Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Lana narrando...

Dei um longo suspiro e me aconcheguei nos braços de Ana, porém, não rendeu muito tempo, porque ela me afastou para poder fumar. Eu me sentei, sem me importar com a minha nudez e fiquei a olhando.

Ana estava encostada em um dos barris, e dava alguns tragos do seu cigarro. Eu não gostava muito do cheiro, mas não reclamava para não chateá-la.

“Por que está me olhando assim?”. Ana me perguntou, soltando mais um trago e me encarando.

“Estava pensando em como você é linda... E me questionando também porque não namoramos”. Falei baixinho, com medo de que essa conversa a irritasse.

Eu não estava mais me reconhecendo. Nunca tive medo de nada, porém, sempre ficava na linha com a Ana. Ela estudava psicologia e estava no terceiro período.

“Já conversamos sobre isso”. Foi a sua resposta fria.

“Não, não conversamos. Você disse que não namoraria comigo e nunca me disse o motivo”. Falei magoada. “Ás vezes, tenho a sensação de que não gosta de mim”.

Ana revirou os olhos. “Por favor, sem drama. Eu estou aqui com você, não estou? Desloquei-me da minha casa para encontra-la, se isso não é gostar de você, não sei o que será”.

“Sexo”. Respondi baixando a cabeça e puxando um fiapo do lençol.

Ana riu. “Não é o sexo. Você é novata nesse ramo e ás vezes, deixa a desejar”. Ela disse com sinceridade que beirava a maldade, deu mais um trago no cigarro.

Eu fiquei quieta. Refletindo as suas palavras, sabia que não era expect no sexo, mas sempre dava o meu melhor quando estava com a Ana. Mas parece que não estava dando conta, isso me deixou muito insegura. E com medo de perdê-la.

Percebendo que foi malvada comigo, a Ana terminou o seu cigarro, segurou em meu rosto e me beijou. Um segundo depois já estava com o coração explodindo de amor. Que poder era essa que ela tinha em mim?

“Eu gosto de você. Só não acho que seja o momento certo para termos um relacionamento sério, ainda não sei se confio no seu sentimento, não podemos esquecer que você era muito gamada em Aisha e fazia coisas desagradáveis para atingi-la”. Ana disse me olhando.

Por um momento, me arrependi por ter contado a minha história para Ana. Mas no início, eu não sabia que iria render em um sentimento. Se soubesse, eu não teria contato.

“Não estou fazendo mais nada contra a Aisha e a família dela! Faz um bom tempo que não tento nada. Por que não acredita em mim?”. Eu perguntei contrariada.

“Porque você tem um desiquilíbrio mental e vai precisar mais do que isso para eu acreditar em você”.

“O que é preciso eu fazer para você acreditar?”. Perguntei quase em desespero.

“Você tem que contar tudo para Anahí e Dulce”. Ela me olhou serenamente.

“Não! Ficou louca? Eu não posso contar, se eu contar irão me mandar novamente para o Havaí, e eu ficarei sem você!”. Disse com medo.

Ana se levantou e começou a se vestir. “Você vai me perder se não contar. Conte, e depois resolvemos de vez a nossa situação”.

Segurei em seu braço, controlando a vontade de chorar. “Porque está fazendo isso comigo?”.

“Por que não posso aceitar namorar uma garota mentirosa. Acerte os seus erros, que depois, nos acertamos”. Ela disse, depois segurou o meu queixo e me deu um selinho. “Sei que parece horrível, mas não é. E depois você vai me agradecer por isso”.

Dando uma piscadinha para mim, a Ana foi embora e eu senti um vazio tão grande dentro de mim que nunca havia sentido na minha vida. Dobrei as minhas pernas e a abracei, ficando entre a cruz e a espada. Conto e volto para o Havaí ou não conto e fico sem o amor da Ana?

Eis a questão.