Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.
Anahí narrando...
Eu não sei muito bem como chegamos ao hospital. Se não me engano, foi a Ana que tinha dirigido, estava tão assustada e nervosa que quando chegamos ao hospital. Quase desfaleci de felicidade.
Fiquei o tempo todo segurando na mão de Dulce que soltava uns gritos horrorosos. No caminho, tinha ligado para a sua obstetra, que já estava no nosso aguardo. Fazia dois dias que a Dulce tinha completado quarenta semanas, e achei que demoraria mais um pouco.
Aisha tinha trazido a bolsa dos bebês, e uma bolsa para Dulce.
Dulce estava em um leito num quarto particular. Estava com a bata, e o seu rosto estava todo suado. Quando as contrações vinham, o seu rosto se transformava, e ela segurava em minha mão com tanta força que eu achava que minha mão iria se quebrar.
“Inspira... Respira... Inspira... Respira... Eu estou aqui com você, e dará tudo certo”. Eu dizia para ela, no momento de dor forte.
Ela gritou alto. “Eu não vou aguentar! É muita dor!”.
“Claro que vai, meu amor. Estou aqui com você”. Eu disse para ela, e fiz carinho em sua cabeça.
Dulce estava no soro. Inicialmente, tínhamos pensado na ideia de um parto d’água, mas a ideia foi esquecida, e preferimos o parto humanizado. Mas eu tenho certeza que ela se arrependia completamente por não ter escolhido em ter dado á luz em casa.
Aisha estava com os olhos arregalados, e Lana estava ao seu lado, a abraçando. Eu não sabia onde estava o Aaron, e muito menos a Ana. Eu não me importava com a presença da Ana, ela não era da nossa família. Mas eu queria saber onde estava o meu sobrinho.
“Ai meu Deus... Ai... meeeeeu deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus”. Dulce gritou e voltou a segurar forte em minha mão, sua cabeça foi para frente e os seus cabelos caiam em seu rosto. Ela assoprava diversas vezes. As suas pernas estavam abertas, e estava perdendo líquidos.
O suor pingava do rosto de Dulce, enquanto, eu a estimulava. Depois da contração passou. Ela respirou aliviada e jogou a cabeça no seu travesseiro.
“Mais uma dor dessa e eu morrerei”. Ela disse com voz cansada.
Eu sorrir. “Ninguém vai morrer hoje”. Dei um beijo na sua testa.
Blanca, a obstetra adentrou no quarto para fazer o exame do toque. Hoje em dia, o toque era feito poucas vezes para evitar o risco de infecção.
“Está por pouco... Já estou sentindo a cabecinha. Quando as contrações chegarem a cinco minutos, me chamem. Vai ser a hora de levá-la para o bloco cirúrgico”. Blanca disse, e retirou as suas luvas, com um sorriso saiu do apartamento.
As contrações estavam ficando cada vez mais próximas. O rosto de Dulce estava desfigurado de dor. Eu sempre tentava distraí-la, mas não era muito boa nisso. E minha filha, e Lana estavam tão acuadas que nem se aproximavam do leito.
“Falta pouco amor... Pouco pra ver o rosto dos nossos príncipes!”. Sorrir para Dulce, que me olhou com fúria, mas depois deu um sorriso quando entendeu as minhas palavras.
Cronometrei no relógio o tempo das contrações. Eram três em dez minutos. Acho que era o tempo ideal para chamar a obstetra, mas depois de um grito que me assustou, e as pernas de Dulce se abriram bastante, levantei a sua bata e arregalei os olhos ao ver uma cabecinha saindo do seu sexo.
“Chame a enfermeira. A médica. O papa. Chamem tudo! Os bebês estão nascendo!”. Gritei para Aisha, que ficou pálida ao ver o parto e desabou no chão, sendo amparada pela Lana.
É brincadeira não é não? A cabeça do bebê já estava saindo. Eu tinha a opção de deixa-lo cair na cama, e de segurá-la. Optei por segurá-la.
“Força amor... Mas força... A cabecinha está saindo... Força, Dulce!”. Disse para ela, segurando a cabecinha do bebê. Sentindo uma emoção muito grande por tê-lo em minhas mãos. “Ele é tão lindo amor...”. Falei pelo o que via... Os ombros passaram, e o sexo de Dulce expulsou o bebê como se fosse um toboágua, o choro foi invadido na sala, e a enfermeira chegou com a obstetra, que gritou os comandos.
