Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

“Eu acho que você deveria ir ao médico, para fazer uma bateria de exames. Você teve uma convulsão, Anahí. Por falta de oxigenação do cérebro, isso é muito perigoso. Pesquisei na internet e vi que é muito perigoso um minuto á mais, você poderia ter morrido e causado uma morte cerebral”. Dulce disse com o cenho franzido. Ela estava especialmente linda naquela manhã com um vestido rodado, e um decote singelo.

Tínhamos voltado á poucos minutos da penúltima foto para o nosso book. A última foto seria eu com os bebês. O Aaron estava fazendo um excelente trabalho, e o clima em Toscana ajudou bastante. Hoje, era um dos dias quentes.

“Meu amor... Não se preocupe. Eu estou bem. Muito bem na realidade”. Coloquei as minhas mãos em seu rosto e lhe dei um selinho longo. “A única preocupação é com você, e os nossos filhos”.

“Você jura que está bem? Estou tão preocupada com você, Anahí. Foi horrível vê-la naquele chão se debatendo...”. Os seus olhos estavam lacrimejados e eu me sentia péssima por isso. Não queria preocupa-la.

“Juro!”. Coloquei o seu cabelo atrás da orelha, depois dei um beijo em sua testa. “Esqueça essa cena, nunca mais irá acontecer”.

Ela balançou a cabeça, e eu a abracei. Bem, tentei abraça-la, porque era meio impossível, mas mesmo assim ficamos juntinhas, até que ela se afastou de mim.

“Xixi”. Ela disse com meio sorriso, e foi para o banheiro.

“Querida. Eu vou me encontrar com o Giuseppe. Não demoro ok?”. Gritei para ela.

Ela murmurou alguma coisa, mas não escutei bem. Fui para o shopping. Eu queria comprar um presente para os meus filhos, para quando eles nascerem. Estava pesando em medalhas da Virgem Maria, para que os protegessem sempre. E também, veria a Lucy.

Depois que comprei duas medalhas e pedi para que embrulhasse em presente. Fui ao encontro da Lucy. A encontrei parada na frente da loja da Chanel. Ela estava paquerando uma bolsa preta, que deveria ser caríssima.

“Você e o seu eterno vício por bolsas”. Falei me aproximando dela.

Ela sorriu ao me ver e cumprimentou com dois beijos nas bochechas.

“Estou muito apaixonada por essa bolsa preta, estou quase desembolsando o meu cartão e comprando...”. Ela disse, voltando-se para a vitrine.

Olhei para uma bolsa creme e fiquei apaixonada também. Peguei em seu braço. “Então, vamos. Não podemos deixar a nossa vontade consumista esperando”.

Lucy deu uma risada e entramos para a loja. Compramos as nossas bolsas, e saímos. Caminhamos pelo shopping, conversando e eu contei a minha convulsão. Ela não gostou nada disso, e me deu um sermão que eu ignorei. Não gostava quando as pessoas se preocupavam dessa forma comigo.

A abracei de lado e dei um beijo apertado em sua bochecha. Caminhamos assim.

“Esqueça isso. Não a chamei para aqui ficar se preocupando comigo. E sim, para matar a saudade. Estava sentindo muita falta da minha amiga”. Eu disse com a voz carinhosa.

“Já que estamos aqui, vamos fazer algo que adorávamos...”. Lucy segurou a minha mão e me puxou para sorveteria.

Compramos sorvete, e enchemos de guloseimas. Depois saímos do shopping, e nos sentamos numa pracinha em frente. O sorvete já estava derretendo, e como tínhamos comprado apenas um, começamos a tomar. O tempo estava muito gostoso. O sol estava brilhante, porém, frio. Seria uma delícia fazer um piquenique. Fui pegar uma jujuba, e minha colherzinha raspou no sorvete, jogando uma generosa boa de sorvete no rosto da Lucy que me olhou surpresa.

“Oh, desculpe!”. Eu disse rindo. “Deixa-me limpar isso”. Falei pegando o guardanapo, que estava melado e só fez aumentar o estregado na sua bochecha.

“Anahí. Agora você vai me pagar!”. Ela disse com os olhos apertados e avançando em cima de mim.

Eu tentei correr, mas ela segurou em meu cabelo e esfregou a sua bochecha na minha. Dei uma risada e tentei me afastar de sua bochecha, já que eu estava ficando toda melada, porém, o sorvete caiu em meu decote, me fazendo gemer pelo gelado em meus seios.

