Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Tive um sonho estranho durante á noite: Sonhei que estava grávida. Acho que foi o meu subconsciente me pregando uma peça. Como eu ficaria grávida se nem relação sexual eu tinha?

Acordei com o despertador, me arrumei, e depois fui tomar café da manhã. Estavam todos reunidos, o clima não estava mais tenso. Minhas mães pareciam felizes, o Aaron também que conversava com elas sobre o estúdio que ele quer fazer em um dos quartos, e que as minhas mães concordaram prontamente.

Até a Lana parecia feliz, e desta vez, não parecia fingimento não. Ela estava me olhando com um sorriso torto que prontamente ignorei. Tomamos o café em família, quando penso em família, descarto a Lana literalmente.

“Eu estava pensando que depois do colégio, podemos buscar vocês para almoçar no shopping. O que acham?”. Perguntou mamãe, nos olhando. “Podemos fazer algumas comprinhas depois”.

“Estou fora dessa programação”. Aaron riu, recebendo uma tapa no braço de mim. “Ai!”.

“Você está bem incluído nessa programação. Precisamos de um rapaz forte para carregar as nossas compras”. Eu disse num tom sério, embora que estivesse sorrindo. Minhas mães também riram.

“É, não tem como escapa”. Mãe Dulce disse.

“Virei burro de carga agora?”. Aaron retrucou, mas sorrindo.

“Mais ou menos isso”. Fiz uma caretinha e recebi um selinho dele.

“Então, está combinado. Iremos busca-las. Aaron, como você está de moto, pode nos encontrar lá. Tudo bem para você?”. Mamãe perguntou, olhando para ele.

“Tudo bem sim, tia”. Aaron disse e deu um gole no seu café amargo. Então, me olhou. “Você terminou já? Tenho que chegar mais cedo na universidade”.

Depois de mais uma coalhada de mamão e um gole de suco de laranja, balancei a cabeça em positiva, e me levantei. “Estou pronta”. Dei um beijo na bochecha das minhas mães e fui com o Aaron para o colégio.

Eu tinha que perdi desculpa para Gabrielle por ontem. Nunca a convido para minha casa, e quando convido, dou um bolo nela. Ela tinha me ligado quando eu estava com o Aaron, e não tinha visto a chamada.

Aaron me deixou na frente do colégio, dei uns beijinhos nele e ele foi embora. Percebi um borbulho entre os alunos, mas não sabia muito bem o que se tratava, mas a fofoca parecia boa demais. Meia hora depois, Lana chegou ao ônibus escolar, tínhamos o hábito de ficar na frente do colégio esperando o sinal tocar. Eu tinha estranhando a Gabrielle não ter chegado, mas cinco minutos depois, a vi.

Acenei para ela e sorrir, mas a expressão fechada de Gabrielle me dizia que alguma coisa tinha acontecido. Ela se aproximou de mim e eu vi a raiva em seus olhos.

“Bom d...”. Comecei a falar, mas não deu tempo, porque a bofetada que recebi da Gabrielle, me fez calar e arregalar os olhos, enquanto, eu escutava o borbulho aumentar ao redor. Eu estava muito surpresa com essa agressão, o meu rosto queimava, mas eu estava mais preocupada o que levou a Gabrielle me bater.

“Eu confiei em você, achei que você era a minha amiga! Mas por trás, você saiu espalhando sobre a minha vida. Como pode, Aisha? Como pode contar a todo mundo sobre a minha orientação sexual quando você sabia que eu não me assumia por conta da minha família. Você tem noção do inferno que está a minha vida por conta de sua língua grande? Pra você pode ser normal, muito normal... A sua família é gay e tudo é aceitável, mas na minha não!”. Ela disse com raiva e muita decepção.

Fiquei em choque. “Gabrielle. Eu não contei nada a ninguém...”.

“Não seja mentirosa! Você era a única que sabia, você e Malu, e confio plenamente na minha namorada quando ela me disse que não abriu a boca. Só restou você”. Ela balançou a cabeça em negativa, depois soltou uma risada sarcástica. “Você falou tanto da Lana, mas você é pior que ela!”. Gabrielle gesticulava loucamente. “Faça um favor para mim e nunca mais olhe em meu rosto se você tiver um pingo de vergonha na sua cara. Eu te odeio e me arrependo de ter sido a sua amiga!”.

Abri a boca pra falar, mas a Gabrielle já tinha ido embora. Olhei ao redor e estavam todos rindo, inclusive a Lana, não sei por que, mas algo me dizia que tinha o dedo dessa menina. Respirei fundo e fui atrás da Gabrielle, mas sem sucesso.

Ela se negava a falar comigo. Durante a manhã, ela sofreu muito mais bullyng, e no horário do intervalo, a vi chorando no canto. O meu coração ficou triste, mas ela não aceitava uma aproximação...