Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Lana narrando...

As piadinhas com a Gabrielle continuaram... Eu estava muito feliz por isto. Principalmente por Milena não ser idiota e ter colocado a culpa na Aisha.

Foi muito gostoso assistir a bofetada de Aisha. Foi quase orgástica.

Gabrielle era a única que conversava com a Aisha, então, com as duas brigadas. A Aisha ficou o tempo todo isolada. Eu percebia o quanto ela estava afetada com isso e era bom. Eu achei que o drama com as suas mães e o seu namorado iria durar o tempo suficiente, mas não... Eles a perdoaram. Era muito sortuda mesmo! Mas acho que com Gabrielle a história seria diferente, a menina nem conseguia olhar na cara dela!

Depois do intervalo, eu estava sem saco para aula, então, inventei que iria beber água quando vi a Aisha passando para o banheiro. Os corredores estavam vazios, e provavelmente, o banheiro também. Muito bom.

Fui atrás de Aisha. O banheiro desse colégio era muito chique, parecia um banheiro de hotel. Com apenas dois compartimentos, vários espelhos, e também um pequeno sofá e alguns pufs espalhados.

Aisha estava lavando as mãos na pia quando entrei no banheiro e fechei a porta, infelizmente, eles não deixavam a chave na tranca.

Ela levantou a cabeça e fez uma carranca quando me viu, mas fingiu ignorar a minha existência e continuou a lavar as mãos.

Olhando direitinho para o corpo de Aisha, era gostosa. Lembrei do beijo... E fiquei com desejo. Andei até atrás dela e coloquei as mãos na pia, imprensando o corpo de Aisha entre a pia e o meu corpo.

“O que você pensa que está fazendo?”. Ela perguntou com os olhos ficando vermelhos de raiva.

“O que você acha?”. Perguntei com a voz rouca de desejo, a pressionei mais o seu corpo na pia e afundei o meu rosto em seu pescoço, sentindo o seu cheiro.

Aisha impulsionou o corpo para trás, me pegando de surpresa e me fazendo cambalear para trás.

“Não ouse me tocar!”. Ela gritou em cólera.

Dei uma risadinha sarcástica e me reaproximei dela. “Estava sentindo o seu cheiro...”. Parei de frente para ela e olhei para os seus lábios. “E vou te beijar novamente e você não fará absolutamente nada, ficará quieta apenas sentindo”.

Tentei me aproximar e ela me empurrou novamente. O seu corpo tremia de raiva.

“Você é uma piada, Lana! Eu não vou deixa-la me beijar!”. Ela disse furiosa. “Eu não tenho esse sentimento por você, me entendeu? A única coisa que sinto por ti é nojo!”.

“Você não tem nojo de mim!”. Eu gritei ficando irritada.

“Tenho e o meu nojo aumenta cada vez mais com as coisas que você faz! Ou você acha que eu não sei que a história de Gabrielle teve um dedo seu? Por que faz isso? Por que não me deixa em paz?”. Ela gritou, o seu rosto ficando vermelho.

“O que eu faço é culpa sua. Inteiramente sua!”. Andei de um lado para o outro, perdendo o meu controle. Parei de novo na frente dela. “Anos, Aisha! Anos estando ao seu lado, lhe ajudando com os seus dilemas, sendo sempre apenas a melhor amiga, nada á mais que isso!”. Apontei o dedo indicador para ela. “Como acha que me senti quando cheguei em Toscana e descubro que está apaixonada pelo Aaron? Pelo Aaron?”. Dei uma risadinha. “O babaca passou seis anos fora de sua vida. E é por ele que você se apaixona. E eu? Não tive nada! Nem reconhecimento nem nada!”.

“Você deve ter algum desiquilibro mental!”. Aisha disse, de repente, rindo. O que me deixou contrariada. “Eu nunca te prometi nada, nem insinuei amor, muito menos paixão. Você era a minha amiga, apenas isso. Agora se você distorceu as coisas, o problema não é meu”.

“Então, eu não a deixarei em paz!”. Gritei e avancei para cima dela, a empurrando contra a pia novamente e segurei o seu rosto. “Tudo que está acontecendo são consequências de suas escolhas!”.

Tentei beijá-la na fúria, mas para minha surpresa recebi um murro em meu rosto que me fez tombar. “Ah sua maldita!”. Avancei novamente no intuito para batê-la. Só que a Aisha estava preparada também.

No meu intuito falido de atingir a Aisha, recebi uma rasteira, e cair, gemi de dor, mas não demorei muito caída. Levantei-me e pulei em cima dela, nos agarramos. Eu peguei em seus cabelos e ela me arranhava, tentando se soltar. Os nossos gritos com xingamentos deve ter chamado atenção dos alunos, e funcionários, por que a porta do banheiro foi aberta, e eu escutei apenas o coro de “briga, briga, briga”.

Puxei o cabelo da Aisha com toda força, arrancando um gemido de dor dela e aproveitar para bater no seu rosto com algumas tapas, mas recebi um chute bem no meio das pernas que me fizeram gritar e uma dor muito grande me fez perder as forças e soltar os cabelos de Aisha que teve uma vantagem sobre mim e me empurrou em cima da pia, batendo os meus quadris na mesma. Precisei de duas respiradas fundas para suportar a dor, mas Aisha avançou em cima de mim como um furacão e foi a vez dela de puxar o meu cabelo e bater em meu rosto, mas por reflexo, a peguei pela nuca e bati o rosto dela contra o espelho que quebrou em vários pedaços. Ela me soltou e andou para trás.

O meu sangue gelou com a cena, o silêncio foi geral com a surpresa e o choque. O rosto de Aisha estava sangrando, e tinha um pedaço de vidro pequeno no seu supercílio.

Aisha levou a mão, tocou suavemente no corte e depois olhou para os seus dedos melados de sangue. Vi o choque em seu rosto, depois ela me olhou. Os olhos azuis estavam assustados.

“Aisha...”. Aproximei-me dela no intuito de ajudar, mas recebi um murro forte no meu olho que me fez cair para trás.

A minha cabeça e meu olho doeu numa pressão que parecia que iria explodir. Eu não tinha mais condição de se levantar e muito menos brigar. O borbulho recomeçou entre os alunos, quando escutamos a voz da diretora horrorizada.

“O que está acontecendo aqui?”. Ela gritou e depois colocou a mão na boca ao ver o rosto de Aisha todo ensanguentado e me ver no chão.

Droga! Estávamos ferradas.