Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Anahí narrando...

“Ah... Chegamos!”. Eu disse com um sorriso, enquanto, segurava o Gabriel em meu braço esquerdo, e carregava as bolsas dos bebês no ombro direito.

Dulce vinha atrás de mim, segurando o Miguel. Assim que abrimos a porta, estavam a Aisha e Lana que vieram nos ajudar.

“Ah, que eu já estava com saudades dos meus bebês”. Aisha disse com um sorriso, e dei um cheirinho na cabeça de cada um, depois pegou as bolsas. A Lana ajudou.

Sorrimos. Dulce sentou-se na poltrona, e fez uma caretinha meio desagradável. Eu sabia que os três pontos do períneo estava há incomodando um pouco. Mas nada longe da normalidade. Mesmo com a recepção da Aisha, poderia ver que tinha alguma coisa errada no seu rosto... Olheiras bem visíveis, como se ela tivesse chorado e muito.

“Você está bem, Dulce?”. Perguntou Lana. “Os bebês também?”.

“Sim. Estamos bem. Muito bem, na realidade”. Dulce sorriu.

“Amor... Você não quer ir...”. Antes que eu terminasse de falar, Aaron desceu as escadas na carreira, estava segurando uma mochila nas costas e uma mala na mão direita. “O que isso?”.

“Estou indo embora dessa casa”. Ele disse com raiva. “Não há nada que me faça querer ficar aqui”.

Fiquei surpresa. Olhei para Aisha que tinha os olhos baixos, depois para Lana que estava aparentemente calma, e por ultimo para Dulce que parecia tão surpresa quanto eu.

“Como assim? O que aconteceu? Você não pode ir embora da nossa casa, estais sobre a nossa responsabilidade”. Falei, sentindo uma onda de estresse me acometer.

“Eu posso e vou”. Ele disse rebelde. “Não quero ficar debaixo do mesmo teto que essa aí”.

Não gostei da forma que ele chamou a Aisha. Essa aí? Quem esse moleque achava que era pra chamar assim a minha filha?

Mara surgiu na sala com um sorriso. “Bom dia, senhoras. Esses são os meninos? Que lindos”. Ela disse ao se aproximar.

“Bom dia Mara. Você poderia colocar os meninos nos berços e ligar a babá eletrônica, por favor?”. Falei entregando o Gabriel. Olhei para Lana. “Lana, por favor... Ajude a Mara... Pegue o Miguel da Dulce, precisamos ter uma conversa aqui”.

Elas pegaram os meninos e subiram para o quarto.

“Que diabos está acontecendo?”. Dulce perguntou, se levantando e ficando ao meu lado.

“Estou indo embora. Simples. Já falei com os meus pais, e eles concordaram!”. Aaron disse com raiva.

“Acho pouco provável que o Poncho e Anthony tenham concordado com esse absurdo”. Eu disse, abismada.

“Se duvida tanto, pegue o telefone e ligue para eles”. Aaron respondeu me encarando.

Olhei para Dulce.

“Tudo bem. Nós iremos ligar para eles, mas antes quero saber por que essa sua decisão de ir embora dessa casa”. Dulce olhou para ele e depois para nossa filha. “Aisha?”.

“O Aaron me traiu, terminei com ele... E ele está se achando no direito de fazer drama”. Aisha respondeu com a voz cansada.

Eu e Dulce olhamos surpresas para o Aaron que levantou as mãos.

“Não sou o único vilão nessa história. A sua filha está apaixonada pela Lana... A garota que fez questão de aprontar com ela, diversas vezes”.

“Ao menos, a Lana mostrou a sua verdadeira face, não ficou dando uma de boazinha sem ser”. Aisha disse com agastamento. “Que ir embora? Vai. É um favor que me faz”.

Aaron balançou a cabeça em positivo e foi em direção á porta.

“Para onde você vai?”. Perguntei para ele. Apesar de está com raiva por ele ter traído a minha filha... Ele ainda era o meu sobrinho e era responsável por ele.

“Para um hotel”. Ele abriu a porta, então se virou para nós. “Papai está vindo para cá”. E saiu, fechando a porta.

