Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

Estava muito emocionada em saber que teríamos dois meninos.

Dois anjinhos. Não via a hora para segurá-los nos braços e mima-los. Faltam vinte e oito dias para isso acontecer, mas para quem esperou oito meses, poderia muito bem esperar alguns dias. Tínhamos comprado algumas roupas unissex porque não sabíamos o sexo. Mas era impossível não passar numa loja de bebê e não entrar para comprar alguma coisa. Também, tínhamos comprado alguns brinquedos.

“O que você acha de amanhã irmos comprar o enxoval para os bebês?”. Perguntei á Dulce, ajudando-a tirar a roupa.

“Acho bom. Estou muito ansiosa para comprar cada roupinha e também decorar o quarto. O que você acha do tema fundo do mar? Com papel de parede com peixinhos...”. Ela disse, depois vestiu a sua camisola e deitou-se. “Podemos pintar o quarto da cor branca e azul... Bem harmonioso”.

“Acho que ficará ótimo...”. Fui ajuda-la com os travesseiros, coloquei alguns em suas costas. Ela não conseguia dormir com o corpo completamente deitado, sempre ficava com falta de ar. “Temos que agilizar isso... Vamos contratar um decorador, esse quarto tem que ficar pronto no mínimo uma semana antes para sair o cheiro da tinta”.

Dulce balançou a cabeça em positivo, e eu vi que ela estava ficando um pouco sonolenta. Sua respiração estava bem acelerada. Eu sempre ficava preocupada, mesmo isso sendo normal.

Tirei a minha roupa e fui em direção do banheiro, quando escutei a Dulce gemer baixinho. “Anahí... Eles estão se mexendo...”.

“Querida. Eu vou tomar um banho e logo volto para acalmá-los. Ok?”. Falei carinhosamente.

Ela balançou a cabeça em positivo, e ficou acariciando a sua enorme barriga. Sempre era assim. Os gêmeos trocavam o dia pela noite, então, eu sempre ficava acariciando a sua barriga e cantava uma música do Foreigner. Era antiga, mas os gêmeos adoravam essa música, sempre ficavam quietinhos quando eu a cantarolava. Já tentei cantar outras músicas, mas eles nunca se acalmavam.

Entrei no banheiro para tomar um banho rápido. Terminei o meu banho. Enxuguei-me, e vesti o meu pijama. Estava evitando usar as minhas camisolas e os meus baby doll, porque a Dulce sempre ficava com desejo e desde o sétimo mês que não conseguíamos fazer mais nada. Apenas umas carícias.

Deitei na cama, e acariciei a sua barriga que estava bem agitada. Aninhei-me em seu corpo. Dei-lhe um selinho de boa noite, e apaguei o abajur. Então, no silêncio da noite, a minha voz começou a cantarolar I Want To Know What Love Is, enquanto, acariciava suavemente a sua barriga, sentindo que em cada trecho, os gêmeos iam se acalmando...

Uma hora depois, os gêmeos estavam calmos, e Dulce dormia tranquilamente. Quando eu estava quase cochilando, a dor habitual em minha cabeça começou a me incomodar. Fazia alguns meses que eu estava sentindo essas dores, ás vezes, ignorava, e quando estava muito forte, tomava um remédio, mas a Dulce estava dormindo tão tranquilamente, que não quis me levantar.

Os meus olhos encheram-se de lágrimas. Aproveitei para me aninhar ainda mais na Dulce, com medo de perder o calor do seu corpo e não sentir mais o seu cheiro. O meu celular estava na cama, do nosso lado. Peguei o mesmo e digitei uma mensagem: Preciso de você. Por favor. E enviei.