Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“O que?” Poncho quase gritou depois que eu contei o que tinha rolado na sala com Dulce. “Oh meu Deus. Isso é tão excitante!”.

“Calado, Poncho! Quer que alguém escute?” reclamei, olhando em volta.

Apesar ter um baile ontem à noite, a escola não suspendeu as aulas hoje... Então, tinha alguns alunos que pareciam mais zumbis. Tinha me encontrado com Poncho na frente da escola. Dessa vez, eu não tinha vindo com Marichelo... Tinha vindo com Enrique. O meu pai me deu uma grande lição de moral que ressaltou todas as éticas conhecidas e imagináveis. Claro que Marichelo tinha contado para ele o que aconteceu na noite anterior. Achei desnecessário. Foi apenas uma dança! O engraçado é que... Dulce se tornou favorita na boca da minha mãe.

Há males que vem para o bem, certo?

“Mas foi bom?” perguntou Poncho.

“Claro. Que pergunta mais óbvia”. Eu rir, abrindo o meu armário e guardando alguns livros, e pegando outros. “Só foi inesperado... E o que ela disse antes, que estava completamente apaixonada por mim, me deixou sem ação. Eu nem sei como agir! Estou tão nervosa”.

“Você agindo naturalmente, já estar de bom tamanho. Mas acho difícil”. Disse Poncho, fechando a porta do seu armário. “Faz meia hora que você estar com esse sorriso de quem viu passarinho verde na cara. Mona, por favor... Eu sei que gozar é maravilhoso, mas você se passa”. Ele disse, revirando os olhos.

Dei uma risada. “Você está com inveja!”.

“Estou mesmo. Sabe quanto tempo estou sem fazer sexo? Desde que cheguei de viagem! Um mês já”. Ele reclamou mal humorado.

“Pensei que você tinha transado na festa da Teresa”. Comentei, caminhando para sala, sentia um friozinho na barriga por saber que veria a Dulce.

“Não”. Ele ajeitou o seu recente óculos de grau no rosto. O que deixava mais charmoso. “Aquele carinho era muito mole, só rolou uns amassos bobos. Sabe né...” ele começou a dizer afetado “Eu não tenho uma professora gostosona que me faça gozar”. Depois riu.

“Alfonso Herrera!”. Gritei o seu nome, mas ele já tinha entrado na sala. Entrei atrás, e me deparei com uma mulher rechonchuda. “Ué, cadê a Srta. Saviñón?”. Perguntei, será que eu tinha errado de sala?

“Srta. Saviñón pediu licença por uns dias. Eu ficarei em seu lugar, sou a professora substituta. Por favor, sente-se, iremos começar a aula”.

Minha cara de decepção foi gigantesca. Porque Dulce pediria licença? E não me disse nada? Eu achei que ao menos, ela mandaria um SMS ou qualquer coisa parecida, depois da declaração de ontem... Fiquei imaginando mil coisas. Será que ela ficou doente? Será que descobriram algo? Será que ela não voltará mais para a escola?

Como era de se imaginar... Eu não prestei atenção na aula. Aproveitei o horário do almoço para ir até o seu apartamento, bati até me cansar e ninguém respondeu. Liguei para o seu celular, caixa postal... Mandei SMS. Eu estava desesperada!

Bati novamente. Até que uma senhora apareceu do apartamento ao lado e disse com sua voz doce que Dulce tinha viajado. Viajado! Sabe o que isso? E não me avisou nada!

Eu queria mata-la! Fiquei frustrada, e ao mesmo tempo entristecida. Eu não entendi a Dulce, por mais que eu quisesse entender, não conseguia. Ela tinha esse jeito de ser... Ora aceitava o que tínhamos, ora não. Geralmente, ficava nesse estado de negação. O que ela acha que eu sou? Um brinquedinho que ela poderia manusear quando ela bem entendesse? Acha que eu sou uma marionete? Não, mais eu não sou! E deixarei isso bem claro á ela quando ela voltasse... Se é que ela iria voltar. O meu coração apertou com a hipótese de nunca mais ver Dulce...

Os dias se passaram lentamente... O Poncho tentava em animar, mas sem sucesso. Rachel e Mandy conversavam mais comigo também, as duas não sabiam o que estava acontecendo, mas tentavam ser solidárias. Eu estava num estado deplorável. Não tinha nenhuma noticia de Dulce. Cada hora sem noticias suas, me deixava mais angustiada.

Fiquei maior parte dos dias, quieta. No meu canto, mal comia... Mal prestava atenção na aula. Nesse meio tempo, Audrey tinha sido minha companhia, embora que eu não estivesse sendo uma boa companhia para ela. O interessante, é que ela parecia entender o meu dilema. Ela também pediu uma chance para me conquistar, mas eu não a respondi. Deixei essa questão em aberto.

Depois de quatro dias sem notícias de Dulce, já estava me conformando que ela demoraria a voltar... Ou não voltaria, o pensamento ainda me fazia sentir uma sensação sufocante dentro de mim, mas eu tentava sufocar. Por mim, tentei me reerguer... Não tenho culpa se Dulce era uma covarde!

Naquele dia em especial... O tempo estava horrível! A chuva era constante, e o frio arrasador... Eu tinha colocado a minha roupa mais quente para sair de casa, mas mesmo assim, batia de frio quando cheguei na escola... Ainda bem que tem aquecedor na escola.

Com a chuva forte, veio à notícia: Tempestade. Ou seja: Metades das ruas de Rosewood alagadas. Outra notícia: Não podíamos voltar para casa enquanto a tempestade não cessasse. Ótimo! Ficar na escola, era tudo que eu mais queria. Outra coisa ótima que aconteceu: Faltou energia.

Os professores reuniram os alunos na biblioteca. Eu adoro a biblioteca, mas sem luz, era realmente um saco. Fiquei conversando com Poncho, Mandy e Rachel, quando Audrey apareceu.

“Vem comigo...” ela sussurrou em meu ouvido.

Eu não tinha a mínima ideia para onde ela queria me levar. Foi um pouco difícil sair da biblioteca despercebida. Mas conseguimos. Ela me levou para sala de música.

“O que viemos fazer aqui?” eu perguntei a ela.

Ela arrastou uma cadeira e pediu para eu me sentar. Eu me sentei, ela sentou-se ao meu lado, e pegou um violão.

“Percebi que estava um pouco entediada. Que tal um pouco de música?” ela sorriu “Eu toco e você canta. Topa?”.

Eu rir, balançando a cabeça em positivo... Um pouco de música sempre fazia bem ao coração e a alma...