Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Lana narrando...

Leve. Muito leve. Eu estava quase cantando a música de Frozen... Livre estou! A sensação era maravilhosa! E ficou muito melhor depois que a Ana mandou mensagem, não pensei em duas vezes para ir atrás dela.

Corri pelo jardim até chegar à videira, e depois na vinícola. O nosso local de encontro de sempre. A Ana estava encostada na parede, com um cigarro na boca. O meu coração bateu acelerado assim que a vi, o sorriso foi espontâneo. Não me importou que estivesse fumando, passei os braços ao redor do seu corpo e beijei a sua boca com paixão.

Ana retribuiu o meu beijo, mas não na mesma empolgação que eu. Respirei fundo e afastei-me dos seus lábios.

“O que foi?”. Perguntei, limpando os meus lábios.

“Você contou aos Saviñón o que fez?”. Ana perguntou, me olhando nos olhos.

“Sim. Contei tudo!”. Respondi aliviada com um sorriso. “Fiquei muito nervosa na hora, mas contei... Não apenas a Anahí e Dulce, mas também para Gabrielle. Estou me sentindo flutuando. Isso não é incrível?”. Falei com empolgação.

“E os Saviñón, não a expulsou de casa?”.

“Não”. Fiz uma careta, e coloquei meus cabelos para trás. “Por que me colocariam? A Anahí disse que eu teria que fazer terapia. E ah, elas querem lhe conhecer também”. Acariciei o seu braço. “Elas tem o coração incrível, estou tão feliz amor. Você vai conhecê-las, não vai?”. Os meus olhos brilharam.

Ana jogou a bituca do seu cigarro. “Vou. Se elas querem, e isso vai fazer bem á você...”.

Dei um gritinho feliz e a abracei. Ana colocou um braço ao redor do meu corpo e beijou o meu pescoço. Enquanto, eu a apertava em meus braços. Amava tê-la bem juntinha de mim, mesmo que ás vezes, quase sempre, não sentia uma reciprocidade.

A reciprocidade de Ana existia apenas quando queria sexo.

Procurei os seus lábios e dei mais um beijo, que foi rapidamente cortado por ela.

“Vamos lá”.

“Pra onde?”.

Ela me lançou um olhar como se eu fosse uma louca.

“Conhecer a Anahí e Dulce”.

“Agora não dá. A Anahí teve uma convulsão e está de repouso. Podemos marcar pra outro dia, o que acha?”. Perguntei, acariciando seu cabelo.

Ana me afastou. “Você não está mentindo para mim, não é?”.

“Não Ana. Eu contei tudo para elas, não estou mentindo. Estou falando a verdade. Podemos ficar aqui um pouquinho? Quando voltar pra casa, pergunto um melhor dia para elas”. Falei, com um pingo de esperança nos olhos.

“Não. Quando você marcar o encontro com elas, ficaremos juntas. Fora isso, não terá um pouquinho nem muito”. Ela me deu uma última olhada. “Boa noite Lana”.

Fechei os meus olhos e respirei fundo. Por que eu estava apaixonada pela Ana mesmo? Bufei, e voltei para casa. Escutei uma movimentação entre ás árvores, e era a Aisha e Aaron fazendo sexo.

Fiz uma caretinha. Ao menos, eles estavam fazendo alguma coisa produtiva. Andei de volta para casa, até que me dei conta do que tinha visto.

Aisha e Aaron fazendo sexo. SEXO! Sinal que Aisha não era mais virgem, senti uma imensa vontade de chorar. Não sabia o que estava sentindo, mas era uma sensação muito ruim, como se algo tivesse sido arrancado dentro de mim.

Senti-me magoada, muito magoada. Mesmo que não tivesse mais o sentimento de amor pela Aisha - eu acho -, que estivesse apaixonada pela Ana, o sofrimento foi inevitável. Entrei em casa, e fui para cozinha, aos prantos.

Comecei a comer compulsivamente, enquanto, ainda chorava. Coloquei em cima da bancada, queijo, pão, presunto, melancia, banana, biscoito, iogurte, refrigerante, chocolate. Não combinava muito bem, mas cada vez que eu comia, mas o vazio dentro de mim ia se saciando.

Eu já estava na terceira fatia de melancia quando a Aisha entrou na cozinha.

“Piquenique?”. Ela me perguntou com um sorriso e sentou-se ao meu lado.

Funguei, e limpei os meus olhos com o braço.  “Sim”.

“Você estava chorando?”. Ela me olhou com os seus grandes olhos azuis que estavam preocupados. “Algum problema com a sua namorada?”.