“Ai meu Deus!”. Lucy arregalou os olhos e esfregou o guardanapo em meu colo.

“Lucy, não precisa...”. Comecei a dizer, mas senti o liquido pegajoso deslizar em meus seios, e também a minha barriga.

Lucy ficava se desculpando o tempo todo, e não percebia que estava aumentando mais o estragado. Comecei a rir, passei a mão no meu decote e depois passei em seu rosto. Arrancando uma risada nela. Estávamos parecendo duas crianças tolas.

“Eu não sabia que o Giuseppe tinha mudado de sexo, de personalidade, de vida e tinha se transformado em Lucy Hale!”. Escutei um grito da minha esposa, que fez a minha risada morrer na garganta, assim como a de Lucy.

Dulce estava na nossa frente, com as mãos na cintura e o olhar furioso. Olhando a forma que ela estava, era terrivelmente assustador.

Eu e Lucy nos entreolhamos. O que eu iria dizer?

**

“Amor. Eu não sabia que você estaria aqui”. Eu disse me levantando, totalmente sem graça. Tentei me aproximar dela, mas ela deu um passo para trás, sua respiração era tão forte e seu olhar tão exterminador que as palavras morriam em minha garganta.

“Ah é mesmo? Não me diga!”. Ela gritou e apontou para Lucy. “O que é essa imbecil está fazendo aqui? O que você está fazendo com ela? Por que mentiu para mim?”.

“Dulce, não é nada disso que você está pensando”. Lucy disse com as mãos para o alto.

“Não perguntei nada para você, sua cadela! Estou perguntando para a minha esposa!”. Ela berrou, então, me olhou. “Estão tendo um caso? É isso? Está me traindo porque não posso dá sexo á você?”. Ela perguntou irritadíssima. Depois, sua voz estremeceu por conta das lágrimas que estava para explodir dos seus olhos. “Como eu poderia dá sexo á você quando não consigo nem ver os meus pés, Anahí?”.

Algumas pessoas que estavam passando, ficavam olhando. A sorte que a Dulce estava berrando em inglês, e muitos não sabiam o que ela estava dizendo.

“Dulce... Não é nada disso que você está pensando. Não estou tendo um caso, e muito menos lhe traindo”. Franzi o cenho, olhando-a nos olhos. O seu rosto estava bem vermelha, e sua respiração mais acelerada ainda. Fiquei com medo. “Nenhum momento pensei em sexo com a Lucy. O meu único erro foi ter metido e não te lhe dito que iria encontra-la, mas fiquei com medo de sua reação. Lucy sempre foi um assunto delicado...”.

“E não tem nada a ver, Dulce”. Lucy disse. “Sou casada com o Ian, e tenho um filho. Eu e Dulce somos apenas amigas”.

“Já disse pra você não falar!”. Dulce gritou para ela que se encolheu. “Claro que essa aí é um assunto delicado e sempre foi! Esqueceu que você me deixou por ela?”. As lágrimas agora caiam dos seus olhos. “Eu iria ficar muito enciumada, mas... Iria vir com você. Somos casadas, compartilhamos uma vida, eu poderia lidar com isso! O que me mata é a mentira. Mentiu para mim pra ficar de namorico na praça?”.

“Dulce... Eu errei. Eu menti. Mas nenhum motivo foi pelo o que pensa. Eu deveria ter contado... Eu não tenho nenhuma desculpa plausível para isso”. Suspirei, sentindo uma grande tontura me acometer. Eu não poderia passar mal agora. Não agora. “Nós não estávamos de namorico, era apenas uma brincadeira. Você precisa ser coerente, e se acalmar”. Pedi com a voz baixa.

“Coerente?”. Ela gritou, batendo os pés. “Se acalmar? Vejo a minha esposa, a mulher que amo, trocando risinhos e brincadeiras com a sua ex, e você quer que eu me acalme? Se fosse outro lado, Anahí? E se fosse você no meu lugar, e me visse assim com a Flaviana. Você iria gostar?”. Ela perguntou entre os dentes.

Estremeci só com a menção do nome da Flaviana. Balancei a cabeça em negativa. “Não”. Falei baixinho, e me aproximei dela. “Desculpe-me meu amor...”. Ela me interrompeu.