Que família é essa que sempre tinha que ter uma confusão? Olhei para minha filha e abrir os braços para recebê-la. Aisha veio chorando para os meus braços. Dulce nos abraçou também. Deixei que a minha menina desabasse em choro. Quando ela estava calma, dei um beijo na sua testa e limpei o seu rosto.

“Oh meu amor... Eu sinto tanto!”. Dulce falou, acariciando o seu rosto.

“Você quer desabafar? Falar alguma coisa? Quer alguma coisa?”. Perguntei a olhando com amor.

“Não”. Ela suspirou. “Eu só quero me esquecer da existência do Aaron na minha vida. É horrível essa sensação de ter se entregado de corpo e alma num relacionamento e no final de tudo, ser traída”.

“Eu entendo você...”. Falei com voz distante, então, percebi um olhar da Dulce. “Mas você ficará bem. É verdade que está apaixonada pela Lana?”. Mudei de assunto.

Aisha ficou vermelha. “Talvez... O engraçado é que sempre achei que era hetero, agora me vejo apaixonada por uma menina... É estranho também”.

Eu sorrir. “A vida é engraçada mesmo. A Lana deve ser uma garota muito especial para ter conquistado você, apesar de que me preocupo um pouco sobre ela”.

“Não se preocupe, mamãe. A Lana tem uma namorada e meio que estou de fossa, então...”. Ela deu de ombros, mas os seus olhos estavam tristes. “A vida segue”.

“Promete que se precisar de qualquer coisa ou se quiser conversar... Vem nos procurar?”. Dulce pediu com voz carinhosa.

“Prometo”. Aisha sorriu.

Dermos uns beijos no rosto da Aisha.

“Vamos babar um pouquinho nos novos integrantes da família?”. Falei com um sorriso.

As duas concordaram, e formos para o quarto dos bebês. Mas ainda fiquei com uma sensação pesada dentro de mim. Eu tinha tomado às dores da minha filha.

UM MÊS DEPOIS...

Dulce narrando...

“Aisha... Pela graça de Cristo! Como isso aconteceu?”. A minha vontade era de gritar, mas controlei. Não poderia deixar que a Anahí escutasse.

Aisha estava sentada na minha frente com as mãos no rosto. Estava chorando compulsoriamente. Eu simplesmente não podia acreditar no que tinha escutado. Isso não podia acontecer, não quando as coisas tinham se acalmado nesse último mês.

“Você sabe com aconteceu, mãe!”. Aisha chorou.

Andei de um lado para o outro, me sentindo desconfortável tanto com a situação, como também com a roupa de lycra que me apertava demais.

Fazia quinze dias que eu estava praticando pilates juntamente com a Anahí. E também, academia. A nossa casa tinha uma academia que era apenas usada por Anahí, mas eu estava frequentando juntamente com ela. Os esforços estavam dando certo, já que o meu corpo tinha voltado para o que era antes... Bem, quase. Os meus quadris ainda estavam bem largos.

O mês passado tinha sido um pouco atribulado... O Poncho não reagiu muito bem ao término dos nossos filhos, mas no final das contas, ficou mais indignado com o Aaron por ter traído a Aisha... Aisha e Aaron estavam numa espécie de ódio, até porque o Aaron tinha assumido a garota que traia a Aisha... A Karoline.

Ele não vinha mais em nossa casa. Apesar de que, continuava sendo bem vindo, querendo ou não, ainda era o nosso sobrinho.

Aisha estava numa espécie de amor platônico pela Lana... Era estranho ver a minha filha completamente apaixonada por uma menina, já que ela sempre foi hetero por parte da sua vida. Eu queria que ela fosse feliz, independente quem fosse. A Lana tinha mudado, a terapia estava sendo perfeita para ela. Sinceramente? Eu tinha certeza que a Lana também amava a Aisha, mas como ela estava tendo um relacionamento com a Ana, acho que isso que privava. Não sei bem...

Eu e Anahí estávamos se adaptando com os nossos bebês que estavam fortes e saudáveis. Tínhamos contrato duas babás. Gostávamos de cuidar deles, mas sempre um apoio á mais, não fazia mais. Era uma babá diurna, e outra noturna.