A técnica de enfermagem pegou o bebê de minhas mãos, e cortou o cordão umbilical. Lavei as minhas mãos ás pressas e voltei para junto de Dulce, murmurando palavras de amor e carinho, enquanto ficamos de mãos dadas. Depois de dez minutos, nasceu o nosso segundo filho.
O choro era um canto para os nossos ouvidos. Estávamos felizes e chorando muito. A Lana tinha arrastado a Aisha para algum lugar para que ela não passasse mal. E os bebês foram colocados ao lado de Dulce...
“São perfeitos...”. Dulce disse chorando, e beijando a cabecinha de cada um.
“São meu amor. São perfeitos como você... Os nossos filhos”. Chorei junto com ela, e beijei a cabecinha de cada um.
Depois dei um selinho em Dulce.
“Obrigada por me fazer à mulher mais feliz, e me presentear com a dádiva da vida. Eu te amo muito”. Eu disse, fazendo carinho nela.
Ela me olhou entre sorriso e choro. “Eu te amo muito mais...”.
Depois do nosso momento, ficamos paparicando os nossos filhos que tinham uma garganta que pesa a Deus. A enfermeira ajudou a Dulce, a colocar os nossos meninos nos peitos. De primeiro foi difícil, não tinha muito tato, mas depois, conseguiram... Fiquei admirando aquelas duas pequenas criaturas do céu, mamando... Eram tão pequeninos, mas o amor que tinha por eles, era enorme.
Depois que eles mamaram. A enfermeira os levou para dá banho, fazer os exames de rotina e também aplicar a vacina BCG. E eu, fui cuidar da Dulce... Que precisava de um banho...
Lana narrando...
Que noite! Eu nunca tinha visto um nascimento, mas era algo que não queria ver nunca mais. Acho que fiquei traumatizada, mesmo sendo uma benção da vida. Depois que Aisha desmaiou, consegui pegá-la, felizmente, tinha mais força do que ela. A arrastei até a recepção, e a sentei.
Ana surgiu como em passo de mágica ao meu lado.
“O que aconteceu com ela?”. Perguntou-me com os olhos apertados.
“Desmaiou”. Deu uma rápida olhada para Ana e depois voltei a olhar Aisha. Dei algumas tapinhas no rosto dela. “Aisha... Aisha...”.
Ana sentou-se ao lado de Aisha e tocou no fio de cabelo dela. “Estou me perguntando como você se apaixonou por essa menina, além de sem sal, é bastante frágil”.
Revirei os olhos, sem gostar muito do que escutei. “Aisha tem as suas qualidades que são marcantes, ela não é totalmente sem sal como você está pregando”. Continuei dando algumas tapinhas no rosto de Aisha que aos poucos ia voltando e murmurando algumas coisas sem sentido.
“Está a defendendo porque mesmo? A paixão que sentia por ela voltou a pulsar dentro do seu peito?”. Ana me perguntou, olhando para mim com irritação.
Eu não estava com paciência pra isso. Geralmente, aturava tudo da Ana, mas hoje em especial não estava com vontade de fazer isso. Então, a olhei seriamente.
“Estamos dentro de um hospital, compartilhando de um momento especial e Aisha está desmaiada em nossa frente. Não admito e não quero aturar as suas crises desnecessárias”. O rosto de Ana ficou pálido, depois vermelho, provavelmente de raiva. “Se vai ficar resmungando, é melhor ir embora, não há espaço aqui para o seu mau humor”. Disse firmemente.
Ana se levantou abruptamente. “Você está me expulsando por conta dessa menina?”. Ela apontou para Aisha, revoltada.
“Não”. Respirei fundo. Virando-me de frente para ela. “Estou lhe expulsando pelo seu humor de limão, por três meses fiquei sendo oprimida por você. O problema é sempre você, tudo tem que ser diretamente pra você. Você adora se impor, mas não me permite fazer o mesmo. Eu gosto de você, mas esse relacionamento tóxico está me dando nos nervos. E hoje, nesse exato momento, quero ficar em paz e curtir essa vibe boa que você está fazendo questão de destruir”.
Era a primeira vez que eu batia de frente com ela, e sei que se estava fazendo isso, tinha muito a ver com as terapias que eu tinha começado a fazer semanas atrás.
A respiração de Ana estava forte e eu pensei que a qualquer momento iria pular em cima de mim. Ela deu uma risada sarcástica, olhou para os lados e depois para mim.
“Eu vou lá fora fumar e tomar um café”. Ana disse. “Você está meio fora de si, e precisa pensar um pouco. Quando terminar de bancar a babá, estarei lá fora lhe esperando”. Depois de uma última olhada, ela foi para fora.
