Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Aisha narrando...

Acordei um pouco mais da meia-noite. A casa estava silenciosa e a Lana dormia ao meu lado. Levantei-me e sair da cama, pisei no chão frio e sair silenciosamente. A presença da mamãe estava tão marcante, o seu cheiro exalava em cada cômodo da nossa casa.

Desci as escadas e estranhei pela lareira está ligando, mas encontrei a mãe sentada na poltrona com os olhos na lareira e os gêmeos nos seus braços. Ela parecia bem calma, enquanto, estava perdida em pensamentos. Assim que ela me viu, deu um sorriso triste.

“O que faz acordada, mãe? Deveria está dormindo”. Informei, era claro a exaustão em seu rosto.

“Anahí sempre fazia isso. Quando os gêmeos acordavam, vinha para frente da lareira e ficava com eles até dormirem.”. Mãe disse com a voz baixinha, porém nostálgica. Os seus olhos voltaram-se para os gêmeos que dormiam tranquilamente e tinha duas correntes com a imagem da Virgem Maria. “Fazem apenas dois dias que ela se foi, e dentro do meu peito a sensação é de uma eternidade”.

Sentei no centro, de frente para a minha mãe e sorrir melancólica. “É difícil acreditar que uma mulher tão jovial, cheia de vida e vaidosa como a mamãe tenha partido sem aviso prévio”.

Os olhos de minha mãe encheram-se de lágrimas e ela olhou para os gêmeos novamente em busca de forças para seguir o seu caminho.

“Ela estava doente á alguns meses. Eu não sabia, eu deveria ter desconfiado em alguns momentos do seu comportamento. Ela também sabia que iria morrer, o diagnóstico era preciso. O médico a deu apenas três meses de vida. Ela poderia ter nos contado, mas preferiu viver cada dia intensamente a ter os seus últimos meses recebendo olhares piedosos e limitações”. Mãe murmurou.

Balancei a cabeça em positivo. Eu sabia. O médico de mamãe tinha conversando com os familiares depois do seu óbito. Ela tinha sido diagnosticada meses atrás com câncer no cérebro no estágio 4, com metástase. Mesmo com quimioterapia, não tinha mais solução. A doença tinha se instalado em seus órgãos. O médico a tinha desiludido sobre o seu diagnostico.

“Ela foi feliz enquanto estávamos conosco... Agora a pergunta, mãe... Você será feliz sem ela?”. Eu perguntei, preocupada com o estado mental dela.

Ela não me respondeu de imediato essa pergunta. Levantou-se com cuidado, me fazendo levantar também. Os seus olhos foram para mim, se aproximou e me deu um beijo demorado na minha testa.

“A minha história com Anahí será sempre eternizada, está cravada em minha alma como uma tatuagem, num ponto que ninguém poderá tocar. Eu tenho a sua mãe em meu coração, uma parte de mim, partiu com ela... Mas a outra parte, está aqui... Latente. Por vocês”. Respondeu-me, olhando dos gêmeos para mim. “Eu prometo a você, minha filha... Que darei tudo que tenho, mas serei uma boa mãe e também uma boa avó.”.

“Você já é uma boa mãe e eu te amo. Eu sempre estarei aqui para o que você precisar. Você não está sozinha, mãe”. Dei um beijo em sua bochecha carinhosamente.

Minha mãe sorriu e foi para as escadas. E eu fiquei na sala, os meus olhos foram para o quadro que eu pintei da mamãe em seu aniversário. Coloquei as mãos em minha barriga e acariciei suavemente.

Como Lana  me disse... Eu sempre teria a minha mamãe no meu coração. E eu sabia que onde ela estivesse, estaria sempre torcendo por mim. Por minha felicidade e eu sabia que era abençoada por ter uma namorada que amava e por ter um bebê no meu ventre...

**

Oito meses depois... A pequena Giovanna nasceu.

Giovanna Maria. Eu tinha colocado o nome em homenagem as minhas mães. Eu estava apaixonada pela minha pequena que se encolhia em meus braços e choramingava baixinho numa manha. Eu estava cansada, tinha sido quase treze horas de trabalho de parto, mas era recompensador em ter a minha menina em meus braços.

O Aaron ficou todo abobalhado com a nossa filha, a Lana também e também os avôs. Minha mãe estava babando literalmente pela sua netinha.

“Ela é muito parecida com Anahí”. Ela disse carinhosamente, acariciando a bochecha da minha filha. “Já viu uma foto de sua mãe bebê? É a cópia da Giovanna”.

“Isso é verdade, tenho que concordo. Parece mais uma Anahí versão pequena. Olha esses grandes olhos azuis e essa boquinha!”. Babou um pouco mais o Poncho.

Eu e minha namorada rimos. O Aaron também, ao seu lado estava Karoline.

Giovanna parecia um anjo com os seus grandes olhos azuis com cílios longos, corpo pequeno, boca pequena e cabelos loirinhos. Apaixonante era a palavra certa para minha filha.

“Se for olhar direitinho, é tudo parecida... Anahí era muito parecida com Marichelo. Aisha parecia muito com Anahí e agora a Giovanna se parece com as duas”. O Anthony também falou, tocando na mãozinha de Giovanna.

Minha filha fez uma caretinha, claramente não gostando de tanto movimentação em si.

“E claramente será geniosa como a mãe e a avó...”. Poncho bateu no ombro de Lana. “Não queria está em sua pele”.

Todos riram com a brincadeira. Os meus olhos voltaram-se para a minha mãe que estava encantada com a sua netinha. Nos últimos meses, ela tem sido forte, principalmente pelos gêmeos que estava crescendo saudavelmente. Ela estava dando conta direitinho deles.

Gostava de ter minha mãe próxima á mim, e sabia que a minha presença lhe fazia bem. Mesmo que em alguns momentos, o seu olhar se perdia no horizonte. Ela tinha uma mania de toda a noite, depois que colocava os meninos para dormir, sentar num balanço com uma taça de vinho e ficava lá por muitas horas, eu sabia que era o seu momento especial e nunca a interrompi.

Ao todo, aos poucos a nossa família foi se restabelecendo da perda e aprendemos a viver sem a mamãe. A felicidade se tornou presente com a alegria dos gêmeos e agora com a pequena Giovanna.

E eu tinha a sensação sempre que olhava para o céu que a mamãe estava olhando por nós...