A Anahí estava um pouco estranha. Eu não sabia o que era... Ela sempre me dizia que estava bem, mas tinha alguma coisa que não se encaixava bem. Tinha dias que ela passava mais tempo na rua do que em casa. Segundo ela, resolvendo os problemas de casa, mas não podia negar que em muito momento, ela chegava cansada, desgastada. Também estava sentindo muito enjoo. Ás vezes, a flagrava vomitando, mas ela sempre culpava a enxaqueca. Consultei a Marichelo, que me disse que enxaqueca era um problema hereditário... Que a avó de Anahí tinha muita enxaqueca, e sempre pulava uma geração, então, a Anahí tinha sido a sortuda da vez.

“Mamãe vai me matar!”. Aisha voltou a falar.

“Vai mesmo”. Eu disse a olhando que fez aumentar o seu choro. “Ela vai fazer o discurso do ano... Você tem certeza disso? Precisamos fazer exames e...”. Aisha me interrompeu.

“Eu fiz...”. Os seus lábios tremeram. Ela tirou um exame da sua mochila e me entregou.

Peguei o exame e o abri. Mordi o meu lábio inferior. “Você está realmente grávida... Muito grávida”. Murmurei. “Aisha, como pode fazer isso? Nunca ouviu falar de proteção?”.

“Eu não pensei em proteção. Na hora aconteceu...”. Aisha fungou. “Três á quatro vezes...”.

“Está brincando comigo?”. Falei brava a olhando. Aisha me olhou confusa.

“Dulce, vamos...”. Anahí entrou no quarto com o cabelo amarrado no alto do cabelo em um rabo de cavalo, top e short de lycra. Assim que viu a Aisha chorando, parou de falar. “O que está acontecendo aqui?”. Ela perguntou para mim, apontando o dedo de Aisha para mim.

“Aisha está grávida”. Soltei de uma vez.

“Mãe!”. Aisha gritou indignada.

“É melhor contar de uma vez do que não contar... A Aisha está grávida!”. Disse.

Anahí ficou dura com os olhos arregalados. Por um momento, fiquei com medo da sua reação. Imaginei as possibilidades... Ela poderia passar mal... Ou na pior das hipóteses, poderia ter uma convulsão. Certo que aconteceu uma vez, mas... Nunca se sabe.

Ficou um clima de suspense... Eu e Aisha esperando a reação de Anahí. Mas ao contrário do que pensamos, ela suspirou alto e sentou-se ao lado de Aisha.

“Eu acho uma péssima ideia você ter ficado grávida com quinze anos. Um filho é uma responsabilidade tão grande e eu falei com você sobre proteção... Você me prometeu que se protegeria”. Anahí coçou a sua testa. “Estou chateada, mas estarei aqui para ajuda-la. Tanto eu, como a sua mãe”. Anahí acariciou a mão da Aisha. “Sou muito nova para ser vovó, mas essa criança será muito amada.”. Ela se levantou. “Temos um problema mais sério: O pai da criança. Arruma-se... Vamos fazer o pré-natal”.

Fiquei muito surpresa e também orgulhosa com a reação da Anahí, parece que depois do nascimento dos nossos filhos, ela tinha ficado mais flexível, mas relaxada com a situação.

“Não é o ideal... Mas iremos estar aqui para tudo que precisar...”. Eu disse a Aisha a olhando.

Aisha sorriu um pouco confiante. Olhei para Anahí e trocamos um sorriso...

O Aaron ficou estarrecido quando soube que seria pai. Não teve drama... Nem brigas. Apesar de sua diferença com a Aisha, quando se tratava do filho que ela estava gerando, os dois entravam em um consenso comum.

Poncho e Anthony ficaram felizes em saber que seriam avôs. Não tinha muito do que fazer... Bastava aceitar.

Aisha estava fazendo o pré-natal direitinho. Aproveitava para treinar com os seus irmãos.

A vida estava perfeita...

Josy,  Lana estava deixando a Aisha resolver as suas próprias questões. Hahaha. E Aaron é carta "fora" do baralho.

Julia, eu também queria, mas como a fic está na reta final, não me aprofundei nessas coisas. Sabe?