“Não”. Eu suspirei alto e dei mais uma mordida na melancia. “Nenhum problema. Com a Ana não existe problema, apenas solução”. Olhei para a comida na minha frente, sentindo mais vontade de chorar.

“Então, por que você está assim?”. Ela me perguntou e segurou em meu braço.

Olhei dentro dos seus olhos. “Você se considera feliz?”.

Aisha titubeou por alguns segundos, depois franziu o cenho. “Sim... Acho que sim...”.

“Sente-se feliz e totalmente completa com o Aaron? Sente que ele é o amor da sua vida, o único capaz de despertar qualquer sensação do seu corpo?”. Eu não sabia muito bem porque estava fazendo essas perguntas para Aisha, mas sentia necessidade. “Nunca pensou ou comparou com outra pessoa seria diferente? O seu beijo, o seu toque ou o seu calor?”.

Os lábios de Aisha tremeram. “Eu... Eu... Não sei... Nunca tive ninguém para comparar”.

Soltei a melancia em cima da mesa, e pulei do banco. Coloquei uma mão no cabelo da Aisha, enrolei em meus dedos e puxei, a outra mão coloquei em seu pescoço. A sua respiração ficou acelerada e ela entreabriu os olhos. Vi em seus olhos azuis, a chama da vontade, do desejo... Ela não iria se afastar. Aproximei o meu rosto do seu, os nossos olhos se cruzaram, enquanto as nossas respirações ficaram mescladas. O seu cheiro atingiu os meus sentidos, me deixando mais vontade dos seus lábios. Fechei os meus olhos e encaixei os nossos lábios, dando-lhe um beijo suave, lento... Queria sentir toda a maciez dos seus lábios... Doce. Aisha agarrou em mim, e precisei segurá-la para não cair. Ela abriu a sua boca e as nossas línguas se encontraram, aumentando o beijo e tornando-o eletrizante. Puxei-a para o meu corpo, deixando os nossos corpos bem juntinhos. Nossas línguas se enroscaram num ritmo delicioso, aumentando a nossa vontade demais. Deslizei uma mão pelas suas costas, e senti as unhas de Aisha cravarem em meus braços, me arrancando um gemido alto e prazeroso. Suguei a sua língua, e depois a soltei, ao esfregar lentamente os nossos lábios. Puxei os seus cabelos, e a escutei gemer, deslizei meus lábios até o seu queixo, dando uma mordidinha, e com mordidinhas que cheguei em seu pescoço, inalei o seu perfume e dei uma chupadinha no mesmo, sentindo-a estremecer.

A cozinha estava muito quente... Mas um barulho me fez retroceder. Era a porta da frente.

“Agora você vai poder comparar”. Murmurei para ela, que estava com a respiração ofegante e os lábios inchados.

Sai da cozinha, e me deparei com o Aaron na sala. Ele me olhou com deboche.

“Soube que você bancou a Maria Madalena e ficou toda arrependida dos seus pecados. Acho que isso será o suficiente para permanecer nessa casa?”.

Respirei fundo. “Isso não lhe interessa”. Ainda estava com o meu corpo trêmulo por causa do beijo, e não queria estragar essa sensação dentro de mim.

Ele segurou em meu braço e apertou com força. “Interessa-me porque você estará junto da minha namorada e se ousar fazer qualquer coisa ou se aproximar dela. Eu te mato, ouviu bem?”. Ele disse em tom ameaçador.

Puxei o meu braço de sua mão, depois esfreguei. “Deixa de ser estúpido. Se eu quisesse fazer alguma coisa, eu faria. Não é um filhinho de papai metido a playboy como você que iria me impedir”. O olhei com a cara feia. “A diferença de mim e você, é que você fica apenas na ameaça e eu faço, gracinha”. Apertei o seu queixo e fui para o meu quarto.

Eu não tinha nenhum pensamento de fazer qualquer maldade com o Aaron. E nem com ninguém, mas ás vezes, tínhamos que bater de frente para baixar a bola dos carinhas. Principalmente dele que se achava muito uísque, mas era apenas gelo.

Entrei no meu quarto, fechei a porta e me encostei nela. Os meus lábios ainda formigavam, levei a minha mão neles... Fechei os meus olhos, e os meus pensamentos ficaram intercalando entre Aisha e Ana...

Furacão,Anahí e Dulce são curandeiras de possíveis psicopatas. Pra que melhor? Hahaha. Psicologicas de primeira! Não dormirei no ponto.

Josy,o Aaron tá se mostrando um pentalho muito grande.

Luana,bem vinda também!