Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O dia realmente tinha sido muito longo, porém, todas as coisas foram compradas. O enxoval agora estava completo, e estávamos felizes por isso. O decorador nos ajudou também, porque algumas coisas não tinha noção de como fazer. Passamos o dia no shopping, depois de um tempo, a Dulce precisou de uma cadeira de rodas porque não suportava mais andar, já que as suas pernas estavam muito inchadas. A pior fase da gravidez era essa, quando a barriga crescia o bastante e os bebês ficavam pressionando o diafragma, causando uma falta de ar constante.

Ficamos emocionadas em cada roupinha de bebê que víamos, queríamos todas. E tivemos, percebi que éramos bastante descontroladas e consumistas, mas tínhamos dinheiro e podíamos nos dar o luxo de fazer isso.

Depois de todas as compras realizadas, o decorador que ficou responsável pelo o resto. Eu não queria ter dor de cabeça com nada. Sentamos para se alimentar. Eu estava com falta de apetite, ao contrário de Dulce que estava comendo um grande pedaço de lasanha.

Aproveitei o momento para encará-la... E sorrir apaixonada para a mulher á minha frente. O nosso amor não teria nunca limite, sempre seria incondicional. Eu a amava mais do que a minha própria vida, e não tinha nada que pudesse destrói esse sentimento.

Suspirei entristecida. A vida ás vezes, nos prega algumas peças que ás vezes são fartais.

“Você tem certeza que não vai comer?”. Perguntou-me Dulce, com os olhos fixos na minha torta de morango com geleia.

Sorrir. “Não. Pode ficar á vontade”. Falei e empurrei o meu prato para ela.

Dulce não se fez de regada e comeu um pedaço generoso da minha torta, a sua carinha de prazer me fez suspirar, desta vez, bem apaixonadamente. Os nossos filhos seriam lindos, imagino-os com o seu rostinho e os seus olhos cor de âmbar, seriam incríveis.

Dei um gole do meu cappuccino quando o meu celular tocou. Olhei para o visor e depois para Dulce que me olhava também. “Não vai atender?”.

“Vou”. Eu disse e peguei o meu celular, já me levantando. “Um minuto, com licença”.

Afastei-me o suficiente para que Dulce não escutasse a minha ligação, mas senti os seus olhos queimaram as minhas costas, deixando-me nervosa, eu sabia que ela iria me questionar quando eu voltasse, mas eu não podia falar nada... Por enquanto.

“Já estou em Toscana”. A pessoa disse assim que atendeu. “No hotel Passione. Quinto andar, no quarto 1350”.

“Estarei aí em...”. Olhei para o meu relógio de pulso, depois para Dulce que me olhava com cara de poucos amigos. “Uma hora”.

“Aguardo-lhe”. A chamada se encerrou.

Eu não queria mentir para Dulce, mas eu não podia explicar a situação para ela. Queria que esse sonho á dois em que estávamos vivendo continuasse sempre, então, preferi omitir tudo. Voltei para mesa e antes mesmo de me sentar, ela me questionou.

“Quem era?”. Perguntou-me, me olhando nos olhos.

“Trabalho. O Giuseppe quer que eu o encontre para uma sessão de foto para uma marca de batom”. Sorrir. “Os meus lábios serão a propaganda”. Dulce frangiu o cenho como se estivesse pensando. Não poderia dá espaços para dúvida. “Você terminou aí? Por que precisamos ir, tenho que me encontrar com ele daqui á uma hora”.

“Sim. Terminei”. Ela me respondeu, ainda me olhando.

Aquele olhar de Dulce me deixava muito desconfortável, mas fingir que nada estava acontecendo. Levantei-me e fui até ela, empurrando a sua cadeira de rodas até o estacionamento.

Amanhã o decorador iria para a nossa casa juntamente com o pintor para iniciar o trabalho. Logo cedo, tinha ligado para casa e soube pela Mara que o pedreiro já tinha colocado a porta. Ela tinha limpado o quarto minuciosamente, retirando toda a poeira, até porque eu era alérgica e Dulce não podia respirar poeira para não aumentar a sua falta de ar.

Mas, a minha cabeça não estava em casa, nem na decoração, nem nada... Apenas em tudo que estava acontecendo comigo e que eu mantinha em segredo...