Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.
Aisha narrando...
Confusa. Eu estava muito confusa. Desde o beijo que a Lana roubou de mim, os meus sentimentos e pensamentos pareciam um baralho. Sempre ficava fazendo comparações. A diferença era que me apegava á tudo que Aaron me fez no passado... Foram sete meses de relacionamento, quase um ano. E tudo bem, que o beijo que a Lana me deu foi mais quente do que todo o meu relacionamento. Mas era ele que eu amava!
Uma dúvida que pairava sobre mim, era a minha sexualidade. Eu não estava tão afim assim de fazer sexo com o Aaron, ou ficar de namorico. E me xingava mentalmente por isso. Estava deixando o meu namorado atoa por não saber o que queria da vida!
A Lana fingia que nada tinha acontecido e isso estava me deixando louca! Louca porque eu queria que ela me beijasse e me fizesse sentir tudo àquilo que senti da primeira vez.
Aaron me beijava, e a única coisa que eu podia imaginar era os lábios da Lana. Eu achava que isso era uma fase, mas... Os meus olhos me traiam, o meu corpo me traia... Estava me sentindo absurdamente atraída pela Lana. E sempre que o assunto Ana surgia entre nós, me dava uma raiva absurda! Eu não conhecia a menina, mas mesmo assim, já a odiava bastante.
A prova tinha acontecido, e eu tinha passado de ano. Então, estava de férias. Como a Lana, e o Aaron. Então, tínhamos muito tempo livre para namorar, se divertir, ou qualquer coisa parecida. A Lana passava mais tempo fora de casa, do que dentro. Eu não sabia o que ela tanto fazia com essa Ana... Mas queria descobrir.
“Vamos ao cinema hoje?”. Perguntou o Aaron, ao colocar a cabeça na porta do meu quarto.
Eu iria dizer não, mas... Seria tempo livre, e o tempo livre... Ele iria querer fazer sexo. Eu não estava afim.
“Sim”. Peguei a minha bolsa, e formos na moto dele.
Chegamos ao cinema do centro, e estávamos olhando para o folheto do filme. Quando uma garota tocou o ombro do Aaron e deu um sorriso sedutor. “Oi Aaron...”.
“Oi Karoline!”. Aaron disse com um meio sorriso. “O que está fazendo por aqui?”.
“A mesma coisa que você... Vi ver um filme”. Ela continuou sorrindo, e eu vi no brilho dos seus olhos verdes, a sua paixonite pelo meu namorado.
“Legal. Essa é a minha namorada, Aisha”. Aaron apresentou, me puxando pelo braço;
“Olá”. Eu disse com um meio sorriso.
Karoline balançou a cabeça para mim e me lançou um sorriso bastante falso. Ela era bonita, branquinha dos olhos verdes e cabelos castanhos. Não era alto, e nem baixa, a estrutura bem proporcional para o seu corpo. Enfim, bonita.
“Eu vou comprar o meu ingresso. A gente se ver na faculdade”. Ela deu uma piscadinha para ele, e foi para bilheteria.
Aaron acompanhou-a com o olhar. Eu vi os seus lábios se curvando em um sorriso malicioso, e um brilho bastante safado dos seus olhos. Eu não era idiota. Eu podia ser sonsa, e tudo mais, mas não era! Sempre achei o meu namorado um cavalheiro de amadura reluzente, mas acho que estava bastante equivocada.
“Quem é ela?”. Perguntei para ver se ele olhava para mim.
“Colega da faculdade. Ela estuda educação física. Uma boa garota”. Aaron deu de ombros, me olhando.
“Imagina que seja boa mesmo”. Disse sarcasticamente.
O Aaron ignorou o meu comentário e foi na bilheteria comprar os nossos ingressos, acompanhei com o olhar os seus movimentos. Ele tinha se aproximado da Karoline, e falou alguma coisa com ela no ouvido. A mesma riu, e jogou os cabelos de lado, numa tentativa de charme bem valida, mas que prendia atenção do meu namorado. Só podia ser brincadeira!
Depois de quase dez minutos, ele voltou.
“Vamos?”.
“Só uma pergunta, Aaron... Espero que seja sincero. Desde quando está ficando com essa menina?”. Perguntei séria e cruzei os braços, ignorei um latejar dolorido em meu peito.
Aaron arregalou os olhos. “Desde nunca. Está ficando louca, Aisha? Como pode pensar que estou lhe traindo?”.
“Estou fazendo uma pergunta!”.
