?”. Ela perguntou com um sorriso.

“Bom dia, Branca. Estou muito feliz e ansiosa”. Dulce respondeu e eu apenas sorrir.

“Então... Vamos resolver a questão da ansiedade”. Ela disse. “Troque-se e deite-se na maca, por favor,”.

Ajudei a Dulce a se trocar e colocar a bata. Depois, ajudei a subir em cima da maca, a ansiedade me consumindo por dentro. Ficamos de mãos dadas, esperando a Branca passar o gel no baixo ventre de Dulce e iniciar o exame. Os nossos olhos ficaram fixos no pequeno visor.

“Está escutando esse som?”. Branca perguntou, aumentando mais o volume. Balançamos as cabeças, sorrindo. “É o batimento cardíaco do bebê...”. Ela movimentou um pouco mais e aproximou um pouco o rosto da tela.

“Algum problema?”. Dulce perguntou, vi o seu rosto ficar assustado, os seus olhos estavam marejados. Eu apertei mais firme a sua mão, lhe dando segurança.

“Não mesmo. Está vendo isso aqui?”. Ela apontou para dois pontos na tela, que não entendemos muito bem.

“Sim. O que significa?”. Perguntei com o cenho franzido.

“Que é uma gestação de gêmeos”. Branca respondeu com um sorriso.

“Oh meu Deus. Gêmeos?”. Dulce perguntou chorando sem acreditar. Eu também estava surpresa e os meus olhos marejaram.

“Sim. Gêmeos de seis semanas”. Confirmou Branca.

“Isso é incrível, meu amor!”. Eu disse emocionada, dando um selinho em Dulce que não se cabia de alegria.

Ficamos vendo como duas bobas os nossos futuros bebê, e escutando o batimento cardíaco forte. Branca disse que eles estavam bem, e que a gravidez inspirava cuidados apenas pela idade de Dulce, que automaticamente se tornava de risco, mas fora isso, eles estavam saudáveis.

Depois da ultrassonografia feita, e Dulce novamente vestida. Ela olhou para Branca e disse. “Existe alguma contra indicação para o sexo?”.

“Dulce!”. Eu chamei um pouco envergonhada.

Branca sorriu. “Não mesmo. O sexo está liberado”.

Ás vezes, Dulce parecia um homem. Vou te contar! Saímos da clínica, felizes e voltamos para o nosso carro. Sentei no volante, mas algo me fez travar. Uma dor de cabeça repentina parecia que iria explodir o meu cérebro. Coloquei as mãos na cabeça e pressionei com força, enquanto, fechava os meus olhos e soltava um gemidinho.

“O que você tem?”. Perguntou Dulce, o timbre de sua voz, fazia com que a minha cabeça doesse mais. “Anahí?”.

“Enxaqueca!”. Respondi com um gemido. Abrir os meus olhos e minha visão estava um pouco embaçada.

“Você consegue vir para o banco de passageiro? Eu vou dirigir o carro”. Ela disse, preocupada. “Os seus olhos estão bem avermelhados. Que ir á um hospital?”.

“Consigo e não... Eu tenho remédio em casa”. Murmurei.

Dulce saiu do carona, e eu me arrastei até o mesmo. Fechei os meus olhos e encostei minha cabeça no assento, sem me preocupar em colocar o cinto. A Dulce que colocou o cinto para mim. Depois, ela se sentou no banco do motorista e me levou para casa. O percurso foi curto, a todo tempo, ela perguntava como eu me sentia.

Eu tinha que admitir que essas dores estava se tornando frequentes. Devia ser a minha alimentação, a enxaqueca é influenciada também pelo o que comemos.

Era pra ser um dia da Dulce, e não. A minha enxaqueca tinha que roubar a alegria do momento. Chegamos em casa, e a Dulce me ajudou a subir as escadas. Depois me deitou na cama, tomei um remédio e ela fechou as cortinas.

“Quer comer alguma coisa?”. Ela perguntou baixinho.

“Não. Só quero que você se deite comigo”. Eu disse baixinho, e bati no outro lado da cama.

Ela não negou, deitou-se ao meu lado e me abraçou. Fiquei sentido o cheiro do perfume de Dulce, e o calor do seu corpo e isso foi me acalmando, juntamente com efeito do remédio, a dor foi passando...

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