Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Aisha narrando...

Estava tão preocupada com a mamãe. Minha mãe estava um caos, suas mãos tremiam e foi preciso uma xícara de chá de camomila bem forte para que ela pudesse se sentir mais calma.

Sentei-me ao lado dela e a abracei. Ela me abraçou também e ficamos assim por um tempo. Em nossa frente, estava a Lana que parecia distraída em pensamentos, mas em nenhum momento, a calma saiu do seu rosto.

Eu estava muito impressionada com a atitude de Lana, não por ter ajudado a mamãe, mas por ter contado á elas o que fez. Não tinha mais nenhuma dúvida sobre a mudança de Lana. Não era apenas uma farsa... Se ela quisesse mentir, não teria contado a verdade sobre tudo que fez para continuar com o seu joguinho.

Fiquei a olhando... Lana era bonita, tinha uma beleza exótica. O que era mais lindo era o seu sorriso aberto, escancarado que sempre que sorria, o seu rosto se iluminava. Ela não sorria apenas com os lábios, mas também com os olhos. E isso que chamava atenção, porque sabíamos quando ela sorria de verdade ou de mentira.

Eu amava o seu sorriso... Suspirei alto. Então, arregalei os olhos ao perceber o que eu estava fazendo. O que diabos eu estava fazendo? Eu tinha namorado! Amava o meu namorado, não podia fazer isso... Eu não era lésbica. Eu era hetero. Certo? Eu fiz amor com o meu namorado antes de ontem e ontem também. Não é possível que depois de ter relação sexual com um homem, me torne lésbica? Ou era possível?

Não. Não era!

Lana saiu de sua distração, e olhou-me nos olhos, como se tivesse lido os meus pensamentos. Um sorriso de lado escapou dos seus lábios, e eu senti um arrepio percorrer em meu corpo. Ela desviou o olhar, e olhou para o alto, dando uma mordida no lábio inferior, a minha respiração ficou pesada, e minha boca aguou com o pensamento de beijá-la.

Meu Deus!

Não. Não. Balancei a cabeça em negativa.

O pensamento foi desviado porque o doutor surgiu na sala.

“Então, Felipe?”. Perguntou mãe com ansiedade.

“Ela está bem. A convulsão se deu por falta de oxigenação no cérebro”. Doutor disse com um sorriso que para mim, foi muito falso.

“E o que se deu essa falta de oxigenação?”. Eu perguntei preocupada.

“Muitos fatores podem causar a falta de oxigenação”. Felipe disse. “Mas não se preocupem, a Anahí está muito bem. Acredito que uma emoção forte ocasionou uma queda de pressão, consequentemente a falta de oxigenação. Ficaremos de olho nela, certo? Qualquer sinal diferente pode me ligar”.

“Obrigada. Aisha, querida... Você poderia buscar a minha bolsa?”. Mãe pediu.

Fui até a sua bolsa, e entreguei para ela. Ela abriu a bolsa e tirou umas cédulas de dinheiro de sua bolsa, entregando para o doutor que recebeu o seu pagamento e foi embora.

“Eu vou ver a Anahí”. Mãe disse e levantou-se.

Ficou apenas eu e Lana na sala. Os meus pensamentos ficaram perdidos com a confusão de sentimentos que estava dentro de mim. Eu estava aliviada por mamãe está bem. Não podia imaginá-la doente.

“Aisha você está bem? Está tremendo”. Lana disse se aproximando de mim.

“Eu... Eu...”. Não consegui falar, porque comecei a chorar, sendo acolhida pela Lana. “Não sei o que faria se algo acontecesse com a mamãe”.

Senti a Lana acariciar os meus cabelos. O meu rosto estava enterrado em seu pescoço, sentindo o seu cheiro, enquanto, as minhas lágrimas caiam dos meus olhos. Ela tinha um cheiro doce, parecendo um chocolate delicioso...

“Não vai acontecer nada com a sua mamãe. Apenas um mal estar, você ouviu o médico... Ela está bem, e ficaremos de olho nela. Ok?”. Lana disse suavemente, acariciando os meus cabelos.

Balancei a cabeça em positivo, e me apertei mais nela. Sentindo o seu corpo quente no meu... Eu amava o Aaron, e abraça-lo era muito bom, mas abraçar a Lana era muito diferente... Beirando o maravilhoso.

Percebi que estava me aconchegando mais em seus braços, mas o seu celular tocou e ela se afastou de mim que se eu não tivesse me sustentado nos meus próprios pés, tinha caído.

Ela sorriu ao ver a mensagem. Era um sorriso diferente, era o sorriso que ela destinava a mim pelo Skype, antes de qualquer confusão. Eu não tinha mais esse sorriso. E isso me deixou arrasada.

“Quem é?”. Questionei a olhando.

“É a Ana”. Ela me olhou rápido, depois foi para o espelho e se olhou, ajeitando a sua roupa. “Tenho que ir. Não demorou a voltar, não quero perder a minha credibilidade com as suas mães”. Ela sorriu para mim, um sorriso simplório e saiu pela porta.

Fiquei me perguntando. Que importância tinha essa Ana na vida da Lana? Fui atrás dela, mas a mesma tinha sumido na escuridão. Onde ela teria se metido? Fiquei olhando ao cego. Será que estavam pertos?

Desci os degraus e comecei a caminhar pelo jardim vasto, estava quase chegando à videira, quando uma mão me segurou e me puxou para uma árvore. Um grito ia escapar da minha garganta, mas a mão tampou a minha boca. O meu coração batia violentamente pelo susto.

“Você quer me matar do coração?”. Falei irritada para o Aaron que ria do meu susto.

“Não, quero te matar de outra coisa...”. Dito isso, ele me beijou.

Respirei fundo ao sentir os lábios gelados do Aaron. Eu não estava com muita vontade de beijá-lo, ainda estava com raiva do susto e curiosíssima sobre Lana e Ana, mas não tinha como escapar dos seus braços como uma desculpa plausível. Então, passei os braços ao redor do seu pescoço e retribuir o seu beijo...

Que a maratona comece!

Bem vindas, Josy e Furacão terrorista Maite. Hahaha.

Desculpem o atraso, a minha mãe me chamou. U-u