“Não. Você está me acusando! E não admito isso, sou o seu namorado e sou fiel. Sempre fiz tudo por você, até mesmo para mostrar isso. Acho inadmissível deixar o seu ciúme falar mais alto porque me viu conversando com uma garota e supor que estou ficando com ela. Acho que mereço um crédito, não?”. Ele disse irritado.
Olhei para os seus olhos. Ele não sabia que a sua sobrancelha tremia involuntariamente quando metia. Mas infelizmente, ou felizmente, eu sabia disso.
“Podemos ir ver o filme?”. Ele perguntou.
Prova. Eu precisava de prova. Então, pensando nisso... “Sim. Vamos”. Respondi, mas sem muito humor. Formos para a sala do cinema.
**
Depois do cinema, formos para minha casa. Estava muito mal humorada, e não tinha a menor vontade de ficar de sorriso e beijinho com o Aaron, não depois de saber que ele estava me traindo. Ele também não me deu muito assunto, parecia tão irritado quanto eu.
Não demorou muito para chegarmos em casa. E quando chegamos... Outra surpresa desagradável: A Lana finalmente tinha levado a Ana para conhecermos.
As minhas mães estavam felizes, e conversavam animadamente com a Ana, enquanto, a Lana estava sentada com a mão entrelaçada com a sua namorada. Isso fez o meu sangue ferver, eu não me importava totalmente com a traição ainda não comprovada do Aaron, mas o fato de ter a Lana tão intima daquela mulher que cheirava a cigarro, me deixava furiosa.
“Alguém, por favor, abra as janelas. Estou quase morrendo asfixiada com a cantiga desse cigarro”. Disse assim que entrei.
“Aisha!”. Mamãe chamou horrorizada pelo meu comportamento. A Lana também me olhou assim, mas, tinha um pingo de divertimento em seus olhos. Cretina.
“O que? Estou apenas dizendo a verdade”. Retruquei e me sentei, encarando a Ana que me olhava de cima á baixo.
“Você deve ser a Aisha”. Ela disse com um sorriso falso.
“E você deve ser a Ana”. Retruquei. “Alguém já lhe falou que nicotina faz mal? Pior nem é isso, é esse cheiro que fica impregnado na pessoa. Odeio ser fumante passiva”. Olhei para Lana. “Não sei como você aguenta também...”.
“Aisha”. Foi à vez de a mãe Dulce chamar. “Desculpe-me a indelicadeza da nossa filha. Deve ser a TPM”.
Ana riu. “Tudo bem. Compreendo perfeitamente bem. A Lana tem os seus dias negros”. Ela deu um selinho na Lana que me deixou muito mais irritada.
Lana riu, e acariciou a mão de sua namorada. O meu olhar foi tão compenetrado, que a qualquer momento, poderia queimar naquele toque.
“Eu vou subir, falou”. Disse o Aaron que foi para o seu quarto, mas antes, me lançou um olhar depreciativo.
“Está tudo bem com vocês?”. Perguntou mamãe.
“Tudo ótimo”. Dei um sorriso falso. Então, olhei para Ana. “Vai ficar pra jantar, querida?”.
“Sim”. Ana sorriu.
Mamãe se levantou. “Vou olhar como está o jantar”.
“Vou te ajudar”. Disse mãe.
“Vocês querem ajuda?”. Ofereceu Lana.
“Sim. Você poderia arrumar a mesa?”. Mamãe perguntou, já indo para a cozinha.
Lana se levantou, mas antes de sair, deu um selinho na Ana.
Fiquei com a Ana na sala. Estávamos nos encarando. Sinceramente. O que a Lana tinha visto nessa mulher? Era muito mais velha que ela, sem contar que não combinava nenhum pouco. Não era um casal que se viam junto, e suspiravam de amor.
Ana olhou para o lado, e depois para mim. Um sorriso malvado escapou dos seus lábios. Ela tirou um cigarro do bolso e colocou na boca mesmo sem acender.
“Confesso que quando a Lana me dizia que você era sem sal, acho que ela mentiu. Você tem a língua muito afiada e pela surpresa de suas mães... Isso é novidade para elas”. Ana disse com tom amável, apesar de que os seus olhos estavam hostis. “Então, fico me perguntando... O porquê da agressividade? Percebeu que é apaixonada pela Lana, mas que ela nunca vai olhá-la?”.
Dei uma risadinha sarcástica, mas por dentro, estava queimando de raiva. “Você se esquece de um detalhe muito grande, minha querida. A Lana me amou uma vez, e pode me amar novamente, se é que ela me esqueceu”. Aproximei o meu corpo dela, e falei quase em tom de confissão. “Você é apenas um passatempo. Imagine-se sendo um parque de diversão... A Lana vai continuar brincando com o seu corpo, enquanto, eu quiser. Porque se eu estralar os dedos, ela voltará pra mim”.