“O que ela está fazendo aqui? Em Toscana? Com você?”. Ela exigiu saber com as lágrimas correndo e ela tentando limpar.

“Ela veio me ver. Eu pedi que viesse porque eu queria conversar com ela, e tinha que ser pessoalmente, mas antes que pense bobeira, não foi nada de segundo sentido”. Falei a verdade, mesmo sabendo que não poderia me aprofundar do seu questionamento.

“E o que tinha pra falar de tão importante que não podia ser por telefone ou por internet?”. Ela olhou de mim para Lucy. “Na noite que você saiu para ver o Giuseppe, mentiu não é? Você saiu para vê-la?”. Dulce me olhou nos olhos. Eu não podia mentir, olhando para os seus olhos.

“Sim”. Respondi baixinho.

“Oh meu Deus”. Dulce choramingou e passou as mãos nos cabelos. “Eu sou trouxa. Não acredito que todos esses anos. Continuo da mesma forma. Trouxa!”.

“Dulce”. Eu segurei em seus pulsos e a fiz olhar para mim. “Você não tem nada de trouxa, como pode imaginar uma coisa dessas? Eu não tenho nada com a Lucy, e nunca terei você é a mulher que eu amo e sempre a amarei. O meu único erro não foi ter dito á você que Lucy estava aqui. Mas, por favor, não fique pensando bobeira... Por favor...” Olhei em seus olhos.

“Você não está me achando ridícula com essa barriga enorme, nariz inchado, pernas inchadas, e seios enormes?”. Dulce choramingou insegura.

“Claro que não, meu amor. Você continua linda, sexy e perfeita. Está muito mimosa com essa barriga... Eu não poderia amá-la de outra forma”. Eu disse com a voz carinhosa.

Ela me olhou por um tempo, então, olhou para Lucy. Ainda via o ciúme em seus olhos. “E o que vocês tinham para conversar que tinha que ser pessoalmente?”.

“Sou uma alcóolatra, e estou em reabilitação. Vir para cá em busca de ajuda da Anahí. Tem horas que precisamos de nossa melhor amiga para ficar bem. E eu precisava de apoio”. Lucy mentiu, e depois me olhou.

“Oh...”. Dulce arregalou os olhos. E olhou de mim para Lucy, mas como ficamos sérias. Ela acreditou na mentira. Enxugou as suas lágrimas. “Eu não sabia... Desculpe-me...”.

“Tudo bem. Eu não gosto de contar as pessoas para não receber esse olhar de pena. É péssimo isso”. Lucy disse dando de ombros.

Dulce balançou a cabeça em positivo. “Eu espero que você consiga ter uma boa reabilitação”. Ela disse para Lucy, depois se virou para mim. “Vou às Lojas Americanas. Te encontro lá?”.

“Pode ter certeza que sim”. Dei um selinho em seus lábios.

Assim que Dulce se afastou, a Lucy virou-se para mim. “Ás vezes, parece que você não aprende. Precisa mentir para me encontrar?”. Ela não me deixou responder e continuou a falar. “Está tudo errado, Anahí. Começando eu ter que mentir para encobrir uma mentira sua. Só espero que no futuro. Ela não te odeie”.

“Lucy me desculpe...”.

“Certo. Está desculpada porque eu não consigo ficar com raiva de você. Mas espero que você encontre o caminho certo para isso que está acontecendo”. Ela se aproximou de mim e deu um beijo na minha bochecha. “Estou indo embora essa noite...”. Ela acariciou o meu rosto e os seus olhos encheram-se de lágrimas. “Eu te amo... Muito...”.

Senti um aperto no coração em me despedi da Lucy, mas o fiz. A abracei e chorei com ela.

“Adeus, Lucy...”. Falei baixinho.

“Adeus, Anahí...”. Ela acariciou o meu rosto, deu um último sorriso e foi embora.

Respirei fundo e olhei para o céu. Deus me ajudasse. Limpei as minhas lágrimas e fui atrás da minha esposa, mas antes, precisava ir ao banheiro limpar o estragado da minha roupa.

Eu tento ler pra consertar os erros, mas o capítulo é grande e acabo perdendo muito tempo. Então, meninas, perdoem os possíveis erros.

Julia,não? Moras aonde? Acre? Bem vinda! Hahaha.

Josy,o Aaron vai surprender ainda. Né que Lana e Aisha são quentes? Diferente de Aaron e Aisha.