Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

Estava tão irritada com as meninas que sentia vontade de esganá-las. Olhando de frente para as duas, o estrago era grande. Mais tarde ou amanhã, os hematomas seriam horríveis. A situação já estava bem precária.

“Calma amor”. Escutei a voz de Dulce atrás de mim, mas ignorei.

“Vocês irão me contar o motivo da briga ou vou ter que deduzir?”. Perguntei para as duas, olhando seriamente.

Elas se mantiveram caladas. Isso inflamou mais a raiva dentro de mim.

“Eu fiz uma pergunta e quero a resposta, agora!”. Falei mais alto, com o tom ameaçador.

“Foi ela que começou”. Lana disse de supetão, o que fez a Aisha olhar indignada para ela.

“Eu? Você que tem um amor incubado por mim! E como eu sou hetero, você simplesmente surtou!”. Aisha gritou para ela.

“Você se acha demais, garota!”. Lana retrucou. “Você que me agrediu primeiro porque eu tentei beijar você!”.

“Não era pra você me beijar!”. Aisha olhou com raiva. “Eu disse á você que não sentia nada por ti, e mesmo assim, você insistiu em se aproximar de mim. Você é uma doente, precisa é se tratar”.

“Sou doente mesmo, para amar uma louca como você que sai espancando as pessoas por motivos amenos”. Lana revirou os olhos.

“Motivos amenos? Você está fazendo a minha vida um inferno! No fundo, você não passa de uma recalcada que não consegue ser feliz e precisa destruir a vida dos outros para se sentir feliz!”. Aisha agora estava virada para Lana e os seus olhos saiam faíscas.

Olhei para trás e meu olhar encontrou com o de Dulce. Que a Lana tinha um amor incubado por Aisha, isso eu já sabia. Só não sabia que estava nesse pé.

Lana deu uma risada sarcástica. “Eu sou infeliz e você é uma sem sal! Parece mais uma lesma sem brilho”.

Aisha abriu a boca para falar, mas a minha voz foi mais alta. “Chega! Eu não quero mais saber de nenhuma confusão nem dentro da minha casa nem fora. A partir de hoje, vocês irão se comportar como pessoas civilizadas!”. Apontei o dedo indicador para as duas. “Eu não sou obrigada a aturar isso. Eu quero paz! Entendem isso? Paz!”.

“É meninas, vocês precisam acertar as suas diferenças. Não podem continuar nesse pé de guerra, vocês eram amigas antes e agora estão inimigas? Não faz sentido”. Dulce falou. “As duas estão erradas nessa história. Lana por beijar á força e implicar contigo”. Ela olhou para Aisha. “E Aisha por ser violenta com você”. Dulce olhou para Lana.

As duas começaram a falar ao mesmo tempo, mas eu intervir. “Já disse que chega!”. Balancei os meus braços, irritada. “Eu não coloquei uma filha no mundo para ser uma selvagem que sai se atacando os outros como se fosse um ser irracional”. Aisha baixou a cabeça, então, olhei para Lana. “E você, não estou a recebendo na minha casa para ter problemas, e muito menos arranjar confusão com a minha filha. Se eu tiver qualquer reclamação da Aisha ou qualquer outra pessoa sobre o seu comportamento, não irei pensar duas vezes em coloca-la dentro de um avião e manda-la para o Havaí!”. Lana empalideceu e balançou a cabeça em positivo. “Enquanto estiverem embaixo do meu teto, sendo sustentadas por mim e forem menores de idade terão que viver sob as minhas regras!”. Olhei de uma para outra. “Entenderam?”.

“Sim”. Elas responderam baixinho em coral.

“Ótimo! Estão de castigo. Quero que deixe os seus celulares em cima do centro. Também estão proibidas de sair para qualquer tipo de diversão, não pensem porque estão suspensas por quinze dias do colégio que ficarão atoas, acordando tarde e se divertindo. Irão acordar cedo, e farão tarefas que eu designarei á vocês! Quem sabe com exercícios vocês aprendem a se tornarem civilizadas”. Vi pela cara delas que estavam achando péssimo o castigo, porém, não dei a mínima e elas também não reclamaram. “Agora saiam da minha frente! Vocês conseguiram estragar um dia que era pra ser maravilhosos e em família”.

Antes de subirem, colocaram os celulares no centro e foram para os quartos. Fui até o bar, e me servir com uma dose de conhaque. Não era o meu hábito fazer isso, mas eu precisava de algo para acalmar o meu sangue. Sentei-me no banco e me virei para Dulce que estava parada me olhando.

“O que foi?”. Perguntei a ela, mas não agressiva.

Ela se aproximou. “Você fica muito sexy autoritária”.

Rir para ela, e abrir os meus braços para recebê-la em um abraço. Depois a beijei nos lábios. “Sou sexy sempre”.

“Isso você tem razão”. Ela concordou, então, colocou meu cabelo para trás. “Você não acha que foi dura demais no castigo?”.

“Não. Você vai ver como a paz vai reinar novamente nessa casa”.

Ela balançou a cabeça em positivo e voltou a me beijar...