Como sempre... Tinha que ser á vontade de Ana. Sentei-me ao lado da Aisha e fiquei observando os traços do seu rosto. Ela respirava suavemente, a sua cabeça estava encostada na parede. Eu e Aisha seríamos uma mistura interessante. O beijo trocado estava firme em minha mente, a diferença é que eu não deixava de viver e não alimentava falsas esperanças. Ela estava com o Aaron, era hetero e achava muito difícil mudar de ideia, embora que aquele beijo foi quente...
Ela abriu os olhos... Os seus olhos azuis brilharam ao me ver, e eu senti o meu íntimo se aquecer.
“Oi”. Disse com um sorriso. “Sente-se melhor?”.
“O que aconteceu?”. Ela perguntou um pouco confusa.
”Você desmaiou quando viu um dos seus irmãos nascendo...”. Eu disse com um ar de riso.
Aisha levantou-se no pulo. “Eles nasceram? Estão bem? Como está a minha mãe? Onde está todo mundo?”.
“Calma”. Levantei-me. “Eu não sei... Acho que estão bem”. Ofereci a minha mão a ela. “Por que não vamos descobrir?”.
Aisha olhou para a minha mão, depois para os meus olhos e sorriu timidamente. Mantive a minha mão estendida por uns segundos, até que ela segurou a minha mão suavemente... O calor de sua mão fez o meu coração acelerar consideravelmente. Sorrir para ela, e formos para o quarto, assim... De mãos dadas, como um casal soltando suspiros secretos...
Furacão, parece que a bondade é sempre existente no coração delas... Hahaha. Eu ficaria bastante emburrada se fosse um atual com um ex. Não sei... Acho que o segredo será revelado nessa maratona, ou não... Se eu chegar na parte do segredo, a fic termina amanhã.
Julia,Ah, Mato Grosso do Sul, achei que era Acre. KKKKK. Quando as pessoas falam diferença de horário, sempre penso que é Acre. Tomou raiva do Aaron? Você era de boa com ele. HAUAHAU. E Ana... Vixe.
Autor(a): ThamyPortinon
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Aisha narrando... O meu braço estava formigando, o meu estômago repleto de borboletas e meu cérebro parecia nevoado... Só porque a Lana estava segurando a minha mão. Estávamos dando no corredor do hospital, mas eu sentia que era apenas eu, ela e o cheiro dos seus cabelos, o calor de sua mão... Sua mão era t&atil ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 789
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tryciarg89 Postado em 27/10/2023 - 12:11:12
Eu não tenho palavras pra descrever como esse final acabou com meu emocional,estou desidratada e muito triste.Essa fic foi simplesmente apaixonante,passei muito nervoso durante os períodos que elas não estavam juntas,mas em compensação o restante foi de tanto amor, foi linda essa história,muito linda mesmo, parabéns por essa história tão comovente!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:05:20
Eu poderia adaptar sua fanfic no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se você quiser que eu apague eu apago :)
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Furacao Maite Postado em 05/12/2021 - 09:13:44
Thamyyy posso adaptar a sua fanfic com os devidos créditos, pleaseeeee??
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beedle Postado em 18/06/2017 - 20:59:14
Acabei de ler essa fanfic e que história incrível em todos os detalhes. Tentei não chorar, mas não pude evitar um lágrima escorrer pelo meu rosto. Você é incrível Thamy, parabéns por esse teu dom da escrita. Palmas pra ti, muitas palmas pra ti
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lika_ Postado em 17/11/2016 - 13:23:53
essa é a unica fic que eu li que me faz chorar toda vez que eu releio ela parabens Thamy portinon voce é uma grande escritora
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duda_kakimoto Postado em 29/05/2016 - 12:05:07
Que SDDS VEIII :(
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lua_portinon Postado em 17/05/2016 - 22:02:50
Fic perfeitaaaaaa <3
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ThayLosA Postado em 23/04/2016 - 23:19:54
chorei muito... simplesmente amei o final, mais estou um pouco triste. vc escreve muito bem. vou espera vc começa a posta na nova fanfic com muita ansiedade.
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Julia Klaus Postado em 23/04/2016 - 21:14:27
Amei a história. Parabéns :)
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Furacao Maite Postado em 23/04/2016 - 18:28:33
genteeeeeeeee que fic maravilhosa!!!! amei, amei, amei!!! triste , mas amei! gente! você escreve muito bem! estou maravilhada!! com certea vou ler a nova fic!!!! parabens