O rosto da Ana ficou vermelho, mas ela deu uma gargalhada. “O que a faz achar isso? A Lana é um ser extraordinário que precisa de uma mulher quente que combine com o seu tempero. E não de uma insossa que não sabe o que é... Por favor, uma hetero brincando de curiosa não é atrativo. Fiz questão de vir aqui, para lhe conhecer e saber que você não tem nenhuma chance. É uma pena que crie essa ilusão com a Lana. Você é patética”.
Ia responder, mas escutei o barulho do prato. Era a Lana arrumando a mesa. O meu corpo tremia de raiva, e tentei controlar a minha respiração. Eu queria muito tirar aquele sorriso vitorioso do rosto da Ana, mas a questão é que... As suas palavras, me fizeram erguer questões dentro de mim.
Se o Aaron estava me traindo, porque eu não estava dando conta do recado. Certo?
E olhando para a Ana e depois para mim, era muito difícil dizer que eu teria alguma chance.
Isso foi uma porrada na minha estima. Eu não podia ficar depressiva. Mas comecei a ficar insegura... E se eu tivesse de fato, apaixonada pela Lana? Tive a chance de tê-la, porém, não tive, porque estava preocupada demais com o Aaron, e na minha tentativa de não ser lésbica ou bissexual.
Ela esteve o tempo todo, só que eu não vi. Foi preciso que ela ficasse indisponível para que o meu interesse florescesse. Quando os meus olhos tinham mudado em relação à Lana?
Quando?
Ela terminou de arrumar a mesa e sentou-se ao lado da Ana, que a puxou para um beijo de língua. Senti-me nauseado, virei o meu rosto para não presenciar aquele beijo que me torturava, enquanto, algo parecia explodir dentro de mim, e eu lutava para não chorar.
Porém, o meu drama foi esquecido, quando um barulho de louça quebrando nos chamou atenção. Era a mãe Dulce que tinha soltado a vasilha da salada, e dava um grito horroroso semelhante à menina do exorcista. Ela estava com as mãos nos quadris, e o seu rosto pálido. Nas suas pernas, escorriam um liquido claro. Mamãe veio da cozinha apressada, e arregalou os olhos ao ver a situação da mãe Dulce.
“Oh meu Deus!”. Mamãe disse e segurou a mãe. “Alguém ligue o carro. O bebê vai nascer!”.
E foi aquela correria!
Furacão,parou, agora ela é de Deus. Hahaha. Aisha ficou mesmo. Tá até querendo mais.
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 789
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tryciarg89 Postado em 27/10/2023 - 12:11:12
Eu não tenho palavras pra descrever como esse final acabou com meu emocional,estou desidratada e muito triste.Essa fic foi simplesmente apaixonante,passei muito nervoso durante os períodos que elas não estavam juntas,mas em compensação o restante foi de tanto amor, foi linda essa história,muito linda mesmo, parabéns por essa história tão comovente!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:05:20
Eu poderia adaptar sua fanfic no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se você quiser que eu apague eu apago :)
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Furacao Maite Postado em 05/12/2021 - 09:13:44
Thamyyy posso adaptar a sua fanfic com os devidos créditos, pleaseeeee??
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beedle Postado em 18/06/2017 - 20:59:14
Acabei de ler essa fanfic e que história incrível em todos os detalhes. Tentei não chorar, mas não pude evitar um lágrima escorrer pelo meu rosto. Você é incrível Thamy, parabéns por esse teu dom da escrita. Palmas pra ti, muitas palmas pra ti
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lika_ Postado em 17/11/2016 - 13:23:53
essa é a unica fic que eu li que me faz chorar toda vez que eu releio ela parabens Thamy portinon voce é uma grande escritora
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duda_kakimoto Postado em 29/05/2016 - 12:05:07
Que SDDS VEIII :(
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lua_portinon Postado em 17/05/2016 - 22:02:50
Fic perfeitaaaaaa <3
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ThayLosA Postado em 23/04/2016 - 23:19:54
chorei muito... simplesmente amei o final, mais estou um pouco triste. vc escreve muito bem. vou espera vc começa a posta na nova fanfic com muita ansiedade.
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Julia Klaus Postado em 23/04/2016 - 21:14:27
Amei a história. Parabéns :)
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Furacao Maite Postado em 23/04/2016 - 18:28:33
genteeeeeeeee que fic maravilhosa!!!! amei, amei, amei!!! triste , mas amei! gente! você escreve muito bem! estou maravilhada!! com certea vou ler a nova fic!!!! parabens